domingo, 5 de outubro de 2014

Diaba Ruiva: Passado Revelado - Cap 3


Neal e Peter se encaravam constrangedoramente. Eram amigos, tinham muito o que conversar, mas guardavam segredos e tinham a lei entre eles. Além disso, a cabeça de cada um deles estava em suas mulheres que podiam chegar a qualquer momento. E nenhum deles havia contado ao outro que em poucos meses teria um bebê. Após colocar uma cerveja a frente de Peter e pegar uma taça de vinho branco, Neal ficou esperando o antigo parceiro começar a falar.

- Eu não vim obrigá-lo a voltar a NY, Neal.
- Ótimo. Porque eu não pretendo fazer isso. – Suas vontades particulares nesse momento não importavam. Manter sua família em segurança sim. – Mas sei que não veio apenas para tomar uma cerveja.
- É, não mesmo. Eu não vim pra te obrigar, mas pretendo te convencer a voltar.
- Não vai conseguir, Peter. Eu sou feliz aqui. Rachel, George e Mozz também.
- Vocês amam New York também. Lá é a sua casa.




Peter estava certo. Ele podia sim encontrar a felicidade em NY e eles recentemente vinham pensando muito nos EUA. Lá estavam as informações que precisavam para acertar as contas com o passado. Sua mãe, as informações da família de Rachel e o diamante estavam lá. Tudo isso, porém, não valia o risco.

- Não é mais, Peter. Minha casa agora é aqui. E se você me denunciar, eu fugirei para outro lugar.
- Já te dei minha palavra. – A desconfiança incomodou Peter. - Os que sabem a razão de eu estar aqui, além de poucos, nos são fieis. Não precisar temer. Só que você não precisa viver escondido para o resto de sua vida. Você não fez mais nada de errado...apenas ajudou Rachel a fugir quando ela cometeu mais um assas....
- Ei, ei! Não foi assim. – Peter creditava à Rachel a morte de Harabo. E não era verdade.
- Foi sim. Eu sei a verdade, Neal. Shepherd assumiu a culpa para protegê-la, mas eu sei que ele não matou aquele maníaco. E eu compreendo Rachel. Não apoio, mas compreendo. Ela sofreu muito com a morte da filha. O desejo de vingança falou mais alto. Não pretendo reabrir esse caso e mexer nisso. A MI5 deixou barato em respeito ao trabalho de Shepherd e também por desejarem a morte de Joseph Harabo. A morte dele agradou a muita gente. É o fim dessa história.

- Isso não significa que a gente possa voltar para NY tranquilamente. – Ele optou por não esclarecer a verdade. Melhor deixar o assunto morrer.
- Há alternativas. Para você, principalmente!
- E é essa sua sugestão? Abandonar minha família e ir ser consultor do FBI novamente? É isso o que você faria no meu lugar, Peter? Você abandonaria Ell e Sofia à própria sorte?
- Não! Mas...mas podemos pensar em um plano que torne possível a volta de todos vocês.

Era tentador e Peter sabia que ele desejava isso. Somente a hipótese fez seus olhos brilharem. O chefe da Colarinho Branco percebeu a possibilidade de convencê-lo se avivar.

- Eu passei muito tempo pensando em uma hipótese aceitável, Peter. Eu quis voltar. Rachel também. Mas não há nenhum meio possível.
- Sim, há. É só bolarmos o plano certo e termos paciência.
- Se você tem esse plano, diga. Eu estou ansioso para ouvir. – Havia um pouco de esperança na voz de Neal.
- A primeira parte é fácil. Você e Rachel retornam a NY sozinhos, da mesma forma como saíram. Você procura o FBI espontaneamente e propõem um acordo no...
- No qual eu entrego a localização de Rachel para vocês. Eu já imaginava essa parte. – O restante era mais difícil. – Sou preso, mas acabo saindo por entregá-la.
- Exato. Eu solicito esse acordo mediante você voltar a ser meu consultor. Eles sabem o quanto você pode ser útil ao FBI.
- Perfeito. – Neal elogiou. – E Rachel?
- Com ela um acordo é muito mais difícil, Neal. Envolve a MI5 e uma série de crimes muito mais graves do que os seus. Além disso, Rachel quebrou o acordo ao fugir. Mesmo assim eu sei que posso convencê-los. Rachel teve bons resultados como consultora. Eu usarei isso como argumento. Quando surgir um caso no qual o FBI precise dela, sei que vão liberá-la. Ela tem chance de sair da cadeia.
- Ela tem chance? – Era pouco. Por mais que tivesse vontade de concordar, não podia colocá-la naquela situação. – Ela tem chance de sair após um mês? Dois? Um ano? Quanto tempo você acha? Não, Peter! Não tem nenhuma chance de eu voltar nesses termos.

