domingo, 30 de junho de 2013

A Mentira - Capítulo 15: A cascata

            Era o quinto dia usando o maldito cinto. Ele não havia cumprido a promessa de retirar antes. Isso muito provavelmente era culpa de Jacob. Ele aparecia na fazenda muito seguidamente para dizer ‘oi’ ou trazer algum agrado. Nunca tentou nada ou foi desagradável, mas estava sempre presente, despertando a ira e o ciúme de Christian.
            Não tiveram grandes brigas nos últimos dias. Grey passava muito tempo fora de casa e ela pouco conseguia conversar com ele. A não ser logo cedo pela manhã. Hora em que ele vinha e, constrangedoramente, abria o cinto. Ela usava o banheiro e tomava banho, antes de voltar a restrição imposta por ele.
            - Está sentindo algo de errado? Está tudo bem? – Ele sempre perguntava.
            - Se eu falar que não você abre essa coisa?
            - Eu vou olhar, Ana. Já que confiança é algo que não existe entre nós.
            - Você acha que eu te enganaria, Grey? Pra que? Se eu quisesse, exigiria a chave e acabava com essa palhaçada! Só fico porque, apesar de tudo, ainda te amo e...você curte essas coisas.
            Aproveitando-se da vulnerabilidade que ela mostrava naquele momento, Christian deitou-se na cama levando-a junto beijou-a como sempre desejava, mas nunca fazia. Apalpou-a por todo o corpo até alcançar a região temporariamente liberta do cinto. Colocou dois dedos nela e sentiu-a apertada e molhada. Queria continuar, mas preferiu castigá-la...mesmo que isso também representasse deixá-lo dolorido pelo resto do dia.
            - Não seja tão oferecida, Ana. Assim posso achar que realmente precisa do cinto para conseguir ficar sem sexo. – Abriu-lhe as pernas de forma nada conservadora para olhar se havia algum machucado ou sinal de que o cinto a estava fazendo mal. – Está avermelhado....mas nada que um talquinho não resolva. Minha menininha vai se comportar hoje?
            - Depende...se não apagar meu fogo...posso procurar outro. Querido esposo. – Era claramente apenas uma provocação. Estava há dias sem sexo e agora ele ainda a provocava daquela forma antes de aprisioná-la.
Ana sentia-se como um bebê tendo sua fralda trocada. Ele parecia se divertir com a situação. Apertou bastante o couro rente a sua pele. Doeu, mas não iria reclamar. Não ia se fazer de frágil para ganhar alguma migalha de Christian. Não!
- Vamos ver se agora você consegue procurar outro, Anastásia! – Caminhou vermelho de raiva até a porta. – Eu não quero aquele Jacob intrometido na nossa casa novamente! Ele não deve vir aqui. E também não quero que você saia.

Ana achou que não valia a pena iniciar outra briga apenas para dizer pra ele que não iria impedir ninguém de visitá-la e, muito menos, ficar sentada na sala tricotando enquanto ele não voltava. Ele que fosse trabalhar que ela logo encontraria uma coisa legal para passar o dia. Talvez pegasse seu cavalo e fosse explorar melhor a região.
- Nossa... dessa vez ele caprichou no aperto. – Falou vestindo uma calça jeans e uma blusa leve. Afinal seria um dia quente.
- Falou comigo, Ana? – Kate apareceu na porta.
- Não Kate...falei sozinha mesmo. Essa terra deve estar me deixando louca. Já que meu celular não funciona, comecei a falar sozinha. – Elas riram. – Como está a Bia?
- Bem...na verdade ela sente falta do movimento da cidade grande. De ter amigos. De interagir. E quando fomos pro sul ela frequentava uma escolinha maternal. Aqui só irá para escola quando ficar mais velha.
- Eu entendo, Kate, isso é ruim. Na verdade acho que a sua vida não é aqui. – Não quis ser desagradável. - Quero você aqui comigo. Mas esse lugar não é para você.
- E é para você, Ana?
Por essa ela não esperava. Anastásia não podia dizer que amava aquela fazenda. Por vezes nem se sentia a dona do lugar. Lhe era estranho não ter a companhia de dança, não estar perto da família ou dos amigos, não ter contato com as pessoas queridas a estava incomodando mais que qualquer cinto de castidade.
- Não sei, Kate. Aqui pode não ser o meu lar...mas o Grey é o meu marido. E eu o amo...então sim, eu acho que é o meu lugar no mundo. Mas eu estou aqui por que desejo e não para me esconder.
- Sim, eu sei. Ainda bem que vim parar aqui, Ana. Você me ajuda muito. Se fosse embora, não sei o que faria.
- Se um dia eu deixar esse lugar, Kate, eu levo você e Bia comigo.

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Depois de cavalgar pelos arredores da casa, Ana veio pra casa almoçar. Sabia que Christian comeria com os peões e não se preocupou com horário. Quando chegou recebeu um debochado recado de Jéssica.
- O patrão procurou pela esposa...e ela não estava. – Disse a petulante garota.
- Não me diga! Vai ver você não procurou ela bem. – Respondeu. – Ele deixou algum recado?
- Disse que virá a tarde e quer encontrá-la aqui. Eu se fosse você não saía mais.

