sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Regras Quebradas, Limites Ultrapassados: Enredo




Era para ser apenas felicidade...foi pensando assim que eu e Christian subimos ao altar e fizemos nossos votos matrimoniais. Mas não foi assim...menos de seis meses de casamento e aqui estou, triste, chorosa e dolorida indo embora do lugar que, imaginei, seria meu lar por longos anos.
Nosso relacionamento jamais foi...normal, simples ou satisfatório. Grey não era normal, simples ou satisfatório. Meu marido era cheio de traumas, repleto de nuances escuras em seu passado. E eu, ingenuamente, achei que poderia curá-lo e satisfazê-lo. Eu, ainda uma virgem quando o conheci? Eu, a menina boboca que nem mesmo tinha como se sustentar? Eu, ma moça que lê romances com príncipes perfeitos? Mesmo parecendo tão difícil, realmente acreditei que fosse possível nossa relação durar. Até seu psicólogo dizia q eu lhe fazia bem.
Conheci meu marido, agora meu ex, quando as vésperas de me formar na faculdade foi entrevistá-lo substituindo minha amiga Kate. Aquilo foi meu céu e meu inferno. Grey é ótimo, fantástico, perfeito...mas também sabe ser cruel, opressor e dominador. Quando conheci seu quarto-vermelho-da-dor me assustei. Ele era então um sádico, curtia fazer as pessoas sentirem dor, tinha prazer com isso. Pensei em sumir e lhe dizer não, mas esse mundo também pode ser inebriante. E Grey soube me conquistar.
 Ele JAMAIS me machucou. NUNCA até hoje.  Sempre dizia que respeitaria meus limites rígidos e esses não incluíam varas, chicotes, cintos ou nada que infligisse grande dor. Eu só gostava do chicote de montaria e das palmadas. Bom...gostar não sei se é a palavra. Dói apanhar na bunda, mesmo que seja apenas com a palma da mão. No dia seguinte arde ao sentar. Mas...mas também é gostoso e o sexo com ele é ainda melhor. Então deixo ele fazer algumas coisas... as algemas, a venda, o sexo bruto, a amarração na mesa em forma de cruz...tudo indolor e muito, muito sensual. Assim vivemos nossos cinco deliciosos meses de casamento.
Mas aqui estou eu, chorando e fazendo minhas malas com a bunda e as coxas marcadas pela surra de cinta que ele me deu em um momento de descontrole. Ele sabia que eu não queria jogar, não queria brincar. Ele quis me punir, machucar meu corpo para me castigar. Christian perdeu o controle e me mostrou sua face mais escura. ‘Sou fodido em cinquenta tons Ana’, nunca essa frase fez tanto sentido.
A razão para todo esse descontrole? A razão era tão minúscula quanto importante...era apenas um pontinho de tão pequena. Descobri que estou grávida e contei, mesmo sabendo que a reação de meu marido seria péssima. Só não imaginei que seria tão ruim assim.
Depois de me bater, seus olhos fitavam apenas o chão...ele começou a cair em si e perceber o que havia feito. Mas fugiu. Saiu correndo e deixou a cobertura. Eu sabia que não voltaria tão cedo. Talvez pela manhã. Eu passei algumas horas em nosso quarto apenas chorando. Depois me levantei para arrumar a mochila que ia levar.
Eu terminava de fechar a mochila quando ele entrou no quarto.
- Solta isso! Você não vai a lugar algum. É uma ordem! – Berrou.
- Vá dar ordem aos seus empregados. Não sou nada sua e não vou te obedecer.
- É minha mulher Anastásia. Não vai embora. – Seus olhos estavam vermelhos. Ele havia bebido.
- Basta Christian. Acabou. Eu vou embora agora e não quero mais te ver.
- Não ANA! Não pode fazer isso. Sou seu marido!
- Você ultrapassou TODOS os limites. Eu NUNCA te autorizei a me bater dessa forma. Eu conto que estou grávida e o que você faz? Me espanca!
- Não fala assim Ana! Eu não te machuquei tanto...
- Porque não é o seu corpo que está doendo. Porque não é você que sente a humilhação.
- Eu sei o que é ferir uma mulher Ana...já feri muitas. Mas você não.
- Isso sou eu que sei. – Eu apontei para a cama. – Aí estão todas as joias. Eu peguei apenas algumas roupas básicas. A chave do carro está sobre a mesa da sala e deixei meus cartões de crédito na sua mesa do escritório. Adeus Christian.
- Ana não! – Ele implorou.
- Você não vai ter mais nenhuma chance de nos machucar. – Falei antes de sair e abraçar meu ventre. – É pontinho...agora somos só nós.

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