De forma alguma pediria à Rachel para aceitar ir para a cadeia grávida. Ela já tinha se arriscado fugindo assim uma vez. Helen viria ao mundo tranquila, quando desejasse, ali na França onde estavam seguros. E se isso lhes custasse nunca mais voltar aos EUA, que fosse o preço a pagar.

Repousando enquanto George brincava construindo castelos na areia, Rachel pensava no que fariam naquela noite. Os planos poderiam ir de uma noite romântica e a dois no quarto do casal, até uma ida ao centro da cidade para dançar. O certo é que seria só os dois e com Neal o mais juntinho possível. George tinha o sono tão pesado e tranquilo que a casa era só deles a noite.
O plano começou a mudar quando uma voz fina alertou Rachel e o filho de que não estavam sozinhos. A menina loira que correu até eles estava um pouco maior do que se lembra, mas agitada e saltitante como sempre. Sofia puxava Ell pela mão e tentava correr, tarefa praticamente impossível. Elizabeth caminhava devagar por carregar uma barriga tão pesada quanto a de Rachel. As duas se encararam forte e serenamente antes de falar.



- Seja bem vinda ao meu lar, Elizabeth. Vocês nos encontraram...que bom. Eu sabia que esse dia chegaria. – Rachel a saudou. – Vejo que minha Helen terá um amiguinho da mesma idade.
- Amiguinha. Se chamará Valentina. Eu senti sua falta Rachel. Me dá um abraço?

Não foi tarefa fácil. As barrigas fartas atrapalhavam, mas não as impediram de demonstrar o carinho fortalecido com a convivência em New York.

- Também senti sua falta, Ell. E o Peter, onde está?
- Na sua casa...conversando com Neal.

            Uma pergunta precisava ser feita.

            - Nós fomos denunciados? Peter trouxe o FBI?
            - Não! Estamos de férias! Eu sempre quis conhecer esse lugar. É maravilho!
            - É mesmo. Eu fui muito feliz aqui...talvez tanto quanto fomos juntos em NY. – As grávidas estavam emocionadas com o reencontro. – Mas venha conhecer minha casa. Quero lhe mostra o enxoval da Helen. Vamos crianças! George? Vamos levar a Sofia pra ver seus brinquedos, vamos?

            Logo o menininho erguia seus brinquedos de areia e, sem nenhuma inibição, puxava Sofia. E já falava de seus brinquedos favoritos.

            - Oi George. – Ell chamou-o. – Você lembra de mim? Lembra da tia Ell?
            - Não. – Respondeu o garotinho sincero. Era muito novinho ao deixar os EUA.
            - Eu peguei você no colo quando bebê.
- Tem bebê na sua barriga. Igual na barriga da minha mamãe.
- Tem sim, meu querido. São amiguinhas pra você e Sofia.

Os quatro saíram caminhando pela areia branca, vendo a casa ainda a grande distância. Levariam alguns minutos até lá. Enquanto isso, Peter e Neal conversavam calmamente e seguiam discutindo o futuro.
No fundo ambos sabiam que por mais que discutissem, as decisões jamais seriam feitas sem estarem com as esposas. Mesmo assim Peter seguia argumentando com o amigo.


- E algumas semanas ou talvez um mês presa é muito perto de uma vida como fugitiva? Neal! Pense no que isso representa! É a possibilidade de George ser livre também. Ir a qualquer país porque os pais quitaram suas dívidas com a lei. Hoje ele é tão penalizado quanto vocês.
- Eu não posso pedir pra ela ir pra cadeia agora Peter. Ela não suportaria.
- Por quê?