Essa ela não podia deixar passar.

- Essa é exatamente a questão, Jéssica. Você não é eu e você, apensar de desejar muito, não é a patroa dessa casa. Você é uma garotinha que fica se oferecendo para o meu marido...apenas isso.
- Você nem o quer...nem dá atenção pra ele. Se eu fosse mulher dele ficaria em casa esperando para almoçar junto, mas você sai.
- Você não é! Eu sou a esposa de Christian. E eu sei bem que está louca para eu sair, vai correndo contar pra ele e ficará imensamente feliz se nós brigarmos. Pois pode comemorar...eu vou sair para nadar assim que almoçar. Passe bem!
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Cumprindo exatamente o que havia dito, Ana almoçou sozinha e depois de urinar e fazer a demorada higiene que precisava repetir sempre que usava o banheiro estando com o cinto, saiu com seu cavalo. Ele realmente não tinha nada de manso, mas costumava obedecer sem refugar muito. Ainda não eram amigos...mas já estavam se relacionando bem.
- Jacob exagerou. Você é um cavalinho lindo e dedicado...só não obedece qualquer ordem. Tem gênio forte. Gosto de você!
Cavalgar usando o cinto apertado era bem desconfortável, mas suportável. Era um preço válido para relaxar nas calmas e lindas águas da cascata. A primeira coisa que fez ao chegar foi tirar as botas e molhar os pés encostava o corpo nas pedras. O barulho da água e a brisa refrescante eram deliciosos. Parecia o paraíso.
Quase 1h30min depois, estava de olhos fechados quando sentiu água sendo espirrada em seu rosto.
- O que quer aqui? – Nem precisou abrir os olhos para ver quem era.
- Não gosto quando você sai...muito menos quando eu disse que era para ficar em casa. Nós somos casados!
Agora ela se revoltou.
- E para você o que é ser casado?
- Viver juntos. – Ele respondeu calmamente.
- Só isso? Nada mais? Confiança...quem sabe?
- Confiança que nós não temos um no outro. – Ele respondeu, amargo.
- Eu confio em você, Christian, posso não entender porquê me trata mal as vezes, mas confio em você.
- Eu não confio em você.

Ela ficou observando-o, triste com essa resposta. O que fez para ele não confiar nela? Christian percebeu que foi duro demais. Não sabia como se comportar com ela. As vezes desejava que ela o obedecesse e sofresse calada os castigos que merecia, mas logo depois queria que ela o desafiasse. Gostava desse ímpeto de Anastásia. Nunca nenhuma outra o encarou de frente, era sempre obedientes. Ana o enfeitiçava com sua paixão e teimosia.

- Vamos embora pra casa! – Tentou puxá-la pelo braço.
- Não! – Ela o afastou. – Se quiser, vá você! Eu vou nadar um pouco. – Começou a abrir a roupa. – Um banho de cachoeira iria te fazer bem...melhorar esse humor de cão!
Ele olhou em volta e ficou feliz por constatar que não tinha ninguém por perto.
- O que isso, Anastásia! Você não pode sair nadando nua por aí!
- Como você adivinhou que eu nado nua todas as tardes?! – O tom era provocador. – Os passarinhos já ficam esperando pelo meu show! AAA Grey vá cuidar da sua vida! Já me basta esse troço me apertando e ainda tem que aturar besteira sua!
- Ana não! – Ele segurou-lhe a mão antes dela tirar a blusa. – Você não vai ficar nadando pelada aqui!
Ela resolveu mudar de tática.
- Não? – Ana se agarrou ao marido. – Então me beija, Grey.


Ela beijou-o. Não esperou, não iria permitir que ele saísse fugido. Sentiu suas mãos se enlear nos fios de seu cabelo. Não um carinho delicado, não um chamego. Isso não era Grey! Ele tomava posse. Com aquele toque dizia: é minha e de mais ninguém. E isso a alegrava. Até a que a machucou.
- Assim não, Christian! Mas porque você não consegue ficar sem me machucar...porque?!
- Eee eu não sei Ana...eu não sei. – Ele ficou sem saber o que falar porque naquele momento queria ser o amante que ela desejava e não conseguiu.
- Vai embora Grey...eu vou nadar e já vou. Depois a gente conversa...você sabe que não tem ninguém aqui e eu ficarei com o sutiã. Por favor...eu não quero brigar mais. Eu estou cansada disso! Christian, apesar de tudo, eu te amo. Mas está ficando difícil ficar com você se NUNCA parece me amar. Você as vezes parece desejar apenas me ferir.
Ele não ouviu quase nada. Ficou preso a primeira parte do que ela falou.
- Eu não suporto que diga que me ama. Nunca repita!
- Por que?
- Não interessa! Só não repita!
- Mas eu o amo! E nós podemos ser felizes.
Ele até desejou essa felicidade, mas a realidade se impôs.
- Não posso ser feliz sabendo que meu irmão está morto! – Disse esperando que ela confessasse sua culpa.
- E o que isso tem a ver? – Parecia uma loucura.
- Você não se importa nenhum pouco? Hora como pode ser tão fria? Se você tivesse algum sentimento sincero no corpo você assumiria os seus erros Anastásia.
- Do que você está falando?! – Ela pensava que um dos dois precisava estar louco. – O seu irmão morre e a culpada sou eu?
- Vai confessar agora? – Ele lhe dá mais um beijo. Mas logo a solta. – Eu te odeio, Anastásia. – E sai deixando-a sozinha.

