quinta-feira, 26 de junho de 2014

Vidas Ocultas - Capítulo: Prefácio

TEM HISTÓRIA NOVA GENTE! DESSA VEZ ORIGINAL! ESPERO QUE GOSTEM. VAMOS COMEÇAR UMA NOVA AVENTURA?



SINOPSE:


Na noite eles se encontraram ao acaso. Não sabiam nomes nem nada a respeito do outro, apenas trocaram prazeres. Na manhã seguinte, ele acordou sozinho e sem saber quem era a misteriosa mulher com quem passou a noite.
Força é o que define Elizabeth Santos. No difícil mundo do crime, uma investigadora fria em serviço, responsável por elucidar casos difíceis e arriscados, normais em cidades grandes do mundo todo. Traficantes, assassinos, sequestradores e todo tipo de criminoso eram uma rotina para ela. 
Miguel é um homem contraditório. De família tradicional e muito rico, formou-se em medicina, chegou a trabalhar na área, mas se afastou para assumir o império da família, montadora de veículos, multinacional importante e que agora está sendo acusada de se integrar escândalo de lavagem de dinheiro.


PREFÁCIO





São Paulo

- Está preso! E, apesar de poder chamar um advogado, não irá melhorar sua barra, meu chapa. Tenho provas o suficiente para te manter na prisão por bastante tempo. – Disse ao estuprador e pedófilo que procurava há três meses e que, finalmente, estava algemado à sua frente.

Ele apenas a encarava, os olhos claros prometiam vingança. ‘Entre na fila de espera, companheiro’. Muitos já a olharam assim. Seu papel era dificultar a tarefa. Vinha conseguindo.

            - Elizabeth...eu acho que esses não são exatamente os direitos que você deveria ler ao meliante. – Rebecca, sua auxiliar de investigação já há alguns anos disse discretamente.

            - Cuide você das formalidades, Rebecca. Eu já cansei de olhar para esse cara. Ele me impede de ter boas noites de sono há semanas.



            Essa noite não seria de sono. Merecia e presentearia a si mesma com mais que isso. Passou na delegacia para cumprimentar a equipe e ser parabenizada por Tom, seu superior.

            - Parabéns, Elizabeth. Menos um criminoso nas ruas...e menos um carro já que você jogou a viatura na frente do carro do acusado e, além de arriscar a sua vida, destruiu o veículo.

            - Aaaa nem vem Tom. Eu peguei o cara! – Defendeu-se.

            - Sim, você o pegou. E é por isso que garantiu o seu pescoço. Mas, Elizabeth, por favor, controle seus métodos.

            - Tá, tá, já entendi. Estou de folga?

            - Sim. – Ele gostava dela. – Te vejo apenas na segunda. – Três dias em casa era maravilhoso após mais de uma semana praticamente sem descanso.

Voltando para casa fez o que o trabalho lhe impediu nos últimos dias e se mimou completamente. Banho de espuma, creme na pele, escova no cabelo, uma calcinha fio dental e cinta-liga. A maquiagem carregada tinha duas funções: garantir que ninguém a reconheceria caso cruzasse com algum conhecido e dizer para si mesma que ali estava outra mulher. Esquecer tudo. Quem era, o que fazia, quantas mortes já tinha presenciado. Ali era outra pessoa.



___   §§§   ___


- Infierno! No puede ser tan difícil! – Miguel esbravejava no escritório de casa.

Agora se lembrava das vezes que seu pai, Ramón Benitez, fundador da BTez Motors, lhe dizia que precisava assumir os negócios com ele ainda vivo para poder lhe orientar. Era tarde demais. Sabia da importância das empresas, dos empregos que gerava, do nome que tinham no mercado automobilístico mundial. Abdicou da medicina para cuidar dos negócios, mas não aceitou o posto de Presidente da empresa. Era responsabilidade demais. Participava apenas do conselho administrativo. Toda a responsabilidade desabou em seu colo assim que o caixão de Ramón foi fechado, há oito meses. Longos e difíceis meses.



