sábado, 8 de fevereiro de 2014

Dupla Perseguição - Capítulo 15




Rachel realmente não pretendia ter de disparar mais tiros, ao menos não nos próximos meses. Queria apenas ficar em paz até dar a luz ao bebê e, depois, recomeçar sua busca. Mas parece que ela atraía problemas.

            Em NY o telefone de Neal começou a tocar novamente. Era Mozzie pela 4ª vez nessa madrugada. Não pretendia atender. Sua atenção estava voltada para saber o que ocorria na casa de Rachel.

            Ela estava relativamente calma. Não era a primeira vez que apontava uma arma, não seria a primeira a apertar o gatilho. Só que lhe chamou a atenção o fato do homem não ser muito bom em arrombamentos. Ele levou muito tempo para soltar a tranca e fez muito barulho. Quando finalmente a porta se abriu e ela viu quem entrava soltou um grito de raiva e avançou sobre ele. Não ia matar, mas planejava bater bastante. Era Henry o invasor.

            - Seu louco! Burro! Imbecil! – Ela o estapeava enquanto falava. – Eu podia ter atirado em você seu idiota! Sabe o que eu ia sentir se te machucasse?!?!? Sabe! Imbecil! Eu nunca ia me perdoar se acertasse um tiro em você! Henry eu te esgano ainda!

            Neal ouviu o desespero dela e não conseguia acreditar que aquele nerd conseguiu encontrá-la enquanto ele e o FBI continuavam sem uma pista que preste! Subestimaram o rapaz! Assustou-se quando percebeu que o celular continuava tocando. Atendeu.

            - AAAA NEAL preciso que você confira uma coisa....é uma ideia que...
           - Corre pra cá, Mozzie. Não vai acreditar em quem está com Rachel nesse momento: Henry Roussel.
            - Eeee...inacreditável. – Até Mozzie estava sem palavras.

            Neal ficou ouvindo o reencontro dos amigos e sentindo inveja daquela intimidade e confiança que os unia.

            - Será que você pode pelo menos largar a arma para me bater? Eu me sentiria mais seguro. – Henry brincou e abriu os braços. – Vem me dar um abraço, vem! 

            Ela largou a arma e se atirou nos braços dele.

            - Henry! Não sabe como é bom te ver, te abraçar....meu amigo. Você é tão importante na minha vida. – Ela sentiu os olhos cheios de lágrimas. – Nossa...essa criança me transformou numa manteiga derretida.
            - E te deixou redonda, Rachel! Quantos meses?
        - Sete. – Ela apertava seus ombros. – Entra e fecha essa porta. Por Deus Henry! Você deve ter acordado até os vizinhos! Como ladrão você morreria de fome! Pra que tanto barulho só para arrombar uma porta!?!?
            - É que essa não é minha especialidade. – Ele riu. – Eu sabia que você ia estar aqui! Sabia!
            - Esse lugar é seguro! O FBI nunca vai encontrar uma ligação minha com essa casa. Você tem certeza de que ninguém te seguiu?
            - Sim. Colocaram gente na minha cola por uns dias. Depois pararam. Eu sei quando sou seguido. Conviver com você me ensinou isso. Agora deixa eu ver bem você...está linda Rachel!

            Eles continuariam conversando pela noite toda ali na sala, mas Nicolle interveio.

            - Crianças...eu vejo que o encontro foi agradável, mas é madrugada e todos precisamos dormir. Em especial uma certa grávida. Você precisa descansar, Rachel.
            - Desculpe, Dona Nicolle. Foi de muito mau tom a minha chegada, atrapalhando o sono de vocês. Mas eu precisava vir conferir se sua filha estava bem.
            - Eu entendo, querido. Me chame de Nicolle. Ultimamente eu e Rachel andamos conversando muito e fiquei sabendo que por pouco você não virou meu genro.
            - É...ela me disse não...algumas vezes. – Hoje ele lidava bem com a rejeição e a amizade deles era o mais importante.
            - Uma pena. Vocês dois formam um lindo casal. – Neal não gostou nada de ouvir isso.
           - Assunto velho mãe! Nós superamos isso faz muitos anos. Até porque Henry é casado.....aliás onde a sua mulher pensa que você está numa noite de sexta-feira... madrugada de sábado já?
            - Oficialmente eu fui para ao México para uma sequência de reuniões. Você me tem pelo final de semana todo, Rachel Turner!
            - Mentindo pra esposa! – O clima perto de Henry era mais leve. Rachel parecia que voltava à adolescência. – Eu realmente te contaminei...antigamente você não mentia!
            - Então deixem pra conversar amanhã, com calma. - Nicolle sorria observando a felicidade da filha. – Vou ver se o outro quarto está arrumado para você dormir, Henry.
            -NÃO! – Rachel enfatizou. – Ele vai dormir comigo! Vou usar você de travesseiro, Henry.
            - Filha...não é muito apropriado.
            - Bobagem mãe. Não tem tesão nenhum entre a gente. E minhas costas doem...pensa que é fácil carregar essa barriga. Já que o Henry apareceu, ele me faz uma massagem. – Ela olhou para ele. – Topa?
            - Só se for agora!