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4horas depois...

Ana estava deitada na cama contorcendo-se de dor. Com raiva pelas coisas que Christian lhe falou, ela nadou na cachoeira antes de voltar para casa. Isso tornou a sensação do couro molhado e apertado friccionando contra a pele muito pior ao cavalgar o cavalo.
Ao chegar, secou-se bem, mas a sensação era de carne viva. E, o pior, não tinha como fazer nada, a não ser esperar Christian voltar. Não queria assumir que ele estava certo em lhe dizer para não nadar ali...mas como aceitar que errou e pedir pra ele abrir a o cinto antes.
Não o fez. Aguentou a dor calada, fechada em seu quarto. Pediu para Kate avisar que estava indisposta e não iria descer para jantar. Esperava que ele viesse ver como estava. Demorou, mas já tarde da noite ele apareceu no quarto.

- Tudo bem com você? – Perguntou com o rosto amarrado.

A vontade de dizer que não era imensa. Mas o orgulho foi maior.

- Tudo bem sim...a água estava deliciosa. – Respondeu segurando o choro pela dor.

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Christian estava nervoso na cama. Não gostava da forma como sua relação com Ana estava se encaminhando. Não eram um casal, mas também não tinham uma relação de dominação. Não só fazia o que desejava e se submetia conforme suas vontades.
Agora também não descia para jantar e isso o irritava terrivelmente. Não subiu e a obrigou a comer porque estava exausto de brigas. Mas a ideia dela ou qualquer outra pessoa passando fome o inervava. Nervoso, passou a madrugada acordado andando pela casa. Anastásia estava destruindo inclusive com seu sono.
As 4h27min da madrugada um barulho no quarto de Ana chamou sua atenção. Achou que ela havia acordado com fome e ia descer, mas percebeu que não era isso. Correu para o quarto. Encontrou-a no centro do cômodo, ainda no escuro, com o abajur no chão. Ela o tinha derrubado tentando acender. Mas o que lhe chamou a atenção foi a expressão de dor que tomava conta de sua face.
- O que você tem? – Não queria, mas estava preocupado.
- Nada! Sai daqui!
- Não mente...o que você tem Anastásia? – Será possível que ela não tinha limites na teimosia.
- A cinta tá me machucando. – Ela disse mordendo o lábio.
A primeira coisa que ele fez foi dentá-la na cama e correr até o seu quarto para pegar a chave e logo estava abrindo a peça de tortura sexual. Tinha consciência que independente dos seus planos de vingança, aquilo era para dar prazer e não para machucar sua mulher. SUA Ana.
Quando abriu a peça e viu a pele irritada e arranhada, sentiu-se culpado. Claro que ela estava sentindo dor. A peça deixou-a com assaduras bem sérias.
- Pela manhã não estava nem perto disso. – Comentou.
- Eu cavalguei molhada. – Ana assumiu.

Aí Christian entendeu o que se passou. O atrito do couro molhado a machucou. Mesmo assim, não parou de se culpar. Ela não tinha obrigação de saber, ele, como dominador, tinha a obrigação de protegê-la. Com estrema intimidade ele a lavou delicadamente, tendo o auxílio de uma toalha macia. Depois passou talco.
- Parece que você está cuidando de uma criança. – Ela brincou já sem sentir tanta dor.
- Não acho o infantilismo sensual, Ana. Preferiria você com uma lingerie sensual, acredite. Mas agora você está precisando de talco mesmo, então é isso que te dou. – Deu-lhe um comprimido para a dor. – Bebe água e toma o remédio, vai se sentir melhor amanhã.


Logo amanheceria e  nenhum dos dois tinha descansado. Christian tomou uma decisão rápida. Deitou-se da cama dela e puxou-a, de costas, para seus braços. Era ali que um desejava o outro. 

segunda-feira, 24 de junho de 2013

A Mentira - Capítulo 14: doce castigo


            Como poderia ficar ali, fria e indiferente ao toque dele? O que tinha de irritante, bipolar e mandão, Grey também tinha de gostoso. Suas mãos serpenteavam rápidas e os lábios pareciam cobrir toda a sua pele. Não era nem rápido nem devagar demais, era perfeito.
            - aaa Christian...sabe que assim você é bem melhor..ai.aa.aiiii vai...você é bom nisso. – Ele estava fazendo um oral enlouquecedor.
            - Molhadinha...Ana...mas não esqueça que está proibida de gozar...a não ser que queira enfrentar as cartas.
            Ele tinha que lembrar isso?
            - Você não pode esquecer isso?
            - Não. Meninas desobedientes são castigadas...eu ia te dar uma boa surra e você não deixou.
            - Eu não gosto de apanhar! – Será que isso é tão difícil de entender.
            - E nem quero que você goste. – Mentira. Suas ex subs sempre curtiram sessões de spanking, mas ele não desejava que Ana soubesse disso. Queria que ela sofresse e o medo da dor era um grande aliado. – Acho que umas boas surras até que iam te fazer bem...você ia chorar, desabafar e se sentir ‘perdoada’ dos seus pecados. Mas primeiro eu vou te fuder...depois...as cartas dirão qual será sua pena...isso se você gozar, é claro.
            Sentiu ele enfiar dois dedos bem fundo em sua buceta e foi impossível não contrair os músculos e gemer.