- Que houve meu filho?! Você quando fala espanhol é porque tem problemas demais na cabeça.

- Mamá! – Sua mãe estava certa. Não tinha o costume de falar sua língua materna há muitos anos. – Não se preocupe. Está tudo sobre controle.

- Posso estar velha, mas ainda sei a diferença entre caos e controle, mi hijo. – Rúbia tinha a dureza e a doçura na combinação que só as mães conseguiam. – Vamos. Diga o que te incomoda tanto. Está nervoso, mal humorado e não faz essa barba horrenda há dias! Sei que são os negócios. Você não gosta de ficar no escritório, Miguel.

- São os nossos negócios, madre. E não é por não gostar, é por não conhecer tudo, não ter o conhecimento de tudo o que se passa. São coisas no mundo inteiro. Não sei como papá conseguia gerenciar tudo. – Para ele era difícil assumir isso.

- Seu pai fez esse negócio, conhecia a BTez Motors mais do que a mim, a você ou a ele mesmo. Não se compare com ele porque sempre irá perder. Você está aprendendo. Ramón também me faz muita falta. – Tanta que se sentia mais vazia a cada dia. Só se agarrava a vida para ver seu filho feliz e encaminhado. – Precisa confiar mais em seu tio. Javier trabalha há anos lá. Ele poderia assumir a presidência e você ter as mesmas funções que tinha antes.

- No! – Isso estava decidido. – Nesses primeiros meses eu deixei tio Javier mandar e desmandar porque não tinha o conhecimento necessário. Mas eu estudei, analisei os números e acho que as últimas atitudes dele não eram exatamente como as de papai. Eu sou o herdeiro, eu assumirei a BTez. Javier será um executivo muito bem remunerado e valorizado, poderei me aconselhar com ele. Mas as decisões são minhas.

Rúbia conhecia esse olhar determinado. Não interferiria mais na decisão.

- Ok, mas então não fique se martirizando. – Achou que era hora de dividir com ele um ensinamento de vida de Ramón. – Seu pai dizia que o segredo para ser rico e feliz era não cuidar apenas do dinheiro, ou você acaba ficando louco e não o aproveita sua fortuna. Os problemas da BTez nunca o impediram de aproveitar a vida em família ou de ter amigos. Aprenda isso, e será mais feliz. Equilíbrio é a chave, Miguel.

- Vou tentar. – Ele garantiu.

- Alejandra está na cidade. – Rúbia nunca desistia de tentar reaproximar o filho da ex mulher. – Pensei em chamá-la para jantar conosco. Que acha?

- Acho ótimo. – A senhora sorrio. – Eu não estarei, então vocês terão bastante liberdade para assuntos femininos.

Ele encarou a mãe. Ela precisava parar com isso.

- Entenda mãe, eu e Alejandra não temos mais nada em comum, não existe mais química e nem mesmo a paixão que nos unia existe mais, aa profissão que nos aproximou, hoje já não exerço. – Miguel era cirurgião geral e a ex especializou-se em cirurgia plástica. – Passei muitos anos de minha vida com ela, quatro deles casado, mas há muitos já não a amava. E nós sabemos como terminou.

Uma terrível vergonha. Ele fora fotografado com outra mulher e, em meio ao escândalo, Alejandra pediu o divórcio.

- Não há nenhuma chance? – Rúbia perguntou.


___ §§§ Quatro anos antes §§§ ___



Algumas doses de vodka e muitas mulheres dançando quase nuas sobre o balcão. Não fosse o toque do celular, estaria perfeito. Era ela, Alejandra. Não atendeu. Quanto mais ela o pressionava, menos ele queria ouvir sua voz.

- Pronto pra assumir a empresa, médico da família? – Tinha sempre que ouvir as piadinhas. – Papai um dia vai se aposentar.

- Não me enche! Não quero pensar em empresa nenhuma...não quero isso. – Só queria beber e pegar uma daquelas mulheres. Olhou para uma morena alta.