            Quando Mozzie chegou ao apartamento de Neal, encontrou o amigo com um copo de vodka na mão. O relógio marcava 5h e 30 min e o transmissor estava silencioso. Algo de muito ruim devia ter ocorrido. Não disse nada. Preparou uma bebida para si mesmo e esperou ele desabafar. Demorou algum tempo.

            - Ela dormiu no peito dele. Na mesma cama que ele. Ele fez massagem nela. – Parou para encher o copo. – Ele sentiu o MEU FILHO mexer dentro dela. Henry Roussel está tomando o meu lugar. Era para ser eu lá!



            - Não acredito que deixamos passar isso. Era a forma perfeita para encontrar Rachel! – Essa era a preocupação de Mozzie, não o ciúme de Neal.
            - O subestimamos. Só que ele não a encontrou, não teve que procurar. Ele já conhecia esse esconderijo dela.
            - Claro. – Ele olhou para o amigo. – Vá dormir. Você está acabado, Neal. Assim que eles acordarem eu te chamo e você fica acompanhando.
            -Está bem. Amanhã é sábado e não trabalho mesmo. Peter está de férias. Terei o final de semana só para ouvi-los. – Péssima programação.

            Eram 9hs 20 minutos quando Mozzie o acordou. As poucas horas de sono agitado já o fizeram acordar de mau humor. O que Mozzie informou, só fez piorar.

            - A mãe de seu filho acordou animadíssima e resolveu preparar o café da manhã do hospede. Ela realmente quer mimá-lo.
            - É, eu já percebi. Eu vou jogar uma água no rosto.
            Quando voltou para a sala, começou a fazer café e ficou ouvindo a conversa dos dois amigos.
            - O que é? Porque está me olhando assim, Henry?
            - Nada.
            - Fala! – Ela atirou um pano de prato nele. – Agora!



            - Não é que...você aí nessa cozinha, grávida, preparando nosso café da manhã. Isso tudo evoca lembranças do passado em mim.
            - Lembranças? Como assim?
         - Sonhos, Rachel. Eu lembro de quando eu sonhava em casar com você. Você tem noção de quantas vezes eu te imaginei assim? Com um filho meu na sua barriga?

            Ela ficou sem voz diante daquela declaração.

            - E...ee.Henry eu.... me desculpe. Eu nunca quis te fazer sofrer. Jamais. – Ela colocou um omelete na mesa. - Está pronto. Vem comer.
            - Não peça desculpas. Você...seguiu com sua vida, eu segui com a minha e somos amigos. Estou feliz por você ter um bebê. Você pode até não acreditar, mas chega uma hora que todo mundo quer sossegar, ter família. As mulheres ainda mais. Eu sabia que um dia ia aparecer um cara que ia te fazer querer parar.
            - Não é bem assim Henry. Não crie um conto de fadas na sua cabeça. O pai do meu filho e eu não estamos juntos...ele ajudou a me prender, aliás. Por ele eu estaria atrás das grades até hoje.
            - Uauuu. Quem é ele?
            - Neal Caffrey. Você não conhece, mas é um criminoso que virou consultor do FBI e...
            - Conheço sim. Estive com ele faz algumas semanas.
            - O que? – Rachel se surpreendeu. – Com Neal?
            - Sim. Ele e o agente Peter Burke me interrogaram. Aquela chatice de sempre. Obvio que eu não disse nada.
            - E o que você achou do Neal?
            - Não sei...falou pouco. Perguntou só sobre a nossa amizade. – Ele pegou a mão da amiga. – Quer saber? Se ele teve a chance de ficar com você e preferiu ser leal ao FBI, não passa de um idiota.

            Eles riram e mudaram para assuntos leves enquanto Neal tomava uma aspirina e apertava os dentes. Ela acreditava que ele era um traidor e ficava repetindo isso. Não lhe dava uma chance de conversarem. Será que não sabia que era errado falar mal do pai de seu filho na frente do bebê? E se ele já ouvisse? Poderia já nascer traumatizado.

            Eles foram interrompidos por Nicolle e o assunto se voltou ao passado. Quando dançavam, o início do namoro, a reação do pai de Rachel e o fato de terem enganado a todos por muitos anos.