            - Gostosa...apertadinha...vai gemer? – Mordeu seus mamilos sabendo que a levaria à loucura. – Para uma vagabundinha até que você é bem apertadinha. Eu gosto assim.
Desgraçado! Como se atreve!
            - Como pode chamar sua esposa de vagabunda?!?!?
            Com brutalidade ele a vira de bruços na cama. Sua bunda era o alvo...mas não de palmadas. Ele começou a apertar e morder.
            - Você mesma disse que teve muitos homens na sua cama...quer que eu te chame de donzela?
            Ela tenta se levantar, mas ele a segura.
            - Eu to odeio Christian Grey! – gritava.
            - Não, não odeia. – ele respondia. – E você sabe disso. Você me quer, está louquinha por mim..por isso veio pra esse fim de mundo. E você é minha, só minha. Do jeito que eu quero, na posição que eu desejar, na hora que eu te quiser.
            Achou que ele ia forçar o anal. Ficou rígida em seus braços.
            - Não...hoje eu não quero teu cú. Um dia. – Deixou-lhe um chupão no pescoço. – Agora eu quero é essa buceta encharcada pra te fazer gemer e gozar.

            Ele queria ou não que gozasse...não era ficar sem prazer o seu castigo. Não...só agora percebia que ele exatamente desejava a desobediência. Ele tinha prazer em castigar. Que homem complicado!
            De um puxão só ele a postou de quatro sobre o colchão  e a penetrou sem aviso. Não pedia...apenas tomava deliciosamente o que desejava.
            - AAAAa sua gostosa! Anastásia você pode ser uma desgraçada dos infernos, mas é um tesão! AAAA eu ainda me acabo em você!
            - Vai Grey! Mais rápido! Vai! Não queria me fuder forte?! Então vai...aaaa desgraçado, gostoso dos infernos aaaaa...- Gozar ou não gozar? Como se tivesse escolha na cama dele. – Eu não aguento mais Chris! AAAAAAAAAAAAAAA
            - Vem minha Ana, vemmm...comigo vem....

Mais algumas estocadas profundas e ambos gritaram juntos ao alcançar o auge do prazer.

Algum tempo depois...

Christian se levantou ainda tonto com o grande prazer que sentiu com a esposa. Era sempre assim, mas ainda o surpreendia. Essa mulher o estava deixando tão fora de si que até esquecia seus fantasmas...desde quando não tinha pesadelos? Ela apagava tudo.
            Ergueu-a no colo, estava tão cansada que não conseguiria andar. Era apenas por esse motivo. Não sentia nada por ela a não ser ódio, vingança e, às vezes, um pouco de tesão. ‘Grey...a quem você tenta enganar?’, sua consciência teimava em falar. Colocou-a na cama de seu quarto e retornou ao de jogos para buscar as cartas.

            - Chegou a hora de acertar sua conta Ana...você mais uma vez não obedeceu. Gozou como uma mulher desvairada, pediu por mais e, se eu quisesse, estaria te comendo mais uma vez.

            Ela o olhava encolhida nas cobertas. Estava cansada...ele não parava nunca?

            Ele jogou o baralho em seu colo e ela as analisava assustada.

            - Palmadas
            - Chineladas
            - Cintadas
            - Régua
            - Chicote de tiras
            - Chicote de montaria
            - Açoite
            - Submissão com gaiola e coleira
            - Surra fora do quarto de jogos
            - Cinto de castidade
            - Cinto de castidade com pênis
            - Cinto de castidade com vibrador por controle remoto
            - Plug anal
            - Bolas tailandesas
            - Abstinência

            Nem tudo ali era conhecido, mas, impressionantemente, a abstinência foi o mais desagradável de ler depois de um sexo tão gostoso.

            - A gaiola e coleira é uma sessão de humilhação onde você é tratada como escrava sexual por 24hs. Usa somente a coleira no corpo, come no chão e não à mesa, dorme na gaiola, só engatinha e obedece a tudo. – Ele falou com tranquilidade. – O resto você já deve saber o que é.
            - Como assim surra fora do quarto de jogos? – Perguntou.
            - O estábulo..., a dispensa, a casa de um amigo, a sacristia de igreja...não sei...onde me der vontade. – Ele a estava assustando.
            - Abstinência por quanto tempo?
            Ele riu descaradamente. Era delicioso saber que ela o desejava de forma tão desesperada.
            - Ana, Ana...você tem necessidades. Não fica sem sexo. – Sua seriedade voltou. – Mas só terá comigo...seu prazer é meu e eu decido quando. Se sair essa carta eu estipularei o tempo que você ficará sem prazer.