O barulho na porta de entrada os fez interromper a conversa. A cena que se passava explicava tudo sem nenhuma palavra precisar ser dita. Sofia entrou na casa correndo, puxada por George. O menino certamente não se lembrava da jovem menina loirinha. Mas já estavam brincando como bons amigos.

- Oi Príncipe! Eu posso ir brincar com o George?
- Pode, claro Sofia!

Alguns passos atrás, caminhando bem mais lentamente, duas mulheres acariciavam suas barrigas. Elas estavam redondamente grávidas e pareciam ter adorado a coincidência. Neal e Peter ficaram surpresos. O destino não poderia agir de forma mais estranha com eles. Parecia provocá-los

- A Ell está grávida? – Neal perguntou como se houvesse alguma dúvida.
- A Rachel também? – O amigo não sabia o que dizer. Seu plano não incluía mais uma criança. Agora entendia Neal não concordar com a ideia. – Vocês não perdem tempo mesmo.

Se a apreensão tomava conta dos homens, Elizabeth e Rachel estavam muito tranquilas e animadas. Suas filhas nasceriam na mesma época.

- Eles também terão uma menina, querido. Não é perfeito? – Ell disse.
- Valentina e Helen poderão ser amigas! – Rachel concordou.
- Um nome italiano? – Neal comentou. – Apropriado. É um prazer revê-la, Ell. Fico feliz que tenha convencido Peter a ter um bebê. Vocês mereciam passar por essa experiência maravilhosa.
- Não foi bem convencer ...foi mais obrigar. Mas agora ele está bem feliz. E você e Rachel não poderiam estar mais felizes não? George está tão lindo e crescido. Foi mostrar seus brinquedos para Sofia.



A conversa foi interrompida por Mozz. Ele espiava pela janela e decidia se deveria entrar ou sair correndo. As duas opções pareciam bem arriscadas. Até que Ell virou-se para ele e não resistiu a abraçar a amiga. Ainda mais vendo que ela agora carregava um bebê.



- Senhora Engravatada! Terá um ‘pequeno-engravatado’!
- PequenA Mozz! É uma menina!
- Que maravilha. Uma ‘babyEll’ para completar a família. Parabéns Elizabeth...e para você também Peter.
- É bom saber que minha colaboração ainda é lembrada. Também é bom rever você, Mozz.

Apesar da alegria pelos bebês, havia um ar pesado no ambiente. Rachel sentia isso. Estava feliz em rever os amigos, mas percebia que isso podia mudar seu futuro. Ficou apreensiva e Neal não demorou a perceber.

- Você precisa de repouso, amor. Helen também. – Disse lhe acariciando a barriga e beijando-lhe o rosto. – Fique tranquila. Nada de ruim vai acontecer.
- Ele tem razão. Precisamos descansar. – Ell concordou. – Vamos Peter. Eu também quero me deitar. O voo foi cansativo.
- Fiquem aqui! A casa é gigante. Não tem porque irem a um hotel e você precisa descansar, Ell. Sei bem como é carregar essa barriga.

Enquanto as damas foram repousar, Peter e Neal voltaram para a sacada. Precisavam, agora com todas as informações, continuar a conversa. Mozz avisou que logo viria ficar com eles. Mas antes iria ver George e Sofia.

- Eu não sou um monstro, Neal. Podia ter me dito que Rachel espera um bebê. Posso entender porque não a quer presa nesse momento. Podia ter me falado. – Peter disse assim que ficaram sozinhos novamente.
- Você também podia ter falado que será pai. – Neal revidou.
- Vocês perderam uma filha. Eu não sabia como haviam superado isso. Agora vejo que é um passado superado.



- Lis será sempre um ponto triste na nossa história. Mas a gente achou que era hora de aumentar a família. Helen foi planejada e esperada com ansiedade. De forma alguma vou sequer pedir que Rachel se sujeite a possibilidade de terminar a gravidez numa prisão federal. Seja aonde for. Não está em cogitação, Peter. Daqui a alguns meses, talvez, possamos conversar. Talvez quando você tiver algum caso que torne possível um acordo.
- Não importa quando, Neal. Rachel ficará ao menos algumas semanas presa. Juiz algum a liberará fácil.
- A resposta é não, Peter! Se fosse a Ell, você permitiria?