-  Dizem que elas são escravizadas.

- Me parecem bem satisfeitas. – Caminhou até a mulher e a chamou para vir com ele até um hotel. Assinou a conta e foi para a rua beijando-a, sem perceber que era fotografado.

As fotos correram o mundo envergonhando a ele e a sua família. Só trouxeram uma coisa boa: o divórcio.

Após anos confusos e de uma pressão familiar que ele não desejava, seu casamento terminou da pior forma. Alejandra aceitou perdê-lo, mantinham uma relação de respeito, mas nunca se reaproximariam.

___ §§§ ___



- Nenhuma. Nenhuma chance de eu e Alejandra ficarmos juntos. – Com isso esperava finalizar o assunto.

- Eu quero netos, Miguel!

- Não os terá ainda por muito tempo. – Foi categórico. – Sei que gosta de Alejandra, por isso, jante com ela. Mas eu não estarei. Vou sair com amigos. Não dormirei em casa.





A rua repleta de bares estava movimentada. A calçada apinhada de homens e mulheres que saíam e entravam em casas noturnas. E haviam também garotas que não eram clientes, nem estavam ali para dançar. Estavam à caça de clientes para passar a noite em algum motel da região. Garotas de programa sempre irritaram Miguel. Eram desagradáveis e se o reconheciam ficavam melosas em busca de mais dinheiro.

- Miguel?! Não acha que já bebeu demais? – O único dos seus amigos que ainda lhe fazia companhia perguntou.

- Não, não acho. Ainda é cedo. Quero tomar mais algumas.

- São 3hs da manhã...eu já queria ir.

- 3hs é muito cedo. Nem é manhã, é madrugada ainda. – Ele ria da própria piada. – Vá. Eu vou achar alguém com quem passar o resto da noite.

- Mas...

- Vai Gabriel! Vai! Eu to ótimo! – Ao menos a barba iria impedir que o reconhecessem. – Eu cansei da sua companhia. Vou procurar uma mulher.

Caminhou sozinho por duas quadras. Eram todas iguais, réplicas perfeitinhas que poderiam estar expostas no museu de cera. Peitudas siliconadas, tudo falso, tudo postiço. Nada mais desagradável que apalpar silicone. As frequentadoras das casas eram ainda piores que algumas vadias. Seus vestidos de grifes famosas tinham cada vez menos pano e mais lantejoulas. A única diferença é que elas vinham maquiadas por profissionais da beleza.

-Balela! Todas iguais...todas atrás de dinheiro. – Resolveu entrar na boate. – Beber mais um drinque e dançar. É isso que eu preciso.

Quando se virou, avistou na esquina uma mulher que chamou sua atenção. Bem magra e com um vestido justíssimo, certamente chamaria sua atenção. E, parada numa esquina. Ficava claro que era isso exatamente o que ela desejava.

Chegou por trás e passou o braço por sua cintura antes aproximar o rosto de seus cabelos. Estavam perfumados. Gostou dela. Podia ser uma prostituta, mas aparentava ter classe e estava limpa. Não tinha cheiro de outros homens.

- Eu quero você. – Sentenciou calmamente enquanto virava-a em seus braços. Por trás de toda aquela maquiagem deveria ser uma bela mulher, conseguia ver pouco da garota.

- Quer é? – Ela o provocou com voz melodiosa.

- Garanto que você não vai se arrepender. Vamos pra um bom hotel...sua pele não merece os daqui.



Puxou-a pelo braço até encontrarem um táxi, deu o endereço ao motorista que se surpreendeu por se tratar de área nobre. Voltou-se para ela. Talvez fosse culpa do trabalho intenso dos últimos meses e da recente falta de uma parceira sexual, mas ela estava deixando-o mais do que excitado.

- Qual seu nome? – Perguntou.

- Isso é necessário? – Foi a arredia resposta.

- Tenho que te chamar de alguma forma. – O mistério era irritante. – Como seus clientes te chamam?