            Ele a obervou antes de mostrar outras duas cartas.

            - Quero te propor um acordo, Ana.
            - O que?
            - Acrescentar duas cartas ao nosso jogo. Uma é algo que você quer...a outra é uma coisa que eu adoraria experimentar uma dia, mas que você tirou do contrato.

            - Perdão
            - Cane
           
Mesmo sem precisar ele explicou.

            - Se sair perdão eu esqueço todos os seus últimos pecados em você sai livre das desobediências e do gozo de hoje. Se sair a cane eu posso te fazer ‘provar’ esse castigo que é o mais doloroso.
            Já tinha apanhado e surrado com a tão temida vara. Nos tempos em que foi dominado por Elena, ela costumava ser muito dura nos castigos, deixando-o muito machucado e humilhado. Como Dom não era o castigo da sua preferência. Primeiro por que era um dos mais perigosos e também por que, sendo muito doloroso, exigia que a sub fosse mimada depois para se recuperar. Isso significava não dar nem mesmo uma palmada por mais de uma semana e isso o desagradava. Preferia pequenos castigos contínuos que eram sensuais e davam prazer diário aos dois. Só que lembrava a si mesmo a todo o momento que não era no prazer que sua relação com Ana estava baseada. Ela tinha mesmo é que sofrer.
            - Não...eu tenho medo. – Respondeu ela.
            - Vai desperdiçar a chance de ser perdoada? – Ele gostava de ver a indecisão nos olhos dela. – A cane dói, Ana, queima a pele, deixa você sem poder se sentar por uma semana. Mas...um mês sem sexo pode ser bem mais desagradável.

            Ela tomou coragem. Tinha muito medo, mas não queria demonstrar isso.
- Ok, eu aceito! – A voz saiu tremida.

As cartas foram embaralhadas e cortadas em três partes como num jogo de verdade.

            - Escolhe uma Ana. – Ele disse muito sério. – Vira a carta e lê em voz alta qual foi a sua sorte.

            Ana o fez e, num misto de alívio e medo, descobriu o que seria.

            - Cinto de castidade. – Disse sem saber se isso era bom ou não.

Sem dizer uma palavra Christian saiu e voltou um minuto depois. Jogou algo bem estranho na cama e num tom típico de dominadores ordenou.


- Aí está o seu companheiro para os próximos dias. Amanhã cedo eu o colocarei em você. Durma bem Ana.

                A noite demorou a passar para Christian. Além de não conseguir se livrar do cheiro de Ana, do desejo por ela, da ânsia de dormir com ela em seus braços para ter certeza de que ela não escaparia, ainda tinha a preocupação pelo que faria na manhã seguinte. Anastásia podia simplesmente dizer NÃO e ele seria obrigado a deixar de lado o contrato e qualquer castigo.
                - Não...ela gostou da ideia. Ela quer provar o cinto de castidade. Eu vi isso.

                Mas aí estava outra questão. Anastásia, contra tudo o que ele havia planejado, estava tendo prazer. Ela estava gostando  e a trouxe aqui para sofrer até confessar a culpa pela morte de seu irmão.
                - E ela está longe disso! – Gritou olhando para a aliança em sua mão. – Eu casei com você e quero te fazer sofrer, Anastásia, mas também não quero te perder.

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                Na manhã seguinte ele esperou Ana usar o banheiro e tomar banho.

                - Deita nua na cama para eu colocar o cinto em você. Depois você vai poder se vestir normalmente. – Ela obedeceu e ele foi apertando a fivela antes de fechar o pequeno cadeado. – Tá quase pronto.
                - Tá apertado. – Não chegava a machucar, mas era estranho.
                - É assim que tem de ser. Ela evita qualquer tipo de prazer sexual, inclusive que você se toque. Você poderá urinar, mas não conseguirá se secar como normalmente. – Ela achou o assunto íntimo demais.  – Olhe para mim...é importante. Tem que se lavar bem e não deixar úmido. Se não pode pegar uma infecção ou ter alguma assadura. Eu vou conferir pela manhã todos os dias.
                - Quanto tempo ficarei com esse troço em mim? – A sensação dele ter controle sobre isso era tão estranha. Estar sob cuidados tão íntimos era vergonhoso e sensual ao mesmo tempo.
                - Ainda não sei...vai depender do seu comportamento. Acho que uns cinco dias. – Ele a beijou nos lábios delicadamente.  – Se for uma boa garota eu prometo que tiro antes e...Ana...você precisa me fazer se tiver qualquer coisa errada tem que me falar. Vou te deixar sem o cinto por uma hora pela manhã. Para poder se lavar bem e usar o banheiro com mais liberdade...mas se faltar algo...durante o dia pode me procurar. – ‘Grey você está adocicado  demais’, a consciência o alertava. – Mas não ouse tentar me enganar e tirar sem a minha permissão. Eu descobriria e te daria uma surra para o seu traseiro nunca mais esquecer! – ‘Pronto. Isso deve tê-la intimidado’.
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                O primeiro dia foi tudo menos normal. Ficar apertada naquela região era no mínimo desagradável. Descobriu que ‘lembrar’ das coisas que ela e Christian fizeram noite passada era terrível usando o cinto. Afinal o prazer ficava ‘preso’ ali e ela se sentia frustrada. Era uma dor que não esperava.

