domingo, 9 de junho de 2013

Amor Sem Limites - Capítulo 11: sofrimento inevitável


            - Como assim tomar o meu bebê? – Carmem estava em pânico pelo que o policial lhe dizia. – Vocês não podem entrar aqui e levar o meu filho. Eu o adotei legalmente. Ele é meu!
            - Não reaja, senhora, será melhor para a criança se a entregar calmamente.
            - Não vou entregar meu bebê! – Gritava ela enquanto ligava para o marido. – Peter! Eu preciso de você...estão aqui para levar Arthur...dizem que ele não é meu. Venha aqui...é a polícia. Eu preciso de você.

            Mas Peter não apareceu e foi Esme e Carlisle que intercederam junto a polícia para terem uma conversa em particular com Carmem antes de levarem Arthur. Conversaram por mais de uma hora até esclarecer tudo. Falaram muito, mas Carmem se negava  a acreditar.

            - Quer dizer que a namoradinha do seu filho acha que Arthur é filho dela, sai por aí dizendo isso e vocês acreditam. Vocês me conhecem...como puderam me trair assim?
            - Não é traição, querida.
            - Como não?!?! Essa moça nem tem idade para ser mãe!
            - Carmem, Bella teve um bebê e ele foi roubado. Existem muitas pistas que levam até Peter. – Esme disse. – Eu sei que é doloroso, mas você terá que entregar Arthur e ele ficará em um abrigo até que sejam feitos os exames de DNA.
            - Não! Ele é o meu bebê. – Carmem chorava muito.

            Não era uma situação fácil. Ela sempre sonhou ser mãe e por muito tempo desejou adotar uma criança. Agora, Arthur era seu, sem importar não ter saído de seu ventre. Ele era sua alegria de viver. Por fim, ainda com a certeza de que Peter voltaria e esclareceria tudo, Carmem entregou o filho.

            - Mas não vão entregar à ela, vão? Ainda não sabem se é filho dela. – Pediu a autoridade policial.
            - Não, senhora. Ele ficará sob responsabilidade do estado até que saiam os exames e o juiz diga com quem deve ficar.


            Os dias que se seguiram foram de muito sofrimento para todos. Bella foi ao laboratório tirar uma amostra de sangue, mas não pode mais ver o bebê. Charlie, seus irmãos e Edward lhe davam apoio, o que não evitava o sabor amargo de imaginar seu filho sendo cuidado por estranhos.

            - Eu não devia ter feito nada. Ele deve estar sofrendo por minha causa...eu tirei ele de Carmem e ela cuidava bem do meu filho. Fui má com ele. – Se recriminava.
            - Não pense assim, Bella. Você fez o que é certo. Depois que tudo isso acabe, você e Carmem poderão entrar em um acordo. – Dizia Edward tentando consola-la.

            Carmem teve outra decepção. Após aquela ligação ao marido, ele sumiu no mundo. Fugiu! O que a deixava, além de decepcionada, desesperada. Se fugiu é porque realmente Isabella podia ter razão. E, se perdesse Arthur, não teria mais nenhuma razão para viver.

            - Chega de chorar, Carmen. – Irina tentava acalmá-la. – Você não é culpada de nada e certamente nossos primos vão dizer isso para Bella. Ela não vai lhe tirar Arthur.
            - Mas enquanto isso ele está sozinho. E se não estiverem cuidando bem do meu bebê?


            Os Cullen estavam divididos tentando apoiar Bella e Carmen. Mas sabiam que uma das duas teria que abrir mão de Arthur. A mãe verdadeira e que jamais teve a opção de ficar com seu filho, ou, a adotiva, que o amou desde o primeiro instante em que o viu.

            Quase duas semanas depois ambas foram chamadas ao tribunal para abrir o exame e conversar com o juiz. Na recepção não se encaravam. O clima estava pesado. Uma sabia das razões da outra, mas estavam em lados opostos.

            - Podem entrar. – Disse um funcionário.

            Após alguns momentos de apresentações burocráticas, a autoridade falou o que às interessava.

            - O exame confirmou o que a Polícia e a senhorita Isabella Swan afirmavam. O menor Arthur é filho dela.

            - Não!!!!! – Carmen se desesperou.

            Ambas choravam. Uma pela possível perda, a outra pela confirmação do que seu coração já afirmava.

            - Isso faz com que seu esposo, senhora Carmen, seja um fugitivo procurado pela polícia já que ele lhe trouxe a criança, conforme a senhora afirmou em depoimento. E, certamente, ele não fez isso sozinho.
            - Ele só desejava me dar um bebê. – Era o que ela desejava crer.
            - Poderiam ter adotado uma das inúmeras crianças órfãs que vivem nos nossos abrigos. É obvio que seu marido ganhou algo mais para levar o bebê da senhorita Swan.

            - Eu já posso pegar meu bebê? – Bella questionou pouco preocupada com as razões de Petter.



            Sem conseguir pensar em nada mais do que seu bebê, Bella deixou a sala em direção ao abrigo onde Arthur estava. Para sua tranquilidade, ele estava limpo, bem alimentado e saudável. Fora bem cuidado durante esses dias.
            - Aqui está. – Disse Charlie, que a acompanhava, ao entregar à diretora do lugar a autorização para levarem o menino. – Onde precisamos assinar?

Finalmente Bella podia ficar com seu filho. Ela o abraçou, beijou e deu todo o carinho que acumulou no decorrer dos anos. Ele estava tristinho, mas aceitou bem seu colo e afagos. Estava se conhecendo.

- Vem meu amor...vem com a mamãe. – Disse e viu que ele olhou em volta. – Sou eu filho, a mamãe.

No fundo sabia que ele procurava por Carmen. A mãe que ele conhecia. 

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