O olhar dela foi estranho, desafiador e quente nas mesmas proporções. Então ele realmente acreditava se tratar de uma profissional do sexo. Melhor assim.

            - Meus clientes...varia muito...vadia, cadela, gostosa...pode chamar do que você preferir. – Os lábios carnudos imploravam para serem mordidos. – E você? Como costumam te chamar?

            - Eu? Ultimamente me chamam de Senhor. – Ele ainda não tinha se habituado a ser o chefão de uma multinacional.

            - Pois bem....Senhor...acho que já falamos demais.



            Entraram no hotel por uma porta alternativa e tiveram que se comportar no elevador para não deixar nenhum rastro gravado pelas câmeras de segurança. Um desconhecia as razões do outro, mas nenhum deles tinha interesse de trazer à luz o encontro.

            - Entra. Quer beber alguma coisa? – Miguel perguntou à mulher misteriosa.

            - Não...só quero você. Foi pra isso que me trouxe...não?



            Miguel não entendia como uma prostituta podia mexer tanto com ele. Estava se oferecendo em uma esquina para quem quisesse pagar. Nem discutiu preço. Deve tê-lo reconhecido e veio sabendo que levaria uma boa grana. Melhor aproveitar as horas que ainda tinham.

            - Tira tudo. – Disse sentando-se em uma poltrona localizada no canto esquerdo do quarto. – Quero ver se você é tão linda quanto parece.

            Dizendo a si mesma que sabia fazer isso, Elizabeth abriu a blusa deixando o sutiã no lugar, por enquanto. A roupa íntima era vermelha, contrastando com a cinta-liga e as meias pretas. Tudo era muito sensual. Desceu muito lentamente o fecho da saia, mostrando a calcinha e fazendo Miguel enrijecer ainda mais. Ela era boa nisso! E ele evitava pensar no número que homens que já havia pagado para ver o mesmo espetáculo digno de um cabaré.

            - Gosta do que vê? – Perguntou ela passando o dedo por dentro da calcinha.



            - Muito, vadia. – Não era assim que ela queria ser chamada? Tratada como puta. – Mas ainda tem roupa aí. Vamos! Mandei tirar tudo.



            Rapidamente ela abriu a liga e desceu a calcinha. Nunca teve muitos pudores e achava muito sensual passar-se por prostituta. Os homens se achavam os maiorais, mas, na verdade, eram enganados a todo o momento. Tinha sua carreira, suas obrigações e cumpria com todas. Esse Senhor, como queria ser chamado, achava que a estava pagando para satisfazê-lo e, no entanto estava lhe prestando valioso serviço. Permitia a ela, no gozo do prazer sexual, libertar-se de qualquer amarra. Ser uma fêmea dona de si mesma na busca única de prazer.

            Restava apenas o sutiã que logo foi retirado lentamente. Os seios não eram a parte favorita do corpo de Elizabeth. A pequena cicatriz na lateral e o tamanho discreto não os fazia parecer sedutores na opinião dela. Miguel não aparentou desgostar.

            - Pronto! Nada entre eu e os seus olhos. Gosta do que vê, Senhor?

            - Muito. É uma vadia linda. – Porque a tratava assim? Nem mesmo ele sabia responder a própria consciência. – Agora venha aqui. Quero você. Muito.

            - Tem camisinha? – Questionou ela.

            Ele riu descaradamente.



            - Sim. Não ia comer uma ramera sem preservativo. – Puxou-a até que ela caiu de bruços na cama. – Vou te comer tanto que amanhã você mal vai conseguir andar.

            Num golpe ágil ela se virou. Se estivesse em serviço, daria um golpe certeiro no meio das suas pernas e deixaria-o gemendo no chão. Agora, no entanto, ele ia gemer por outra razão. Não ia machucar o ‘brinquedinho’.

            - Você está muito vestido ainda, Senhor. – Abriu-lhe o cinto da calça enquanto ele tirava a camisa mostrando o peito torneado. – E eu quero sentir o seu sabor...na minha boquinha. Deixa? Por favor.