                - Ainda bem que não saiu a abstinência. – Disse a si mesma sem nenhum pudor de assumi que desejava seu marido com loucura.

            Descobriu que fazer xixi era ridiculamente difícil. Lavar a...região pior ainda.
           
            - Ainda bem que é só xixi. Imagina se fosse mais que isso?

            Para completar sua situação, apesar de desejar ficar sozinha, Jacob apareceu na fazenda para lhe fazer uma visita e trazer chocolates. Ele era simpático e educadíssimo, mas aquele aperto nas regiões mais baixas a estava deixando nervosa.
            - A senhora está se sentindo bem? – Perguntou ele quando se mexeu mais uma vez na cadeira.
            - Sim, é claro. Apenas estou aguardando meu marido chegar e...
            - E ele sente ciúmes? Sim, eu percebi. E acho que também teria se fosse minha.
            Foi aí que Grey chegou.
            - Para a minha sorte ela não é sua. É minha mulher e eu gostaria de saber o que o senhor deseja vindo mais uma vez até minha casa. – Disse nervoso.
            - Nada de mais senhor Grey. Apenas recebi uma carga de doces finou e imaginei que Anastásia gostasse de chocolate. – Ela mordia sensualmente um bombom. – Vejo que acertei.
            - Estão deliciosos. Obrigada!
            - Acho que está na minha hora. Um bom dia ao casal. – Disse Jacob se retirando.

            Christian estava pensando seriamente em conseguir um meio de se livrar do filho da puta que parecia não desistir de lhe tomar Ana. ‘Ela é minha seu idiota. Não vai me tomar o que mais desejei na vida’.
            - Quer um chocolate? – Ana o provocava.
            - Não. – Beijou-a com paixão. – Não me provoque Anastásia! Se eu achar que está interessada em deixar esse cara entrar na sua calcinha posso muito tranquilamente deixar você com esse cinto para o resto da vida. Não me teste.
            - Deixe eu te dizer uma coisa... eu NÃO tenho medo de você, Christian Grey.
            - Vamos ver...vamos ver. – Era um aviso e uma ameaça.

(Nota da autora: Quem nos comentários pediu por cena na cachoeira deve ver esse vídeo. Quem n pediu, mas quer uma dica do próximo cap também. Rsrsrs Vejam do minuto 5:10 até 12:46. Sei que é longo e no meio tem cenas q n são importantes, mas VEJAM tudo pq tem até flashback da noite de núpcias, além de mostrar muito dessa relação de tapas e beijos q eles vivem.)


A Mentira - Capítulo 13: tensão


                          
            Arisco foi o nome dado ao cavalo. Era muito pertinente seja porque realmente parecia um animal agitado, mas também por conta do comprador e de sua dona. Naquela fazenda ninguém parecia facilmente domável. Já faziam dois dias da visita do Padre e de Jacob. Brigaram muito, mas dessa vez a discussão não terminou em uma sessão de sadomasoquismo. Não houveram algemas, cordas nem palmadas. Na verdade, não houve mais sexo. E isso colaborava e muito com a tensão que pairava no ar.

            -  Carlisle...me faça um favor? – Ana pediu ao encontrar o administrador do lugar.
            - É claro, Senhora.
            - Peça para selarem o Arisco e o cavalo do senhor Grey. Nós vamos sair.
            - Sim, Senhora.

            Já há vários dias avisa que gostaria de conhecer a cidade e ele a vinha enrolando. Hoje, finalmente, tinha dito que era para ela aguardá-lo. Quem sabe um passeio a dois não melhorava o humor de seu turrão marido?

            - Anastásiaaaaaa. – Ele chegou a casa gritando. – Onde você está?
            - Aqui no meu quarto.  – Gritou mas ele já vinha entrando. – O que foi? Não precisa gritar.
            - Quem mandou você dar ordens aos meus homens? E quem disse que eu vou sair?
            - Você disse que sairia comigo hoje. Nós vamos a cidade.
            - Não! Eu disse para você não sair antes de eu chegar.

            Era muita ignorância dentro de um brutamontes só!

            - E por que eu esperaria você se não fosse para irmos juntos!?!?!
            - Por que eu mandei e você tem que me obedecer.
            - É pra rir agora ou daqui a pouco? – Disse encarando-o

            Ser desafiado era algo com o que Christian nunca soube lidar muito bem. Aliás...só recebera ordens de uma mulher em toda a vida. E não era algo que deseja relembrar.

            - Você pensa que se manda? Não Anastásia...você é minha e faz o que eu mando. Será que você não vê que aqui as mulheres obedecem aos maridos?
            - E será que você, Christian Grey, não percebeu que eu não aceito isso? E se quer saber? Você é um imbecil completo se pensa que eu vou dizer amém a tudo que me diz. Não! Não e Não! Será que do alto da sua burrice você consegue entender, querido marido?