Peter ignorou a pergunta.

- E se ela quiser? Rachel tem o direito a escolher. Fale com ela, Neal. Talvez Rachel pense que alguns dias no presídio seja pouco se comparado a uma vida sem se esconder. Talvez ela prefira que Helen nasça em NY, perto da avó e dos amigos. Talvez ela queira rever Henry. Talvez ela esteja disposta a enfrentar o que fez para ser feliz no futuro.

- Eu vou conversar com ela. Mas não conte com isso, Peter. Rachel valoriza muito o fato de termos aqui a chance de uma gravidez normal, sem esconder nada de ninguém. Ela está curtindo a chegada de Helen.
- Fingindo chamar-se de Helena. Isso é esconder muito de todos, Neal. É viver uma farsa. Estou te dando a chance de Helen nascer realmente livre. – Mas ele também entendia o amigo e queria falar de outros assuntos. – A Rachel está te enlouquecendo com desejos malucos e mimos a todo momento? A Ell nunca foi assim, mas agora está completamente exigente.
- Sim. Rachel também. Ela quer tudo ao mesmo tempo. Mas eu adoro mimá-la. Todas as noites fazer massagem e sentir Helen se mexendo dentro dela é algo incomparável. Mas sim, elas ficam manhosas.
- A Ell se diz cansada quando quer mimos, mas não larga aqueles saltos altíssimos e só a ideia de diminuir a carga de trabalho lhe ofende. Sem falar nas horas de compras. A Valentina já tem mais sapatinhos e roupas do que eu tive a vida toda.
- Helen também! Rachel já comprou um enxoval suficiente para meia dúzia de crianças com folga. Até biquíni! Vai usar daqui mais de um ano. Mas Rachel já comprou.
- Elas vão transformar essas meninas em duas consumistas. – Peter ria. – E nós vamos achar tudo lindo.

No quarto de hóspedes, Rachel e Elizabeth discutiam justamente os enxovais e a dificuldade dos homens em compreender as necessidades de uma criança.

- Eles não entendem disso e definitivamente não precisam concordar com o que vamos comprar. – Ell disse.
- Claro! Pense Ell, nós moramos em uma praia! E Neal achou estranho eu comprar biquínis para Helen! Claro que ela vai precisar. Eu apenas me adiantei um pouquinho e já comprei alguns. Veja esse de oncinha! Eu achei uma graça! E vem até o chapeuzinho.




- Que graça! Eu não tinha pensado nisso. valentina também vai precisar para quando eu levá-la ao clube.
- No centro tem uma loja que você vai amar! Tem vários modelos e corres. Podemos ir amanhã. Também quero fazer mais umas comprinhas.

Os Burke bem que tentaram, mas Neal e Rachel não permitiram que ficassem em um hotel. O que não os impedia de reconhecer a necessidade dos casais de conversarem em privacidade. Então Rachel instalou Ell e Peter no quarto de hóspedes e só então foi descansar. Neal foi para a sacada para ficar sozinho e pensar. Neal não sabia nem como começar a falar com a esposa. Sua reação seria uma completa surpresa. Antes, resolveu conversar com Mozz.



            - Não está nem mesmo cogitando aceitar a proposta de Peter?
            - Não sei Mozz. Aqui é o paraíso. Voltar para New York é tentador. Mas também pode ser a maior burrice das nossas vidas.
            - Mas você quer! Está escrito na sua testa, Neal.
            - É fácil para mim querer. Não sou eu quem ficará preso. Agora, de forma alguma posso pedir isso pra Rachel. Ela fugiu da cadeia porque não aceitava dar a luz George estando presa. Como eu poderia aceitar a proposta de Peter.
            - Por você ela é capaz de fazer. – Foi o veredito de Mozz.
            - Por mim? Eu não quero que ela faça isso!