            - Você quer que eu foda sua boca, é? Sua putinha...vai, sou todo seu. Mas isso é só um esquenta. Mais tarde eu quero o prato principal. – Sentiu-a descendo a cueca boxer e começando a acariciá-lo. Sentia-a enlouquecê-lo com os lábios, a língua e os dentes. Ela ia e vinha, às vezes parecia engoli-lo por completo só para depois parar e reiniciar a tortura. Era mais uma prova do quanto era experiente na profissão, era o que pensava Miguel. E isso o deixava com raiva.

            Puxou Elizabeth pelos cabelos obrigando-a a acelerar o vai e vem prazeroso que a fazia pensar que ia sufocar quando tinha o pênis dele inteiro dentro da sua boca, indo na garganta. O sabor dele estava se provando maravilhoso. Só que ele já queria mais.

            - Chega Putana! Não vim aqui só pra isso! – Bruto, colocou-a primeiro de joelhos, depois puxou um travesseiro alto e a fez repousar o quadril ali, com o traseiro para cima. Deitou-se sobre ela enquanto beijava-a na linha da coluna. – Quero você.

Ela se arrepiou.

            - Não faço anal. – Avisou pronta para acabar com a brincadeira caso ele tentasse forçar algo.

            - Ok, não é isso o que eu quero. – E sem aviso estava dentro dela. Surpreendeu-se com a sensação. Podia ter gozado ali, mal começado as estocadas. – Vadia gostosa! Toma! AAA Toma foda! – Ela era apertada e ele ia sem dó. – É! Disso! Que! Você! Gosta! – Ia estocando conforme falava!

            - Vai! – Ela respondeu. – Gosto mesmo. Vai gostoso!

            Sentiu o tapa estalar no seu quadril enquanto ele a virava de frente e ficavam cara a cara. – Cale a boca. Uma vadia não vai mandar em mim. – Agora numa posição ‘papai e mamãe’ ele continuava as estocadas brutalmente deliciosas enquanto beijava seus seios, arranhando-os com a barba. – Peitos naturais. Gosto!

            - Aaa!  - Ela serpenteava sob ele que não diminuía o ritmo. – HAAaa.

            - Vai gozar cachorra? Toma! Você gosta! Gosta de ganhar a vida abrindo as pernas, não é? – Ver a garota se derreter em seus braços estava sendo o melhor excitante. Será que todos os clientes a deixavam assim? Será que ela gemia com cada um que esteve dentro dela? – Vou gozar! – Mordeu seus seios o mais forte que pode. Ficaria marcado. E aí viu que ela já tinha uma marca...não era mordida. Era fina. Deixou o pensamento de lado. – Vai aaa vaiii goza comigo!



            Quando Miguel abriu os olhos naquela manhã e lembrou-se de tudo o que fez sentiu o corpo esquentar de súbito. Um calor que tinha duas causas. Sentia vergonha pela forma como tratou a garota e tesão pelas coisa que fizeram. Onde estava ela? Será no banheiro?

            Ao conferir por todo o cômodo teve de aceitar que a mulher misteriosa tinha ido embora. Ela lhe havia proporcionado uma das melhores noites de sua vida e sequer sabia seu nome. Recriminava-se por tê-la tratado com tamanha falta de delicadeza. Que importava se era uma profissional do sexo? Ele queria sexo e ela cumpriu sua função da forma mais deliciosa. Não merecia ser ofendida por isso. Ao ver suas roupas no chão lembrou que ela teve tempo o suficiente para mexer em tudo. Pensando que iria constatar um furto, pegou a carteira do bolso de trás da calça e abriu. Para sua surpresa, cartões de crédito e dinheiro permaneciam ali. Ela não tocou em nada.

            - Ela não levou nada! – Porque uma prostituta iria embora sem receber seu pagamento?



            E o pior é que nem tinha como tentar descobrir.