            Ana não sabia, mas Kate ouvia a briga completamente apavorada. Sabia que Grey tinha momentos de descontrole, era nervoso e gostava de dar ordens. Podia ser violento...mas Ana sempre garantia que ele não seria capaz de machucá-la de verdade.
            - Você não vai sair Anastásia.
            - Vou...e nesse exata minuto! – Saiu do quarto descendo as escadas em direção a sala.

            Quando menos esperava ele a puxou e colocou no ombro como se não passasse de um saco de batatas.

            - Me larga Grey!
            - Você passou de todos os limites Anastásia...acho que precisa de um lembrete do nosso contrato.

            Ele entrou no quarto de jogos com ela. Largou-a sobre a cama sem nenhuma delicadeza e andou até a parede onde ficavam as varas.

            - Eu vou te ensinar o que significam as palavras castigo e obediência. – Estava tomado pela raiva.

            Ana sabia que tinha duas opções. Correr como um animal acuado e acabar apanhando, o que nessa situação resultaria no divórcio, ou, enfrentar Grey e lutar pouco que restava daquela reação. Ergueu-se da cama e foi até ele.

            - Eu não quero apanhar! – Disse olhando em seus olhos e vendo-o fraquejar em seus planos. Ele já podia ter ferido muitas mulheres, mas nenhuma com essa raiva toda e, jamais, sem a aceitação delas.

            - Você merece ser castigada!

‘É tudo ou nada’. – Ana pensava.

            - Quer saber Grey?! Larga esse troço e, se quer tanto me surrar, bate com o punho mesmo! Não é isso que quer? Me ferir? Então ferre de verdade?! Não te esconde por trás de um...prazer, por trás de sexo...coisa que, pelo jeito você nem gosta tanto assim.
            - Anas...
            - Bate! Vem! Mas bate de verdade! Bate pra valer. Aproveita a chance que vai ser única. Porque quando eu me recuperar...eu vou embora e você nunca mais vai ter a chance!

            Ele ficou em choque pela força que via em Ana. Ela o desafiava de um modo estarrecedor. E chocante! Nunca machucou uma mulher gravemente...mas ela parecia realmente achar que ele iria esmurrá-la. Largou a vara e sentou-se na cama.

            - Se resolveu deixar meu castigo pra outra hora...acho que vou fazer minha cavalgada. Sozinha!

            Rapidamente Christian saiu da cama e puxou-a para seus braços.

            - Tudo bem...não vou te bater. Mas você merece um castigo. – Rasgou-lhe a camisa mordendo o colo e os seios. – Se não posso te surrar...ao menos vou te comer como gosto. Com força!
            - É...acho que isso é uma boa razão para eu não ir cavalgar. – Que ficasse bem claro que ela não ia porque não queria.
            - Mas isso é para o meu prazer Ana. Você está sendo castigada!
            - Ahaaa...claro. – Levou uma palmada...e gostou. – E como pretende me impedir de sentir prazer?
            - Não quero que você goze. Lembra do nossa jogo das cartas?

            Era inesquecível...a ideia de estar nas mãos dele a inebriava. Mas era arriscado.

            - Então...se gozar você terá que tirar outra carta. Não sei que tipo de tortura, castigo ou surra sairá de lá. E eu vou te obrigar a cumprir.
            - Mas...

            - Sem mas. Agora eu quero é comer você...e gozar fundo. Só eu. Vou te enlouquecer e te castigar ao mesmo tempo.

domingo, 23 de junho de 2013

A Mentira - Capítulo 12: MINHA!


            Após uma noite em que Grey chegou tarde e não lhe procurou em seu quarto, Ana tomava café sozinha na varanda quando Kate veio avisar que tinha uma visita aguardando.

            - Visita?
            - Sim. O Padre da cidade veio te ver.
            - Aaaa claro. Bom é quando o padre vem te visitar que você percebe o quão pequena é essa cidade. – Brincou.
            - Sim, mas é um lugar agradável. Eu gosto. – disse Kate. – Conseguiu falar com sua família?
            - Não! O celular não pega em nenhum lugar dessa casa...e meu marido não parece muito interessado em me tirar daqui. – Hoje ela estava se sentindo um pouco carente. – Bom...vamos encontrar o padre.

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            - Bom dia, Padre. É um prazer recebê-lo em minha casa.
            - Ótimo conhecê-la, Anastásia...ou Senhora Grey...como preferir.
            - Me chame de Ana, por favor.
            - Pois bem...Ana, então. O que está achando da cidade? É pequena e não tem as mesmas facilidades de São Paulo, mas é um lugar de gente muito boa.
            - Na verdade, Padre, eu não vi praticamente nada além da fazenda. Meu marido anda...muito ocupado...eu acho pelo menos.