            - Na verdade o John nunca gostou de mim...piorou quando eu tinha 14 anos e discuti com ele por causa daquelas aulas de luta que Rachel fazia. Eram muito agressivas. Ela se machucava. – Ele lembrou.
            - Sim, eu sei. Nunca gostei também. – Nicolle confirmou.
            - Eu gostava. – Mais uma vez Rachel defendeu o pai.
            - Eu tive que te levar pra casa carregada de tão acabada que ficou várias vezes. Era praticamente uma criança e vivia cheia de hematomas. Aquilo era errado! Eu falei isso pra ele.
            - Aos 14 anos? – Nicolle questionou.
            - Sim...e ele me mandou pastar. Disse que da filha dele, ele mesmo cuidava. Eu não podia fazer nada e fiquei quieto. Depois, logo que fiz 18, a Rachel ainda tinha 17, a gente brigou feio. John sabia que a gente ficava, mas não que era tão sério. Nos pegou aos beijos na saída da aula de dança e gritou com ela.
            - Me mandou pra casa. Qualquer pai teria uma reação assim. – Disse Rachel.
            - Eu sempre o achei agressivo. Achei que ia te machucar!
            - Meu pai nunca me deu um tapa, Henry. Ele gritou comigo, me deixou de castigo...mas bateu só em você.
            - Ele me deu uns murros, mas tudo bem...eu estava era preocupado com você.
            - Eu lembro dessa briga com Rachel, mas nunca soube que ele tinha te agredido. Me desculpe por isso Henry. John teve um período descontrolado.
            - Tudo bem, Nicolle. Nem meus pais ficaram sabendo. Eu...disse que tinha me envolvido numa briga com colegas.

O clima estava pesado na mesa e Rachel resolveu brigar.

            - Agora conta o que você fez! Conta. Não sou só eu que faço loucuras.
            - Deixa pra lá Rachel. – Ele ficou tímido.
            - Não! Então eu conto. Mãe...naquela madrugada eu fui dormir muito preocupada com ele. Sabia que a briga com papai tinha sido feia e ele havia me proibido de voltar a ver o Henry. Mas aí, no meio da noite lá estava ele, com um olho roxo, na minha janela, pedindo pra eu ir no quintal. Eu fui. E o que ele queria? Estava com uma moto e queria que eu fugisse com ele!Era cena de cinema! – Ela ria.
            - Não daria certo. – Nicolle encarou a história com naturalidade. – Seu pai lhe traria de volta nem que fosse pelos cabelos.
            - Eu era um adolescente e estava preocupado com você, Rachel! – Até ele ria. – Mas ok! Não foi uma ideia muito boa. Foi o primeiro fora que você me deu! E doeu viu! Você achou ridícula a ideia e disse que ia dar um jeito de enrolar seu pai pra gente continuar se vendo.
            - E eu enrolei. Papai se foi...e você está na minha vida até hoje.

            Eles falaram de amenidades por toda a manhã. Mozzie pediu uma pizza já que Neal parecia alienado de tudo. Era como se ele não quisesse deixar Rachel e Henry sozinhos, como se ao ouvir, ele conseguisse afastar os dois. Conseguiu apenas ficar cada vez mais nervoso. Só após o almoço, quando Nicolle saiu para fazer compras é que voltaram a falar sério.

            - Agora que estamos sozinhos. – Henry a conversa. – Qual é a encrenca? Como está de grana?
            - Eu não quero voltar a esse assunto, Henry. Eu errei...cometi mais crimes. Estou com o FBI na minha cola...além da MI5, que continua me procurando.
            - O que você fez...o Burke falou em assassinato.
            - É...eu matei dois caras. – Ela viu a cara feia que ele fez. – Eu sei que não devia...mas acaba acontecendo. Quando eu achar a pedra tudo vai acabar.
            - E quantas vidas você vai ter nas costas até lá? – Isso ele nunca iria aceitar.
            - Por favor, não briga comigo. Eu sei tudo o que você vai falar.
            - Tá bom...e mesmo cometendo assassinatos você se envolveu com um cara do FBI?
            - Na verdade ele é um ladrão que agora ajuda o FBI...é uma longa história. E eu me aproximei para dar um golpe. Ele é simplesmente o melhor. Com a ajuda dele eu poderia conseguir o diamante. Mas aí ele descobriu tudo e me prendeu. Eu fiquei sem a pedra e sem ele.
            - Mas com um filho dele. – Ele fez carinho em sua barriga.
            - Mas eu não vou poder ficar com esse bebê. Eu vou dá-lo pra adoção quando nascer...pra poder fugir.
            Henry ficou com olhos tristes.

            - Vai me condenar por isso também? – Ela sentiu os olhos cheios de lágrimas. Ia chorar. – Eu não queria, tá? Sentirei falta dele comigo. Queria que a gravidez não estivesse no fim. Mas é o melhor a fazer. Não me olha assim, Henry. Faz com que eu me sinta um monstro.
            - Não...não é isso. É que... eu e a Molly tentamos há mais de um semestre engravidar e não conseguimos. E aí, você consegue facilmente e...vai se desfazer do seu filho. A vida é injusta.