            Nada garantia que Peter conseguiria um acordo rápido. Ela podia passar semanas, talvez meses presa. Mesmo que esperassem Helen nascer, seria ficar separada da bebê. Era uma decisão muito séria. E ele não desejava que Rachel a tomasse pensando em ninguém que não fosse si mesma. Porque seria ela a ficar presa.
            Sabendo do que trataria a conversa de Mozz e Neal, Rachel, da janela localizada no segundo andar da casa, via e ouvia a conversa dos amigos. Neal era muito cuidadoso ao lhe dizer seus desejos quando o assunto era voltar a NY. Ela precisava saber o que ele realmente desejava.

            - Covardia não está entre os defeitos da sua mulher, Neal. Acho que ela vai pesar o bem que fará a você e as crianças e vai topar a proposta. O engravatado conseguirá convencê-la. Sem falar que...ela quer aquele diamante. Ela foi a NY para isso há anos atrás e agora teria uma nova chance. Peter pode não saber, mas pode estar nos dando a oportunidade que esperávamos.

                A ideia de Mozz tinha lógica, mas, ao menos inicialmente, não era o primeiro pensamento de Rachel. Seu primeiro instinto era o de dizer não a Peter. Ouvir Neal a estava fazendo pensar um pouco mais. O desejo dele importava mais que o diamante.

            - Eu quero Mozz. Mas não vou lhe pedir isso. NY ou notícias da minha mãe não são essenciais. Minha família é. Não posso pedir para ela aceitar ser presa. Não farei isso.

Quando Neal aproximou-se para conversar ela já sabia do assunto. E mostrou-se arisca à ideia. A indecisão era grande. Já era noite e estavam sozinhos na sala de estar da casa enquanto Mozzie e George estavam na cozinha e Peter levou a família para um passeio noturno a orla.

            - Eu não sei Neal...agora seria arriscado dar a luz presa. Depois seria não poder curtir minha bebê. E dizer não à proposta de Peter será dar adeus aos nossos planos. Eu não sei.
            - Não precisa se preocupar. Peter me garantiu que não irá nos denunciar. E ele cumpre a palavra dada. Você pode pensar com calma e a sua decisão será respeitada.
            - A nossa decisão. Você voltaria a NY com uma tornozeleira. Também é da sua liberdade que falamos, Neal.
            - Não é tão ruim assim usar uma tornozeleira em morar em NY. – Nas entrelinhas a vontade dele aparecia. - Eu não vou interferir nessa decisão, amor. Quero que pense com calma e nos dê sua decisão. Seja qual for, eu e Mozzie estaremos ao seu lado.
            - Eu já disse hoje que te amo?
            - Acho que não. – Ela beijou-o e ele aceitou o carinho docemente.
            - Amo muito. Eu e a Helen te amamos.



- E eu amo muito vocês. Rachel...nada vai mudar. Aqui ou em NY, nós continuaremos sendo a nossa família.
            - Se voltarmos para NY e eu ficar presa um tempo...você não vai ficar perto da ‘saco de ossos’, né? Nem daquelas modelos que você conhece? Olha Neal...eu posso ir pra cade..
            - Para agora! Eu não acredito que no meio disso tudo é com a Sara que você está preocupada!
            - Isso também! Ell me disse que ela e Henrique estão firmes no namoro, mas ela sempre se atirou pra cima de você. Já te aviso Neal, se ela se aproveitar de eu não estar por perto e tentar roubar meu homem, eu quebro ela em pedacinhos tão pequenininhos que  médico nenhum vai poder consertar! – O sorriso dele só a deixou mais nervosa. – Não ria de mim!
            - Como não vou rir?!?! Rachel olhe em volta! Eu casei com você. Eu quis mais um filho. Eu sou o primeiro a votar contra a ideia de que você se entregue para a polícia. E Sara nem me passou pela cabeça. Você toma conta de todos os meus pensamentos.
            - Não sente nem um pouquinho a falta dela?
            - Nada mesmo. E, se você resolver aceitar a proposta de Peter, passarei meus dias pensando em como te tirar da cadeia e cuidando de George. Está bem assim?
            - Está. Eu vou pensar essa noite. Amanhã lhes darei minha decisão.


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