            Era muito claro que os problemas do casal não eram apenas falatórios dos funcionários. Essa moça estava infeliz e mal tratada. Para o interior ainda não era raro encontrar homens que não tratavam as esposas com delicadeza e muitas mulheres acabavam se acostumando, mas esse não parecia ser o caso. Era uma mulher da capital...logo logo iria deixá-lo. Aliás, por que veio e permanece ao lado dele? Em especial, se não passa de uma interesseira e aproveitadora, como Christian tanto acreditava. Mas, vindo de família rica, ela iria morar nesse fim de mundo por outro motivo que não fosse amor? Será que Grey não conseguia ver isso?
O fantasma que o aterrorizava era a certeza de que a esposa teve um caso com o irmão. “E se eu perguntar?” Questionava para si memo. Isso resolveria a questão e colocaria tudo em pratos limpos. Não podia interferir assim. Além disso, as conversas que teve com Christian eram em confiança e jamais poderia contar a ninguém.
- Padre? O senhor tem internet e telefone na igreja?
- Internet...não...isso ainda é muito complicado por aqui. Telefone sim. O da sacristia costuma funcionar bem. – Respondeu o homem de Deus. – Mas o de vocês não está bom?
- Aqui não tem padre. Não sei como uma fazenda tão boa ainda não tem linha telefônica.

Tinha. Desde os tempos de Elliott a fazenda tinha telefone. Se a rede estava desligada era a pedido de Christian e isso  o deixava ainda mais temeroso. Se o que for a tal vingança prometida, ali Anastásia estava escondida do mundo.

-É estranho mesmo. – Tinha obrigação de ajudar essa mulher. – Mas o da igreja está a sua disposição para se comunicar com quem desejar.
- Que ótimo Padre! Estou louca para falar com meu tio e meu primo. José é quase da minha idade e sempre fomos muito próximos.

Christian os encontrou tomando limonada à sombra. Não gostou nada de ouvi-la falar de José.

- Saudades do querido primo, meu amor? – Chegou beijando-a nos lábios.
- Ela me falava da família, Sr. Grey. Parece ter muito carinho por eles. E isso é sempre bonito de ver.
- É...vejo que ela já o conquistou. Minha esposa parece ser ótima em conquista.
- Obrigada, ‘querido esposo’. – O tom era falso o bastante para o padre sentir vergonha. – Acabei de aceitar a oferta do Padre. Ele vai me ajudar a contatar meu tio. Assim eu poderei contar para ele o quanto sou feliz aqui. O que acha?

Ele não gostou nada disso.

- Acho que você não precisa incomodar o padre quando não faz nem uma semana que viu seus tios.
- Não será nenhum incomodo. – Assegurou o religioso no momento em que Jacob se aproximava guiado por um empregado da fazenda. – Olhe quem também veio fazer uma visita.
- Bom dia a todos. – Apertou a mão dos homens e cumprimentou Anastásia. – Eu vim fazer a entrega de sua encomenda, Sr. Grey e aproveito para conhecer sua senhora. Muito bela...exatamente como se comenta pela cidade. É ótimo ter uma dama como a senhora vivendo em nosso povoado.
- Bem...pode me chamar de Ana. Não precisa tanta formalidade.
- Como desejar, Ana. – Ele continuou sem perceber que despertava timidez nela e ódio em Grey. – Mas devo dizer que não esquecerei nome tão singelo e lindo ao mesmo tempo. Combina com seus olhos límpidos.
- Eu acho que MINHA mulher já entendeu o quão maravilhosa o senhor a julga. – Christian interferiu.
- Deixei-a tímida, Ana? – Ele ignorou Grey.

Ela sorriu adorando ver a reação do marido. Ele, tão frio desde que chegaram, agora mostrava sangue nas veias. Até que essa cidadezinha podia oferecer tardes divertidas

- Não, nenhum pouco tímida. É sempre ótimo receber elogios. Quem sabe meu marido não se inspira? – Ela devolveu o beijo. – Mas eu sequer sei seu nome!
- Desculpe! Que erro meu! Jacob Black, ao seu dispor. – Ele pega em sua mão. – Qualquer coisa que precisar, em qualquer horário, pode bater em minha porta.
- Senhor Black! – Grey estava prestes a explodir. – Onde está minha encomenda? Veio aqui pra isso...ou não?
- Sim, eu vim. Já está nos estábulos.
- Comprou um cavalo do senhor Black, meu amor? – Ana perguntou.
- Sim, Ana, comprei. E ele é seu.
- Sério?! – Ele andava tão bruto que não esperava nenhum presente.
- Sim. Assim você terá uma atividade durante o dia. Eu sei o quanto gosta de montar.
- Sim, eu amo! – Ela tornou a beijá-lo. Dessa vez não teve falsidade nenhuma. – OBRIGADA! Eu te amo!
- Senhora Grey. – Jacob atrapalhou o momento. – Devo adverti-la que esse animal não é dos mais mansos...ele....
- Não se preocupe. Saberei lidar com ele. – Nunca teve medo de nenhum animal.
- Eu já tinha dito isso, Ana. Mas o Senhor Black parece não ouvir os meus avisos. – Era bom isso mudar daqui para frente.
- Bom...eu vou aos estábulos ver meu presente. Fiquem conversando rapazes. Tchau Padre! Tchau Sr. Blak...
- Também pode me chamar de Jacob, Ana. Acho que seremos bons amigos.

- É claro, Jacob.