            Neal não estava gostando do rumo daquela conversa. Se aquele cara estava pensando na possibilidade de se tornar o pai de seu filho estava muito enganado. Aquela criança tinha pai. Um pai que iria encontrá-lo.

            - Como estão as coisas entre você e a Molly? – Rachel perguntou feliz por poder tirar o foco da conversa de si.
            - Esse desgaste de todo o mês tentar para depois sofrer mais uma decepção é desgastante para o relacionamento. Chega num ponto que a gente esquece que é um casal e só pensa no tal bebê que não vem. A Molly ficou ainda mais insegura. Eu nem falei que você tá grávida pra ela não ficar mais paranoica do que já é.
            - Ela me odeia muito ainda?
            - Não é ódio, Rachel. Ela só tem ciúme da história que a gente tem, da intimidade. Ela não entende uma amizade assim. A Molly acha que eu sempre vou te amar mais do que amo ela. E não é verdade. Eu amo as duas de formas diferentes. Você é a minha amiga forte e problemática, ela é a minha esposa delicada e frágil.
            - Eu não gosto dela, não nego. Mas sei que você a ama. Então torço por vocês.

            Eles se abraçaram em silêncio longamente. Momentos difíceis para Neal que ficava totalmente no escuro sem saber o que estavam fazendo.
            - Agora...voltando ao nosso assunto...como está de grana? Suas contas foram bloqueadas? – Ele tinha uma dívida com ela e nunca a deixaria passar necessidade.

            - Não bloquearam as que tinham as maiores somas. Eu pulverizei a minha grana em contas de nomes falsos, muitas. Nunca vão tocar em um centavo meu.
            - Sabe que tem parte na minha empresa...se precisar a grana, tem lá.
            - Não tenho nada. A empresa é sua. Foi você que trabalhou para erguê-la. – Ela deu um sorriso malicioso. – E aí? Eu já tenho um amigo milionário?

Ele riu, orgulhoso, antes de responder.

            - Sim, sou milionário. Mas você conhece muita gente com grana Rachel. Não sou o único.
            - Mas os outros não são meus amigos do mesmo jeito! – Ela estava verdadeiramente feliz por ele. – E são criminosos. É diferente. Você trabalhou para ganhar cada centavo. Você venceu honestamente, Henry. Parabéns!

            Mas ele não esquecia que só venceu porque ela, há alguns anos, lhe deu o dinheiro para iniciar a empresa. Nem seus pais acreditavam que ia dar certo. Foi ela quem arriscou. E nunca pegou de volta o dinheiro.

            - Venci...depois que minha amiga me emprestou uma grana alta...e ela nunca me deixou pagar.
            - É desnecessário, Henry.
            - Rachel...a empresa está muito bem. Posso te pagar. – Ele lembrava do início de tudo. – Você me ajudou muito, muito mesmo. Ninguém realmente achava que iria dar certo eu abrir uma empresa de desenvolvimento de jogos digitais. Só você. Podia ter perdido toda a sua grana.
            - Não, não podia. Primeiro porque eu sabia que você era bom e ia conseguir. Segundo porque não te dei todo meu dinheiro. Deixe o dinheiro na empresa, Henry. Me encare como um sócia investidora.
            - Sócios fazem retiradas, Rachel. Você nunca fez.
            - Um dia, se eu precisar, tenho essa reserva. Está bem assim?
            - Sim. – E isso encerrava os assuntos de negócios.

            Depois que Nicolle voltou, Henry fez questão de preparar o jantar.

            - Sim. Você vai descansar. Fez o café e o almoço, eu faço a janta.  E depois de comer você vai pra cama. Descansar para esse garoto nascer forte.

            E exatamente assim foi feito. Com direito a nova sessão de massagem. Neal estava surtando. E o pior era saber que não podia fazer absolutamente nada. Racionalmente via que eles realmente não passavam de amigos, mas era difícil ver que ela tinha tanta intimidade com outro homem.

            - É Neal...eles têm laços de infância, de amizade, intimidade e até laços financeiros. Essa eu acho difícil você ganhar. – A fala de Mozzie tinha um toque de provocação.
            - Eu fiz um filho dentro dela! Não existe laço mais forte que isso. Nada é mais forte do que nós temos!



4 comentários:

  1. AHHHHHHHH estou anciosa! preciso de maissss tadinho do Neal :( ficar longe do bb dele! Ele precisa encontrar esse lugar! Mozzie é tão esperto como não descobriu ainda? estou adorando Parabénsss

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  2. É que o Mozzie tá cansado de tanto que o Neal usa o coitado. É armação demais.
    bjsss

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  3. Amando tudo parabens pelas historias acompanho todas

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    1. Fico feliz em ler isso! É uma delícia escrever sabendo que alguém aguardar para ler os capítulos.
      bjss

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