segunda-feira, 3 de março de 2014

Casamento, Fuga e Vingança - Capítulo 33: A mentira tem perna curta





- Parabéns pra vocês, parabéns pra vocês. Parabéns pros bebês mais lindos! Parabéns pra vocês!

Bella me olhava como se eu fosse um lunático. Era compreensível, mas um pai tem o direito de agir como idiota pelos filhos.

- Edward, meu amor, acho que só se canta parabéns quando eles completarem um ano e eles têm somente um mês.
- Não importa Bella. São os nossos bebês lindos e estão adorando ouvir o papai cantar né? Parabéns pra vocês, parabéns pra vocês...



Tinha como não querer ficar agarradinho com eles? Não, era impossível. Meus filhos eram os bebês mais maravilhosos do planeta e eu o homem mais feliz. Fofos, gostosos, cheirosos e...barulhentos. Sério...as vezes eles pareciam uma quadrilha de crime organizado. Era um chorar e os irmãos acompanhavam com força. Eles não eram idênticos e eu já reconhecia qual era o chorinho de cada um. Soph era quem puxava o coro nas madrugadas, era sempre dela o primeiro grito. Manhosa só queria que eu passeasse com ela pelos corredores do apartamento. Thomas era mais discreto. Já pedia menos colo e parecia depender menos de nós. Bella diz que ele é um pequeno adulto e será lindo como o pai. Acho que Thomas já seria capaz de dormir a noite inteirinha...se suas irmãs permitissem. Aí, quando era acordado, ficava mal humorado e chorava também.

- Não chore Thomas...papai sabe...é triste, mas você tem de se conformar. Nossa vida é guiada pelas mulheres. E aqui em casa elas são maioria...nós teremos de nos acostumar.

E Marie...bom...Marie seria para sempre o nosso milagre. E já era terrível. Totalmente recuperada ela fazia questão de mamar no peito de Bella. Odiava ganhar mamadeira. Agora a danadinha ainda aprendeu que se choramingar fininho, consegue dormir com a gente. Era só isso agora, toda noite, mesmo o quarto de bebê sendo lindo e confortável.


- Não Edward...ela tem de aprender a dormir no berço. Não é justo Marie ficar aqui e os irmãos não.
- Tem razão Bella. Segura ela que eu vou buscar Thomas e Soph. Vamos dormir em família!

Quando voltei nossa cama estava um pouco superlotada, mas ninguém ligou.

- Pode ir contando os dias Edward. Só falta um mês...só um mês para eu e você não pudermos mais colocar bebê nessa cama. Vamos estar muito ocupados.
- Bella...Bella...não começa a prometer o que não vai cumprir...ao menos não vai cumprir nos próximos 30 dias.


Tudo estava perfeito... a não ser... Tânia ainda estar desaparecida.

Numa manhã em plena terça-feira eu e Bella brincando com as crianças sobre o tapete da sala quando meu celular toca.

- Hotel Raviera, suíte de luxo nº 1011. – Ouvi da voz de Jasper.
- O que há lá?
- Vá e descubra. Mas não leve Bella. Deixe-a em segurança.

Cheguei ao maravilhoso prédio e falei com a recepcionista bonita e elegantemente maquiada.

- Eu preciso subir na suíte 1011.
- Desculpe senhor, mas eles n desejam ser incomodados.
- Eles? Ahhh, mas eu não irei incomodar, garanto a você. – Lhe dei meu mais charmoso sorriso e, só para garantir, deixei sobre o balcão algumas notas de alto valor.
- É claro senhor. – Ela me deu um cartão-chave. – Seja discreto, por favor.
- Sim, minha querida, é claro.

No elevador meu coração estava em disparado. Era Tânia que estava naquele quarto acompanhava de algum homem, o que a vinha sustentando e escondendo nos últimos meses. E o pior era que eu desconfiava seriamente de quem era. Abri a porta discretamente após o som da trava eletrônica sendo liberada. Torci para que eles não estivessem naquele cômodo. Tive sorte. Caminhando na sala luxuosa comecei a ouvir vozes. Então era verdade. Carlisle e Tânia estavam juntos nessa.
Senti meu telefone vibrar. Era Jasper.

- Já viu?
- Sim, estou aqui. - Sussurrei. – Vou acabar com essa zona agora!
- Você não vai fazer nada! Já me arrependi de ter te mandado aí. Estou a caminho, com a polícia. Não faça nada antes de chegarmos.

Desliguei o telefone. Era grato a Jasper, mas isso era assunto meu. Fiquei um pouco mais à espreita e ouvi coisas interessantes.

- Basta querida, encare os fatos. Você perdeu Edward! Ele está brincando de casinha com a Isabella e frouxo do jeito que aquele garoto é, mesmo que ela o encha de chifres, ele não a largará. É a vida! Você perdeu o filho, mas ficou com o papai aqui.
- NÃO! – Tânia estava descontrolada. – Pensa que eu não sei? Você, seu velho nojento, você queria que ele ficasse com a namoradinha fina...a tal Victória. Nem sei quem é pior, Isabella ou Victória.
- Basta Tânia! Chega de joguinhos! Eu a ajudei o quanto pude. Com James, com o tal Jacob que nem para seduzir Isabella serviu e resolveu virar amiguinho dela, com os ‘acidentes’, com TUDO. Agora basta! Será que não vê? A polícia a procura. Terá de ficar escondida.
- Não. Você se bandeou para a lambisgóia porque ela pariu o moleque.
- Ele é sangue do meu sangue. O que você quer? Que eu o abandone?! É meu neto.
- Eu vou matá-lo! Eu mesma vou matar aqueles três piralhos! – Ouvi Tânia gritar e senti meu sangue gelar nas veias.

De repente um barulho alto se deu e percebi que Carlisle havia jogado Tânia sobre algum móvel. Ele gritava.

- Toque em meu neto e eu mesmo mando você para o inferno!

Não aguentei mais e entrei no quarto. Havia cacos de vidro no chão e Tânia sangrava.

- Que lindo casal formam. Minha ex amante ordinária e meu desprezível pai!
- Edward...como...- Meu pai gaguejou como eu nunca tinha visto antes. Sabia que ali perdia todo o respeito do filho.
- Da mesma forma que a polícia chegará em poucos minutos. Que lixo você se transformou...para se contentar com os restos...dessa aí.
- Restos Edward? Mas você se fartou no meu corpo enquanto sua esposinha não o desejava!
- Porque você nos afastou! Suas armações! Suas mentiras! Suas chantagens! Chega Tânia...agora você será presa e nunca mais chegará perto da minha família.
- Não Edward! Não!- Ela correu até sua bolsa e pegou algo que só reconheci quando já brilhava apontado para mim. – Eu vou acabar com você! Com todos vocês...com o pai, o filho e os netinhos...eu ...eu..

Estava claro que Tânia havia perdido totalmente a sanidade. Quando ela ouviu a porta da suíte ser aberta sabia que seria presa, sabia que era o fim e deu o primeiro tiro. Pegou de raspão em meu braço...senti que a morte viria no próximo. Vi os olhos dela brilhando de ódio e mentalmente me despedia da vida e da minha família. Ouvi mais um disparo, vi mais sangue jorrar, mas esse não era meu.

- Pai! – Gritei ao vê-lo se atirar a minha frente e receber a bala que era minha.
- Desculpe meu filho. A culpa sempre foi minha.
- Mas...mas...pai...não pode.

A polícia já havia entrado, desarmado e prendido Tânia. Eu chamava por um médico para atender Carlisle.

- Não filho. Acabou...só me perdoe e...seja um pai melhor do que eu.

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