domingo, 25 de novembro de 2012

Amor Sem Limites - Capítulo 6: Um aliado



            Seus olhos estavam marcados pela mágoa no instante em que ela abriu a porta. Fiquei envergonhado. Deveria pedir desculpas? Explicar porque saí correndo? Contar a conversa que tive com mamãe. Não...nada disso era realmente importante. Preferi avançar um passo e abraçá-la bem apertado. Senti minha Bella gelada em meus braços. INFERNO! Eu a havia feito sofrer ainda mais.
            Após alguns momentos passados em completo silêncio, abri a boca para implorar por mais uma chance, mas não pude falar nada. Charlie apareceu no alto da escada.

            - Fora daqui Cullen!
            - Sr. Swan eu...                                                                         
            - Fora, já disse. A Bella não precisa de um fedelho que a faça sofrer ainda mais. NINGUÉM, ouviu bem? NINGUÉM a tratará mal novamente.
            - Eu não a farei sofrer...eu prometo.
            - Fala isso porque não a viu quando chegou da escola. Você fez minha filha chorar! – Ele me acusou e eu sabia que estava certo em não confiar na minha palavra. Enquanto isso, Bella não dizia nada, apenas me olhava.
            - Eu não a farei chorar nunca mais...eu prometo.
            - Papo furado. Fora daqui!
            - Mas...
            - Sem mas. FORA!
            - Não Charlie...eu...eu quero falar com ele. Eu e o Edward precisamos conversar.

            Não aguentei de tanta felicidade e a abracei novamente. Seja o que for que Charlie pense de mim, minha Bella iria me dar uma segunda chance. Ela ainda me quer.

            - Se você quer assim filha, tudo bem. – Ele ainda me encarou. – Mas CUIDADO garoto! Estou de olho em você.

            Fomos até o jardim para conversar. Bella caminha de cabeça baixa.

            - Bella...eu te devo um pedido de desculpas. Quando você disse tudo aquilo eu não aguentei...foi chocante. Eu...eu..eu...não sou perfeito Bella. Sou egoísta.
            - Egoísta? – Ela não havia entendido.
            - Sim, egoísta. Achei que teria você só para mim. E aí descubro que tem um bebê e, eu sei, que quando a gente encontrar ele, você não será mais só minha.
            - Quando ‘a gente encontrar’? Quer dizer ‘nós dois’? – Seus olhos brilharam.
            - Claro Bella. Eu vou te ajudar...vou estar junto de você nisso. Prefiro ter um pouco da sua atenção do que nada.
            - EDWARD! Não seja ciumento. Meu bebê vai gostar de você...e de mim, espero.
            - De você eu não tenho dúvidas. É impossível não te amar Bella. – Lhe disse antes de lhe beijar a testa e os lábios.
Depois de algum tempo...


            - Bella...eu tenho de te dizer uma coisa: estou apaixonado por você e entendo que passou por muita coisa difícil. Vou te ajudar, vou estar com você, mas eu só tenho 17 anos...não sei...não sei ser pai.
            - Edward...eu não vou te pedir para ser o pai do meu bebê...quero você como meu namorado. Só preciso que aceite que não terá uma namorada como as outras meninas...como as namoradas dos seus amigos. Sua namorada foi mãe aos 13 anos.
            - Você é muito melhor e mais especial do que todas elas. – Disse em completa sinceridade.
            - Não vai se envergonhar de mim? – Seus olhinhos estavam tristes.
            - Não, claro que não.
            - Então porque você sumiu da escola?

Optei pela sinceridade.

            - Foi informação demais Bella! Eu nunca poderia imaginar algo assim. Foi um choque saber que a minha garotinha já tinha um bebê...eu precisei de um tempo pra colocar os pensamentos em ordem.
            - Pra onde você foi?
            - Fiquei andando sozinho um pouco e depois fui falar com a minha mãe.
            - Ela deve ter ficado apavorada né? Deve achar que sou uma menina terrível pra você.
            - Nada disso. A Dona Esme acha que você deve ser uma garota muito boa e forte para aguentar tudo o que passou.
            - Sério?!?! – Que sorriso lindo!
            - Sim, sério...e ela quer que você vá jantar lá em casa um dia.
            - Eu vou, claro. – Ela disse e nós entramos. Agora eu teria de convencer Charlie.


            Ele caminhava pela sala, nos encarando, parecia diluir a informação de que estávamos juntos novamente. Andava, parava, me encarava, andava mais um pouco...parecia armar o bote para me atacar e atirar pela janela. Bella podia ser filha de Charlie há pouco tempo, mas ele era como um leão protetor de sua cria.

            - Você pensou bem Bella?! Ainda quer ele? Confia nele? – Charlie não queria papo comigo.
            - Sim Charlie nós conversamos e está tudo certo...o Edward faz parte da minha vida. – Foi tão bom ouvir isso.
            - Ok, não vou tentar impedir. Mas apareça chorando aqui novamente e esse garoto vai ver o que é bom pra tosse!

            Eu apenas acenei em compreensão à ameaça de meu sogro.

            - E você pretende se envolver na busca pelo bebê, é isso? – Charlie finalmente falava diretamente comigo.
            - Sim Senhor – Respondi. -  Hannn Bella, qual o nome dele? Ou qual nome você iria lhe dar?
            - Arthur. Seria Arthur.
            - É um lindo nome. – Eu disse.
            - Ok. - Depois de uns instantes em silêncio Charlie voltou a falar. – Tenho novidades.
            - O que descobriu Pai?! – Bella disse ansiosa.
            - Bella...existe uma família que mora no lado norte da cidade....eles adotaram um menino na mesma época que você deu a luz. Ele tem três anos agora. Meu investigador acha que pode ser o seu filho.

            Fiquei feliz e ao mesmo tempo preocupado. Forks não era uma cidade grande...quem seria?

            - Qual o nome das pessoas? – Eu perguntei.
            - Peter Jones e Carmen Denali, sua esposa, o adotaram. Moram na casa as irmãs dela. Se chamam Irina e Kate. – Charlie respondeu e eu empalideci. Não! Não era possível...eles não!
            - O que há Edward? Você os conhece? – Bella me olhava espantada.
            - Diga Edward! – Falou Charlie.
            - São nossas...primas...quero dizer...Carmen, Irina e Kate são primas em terceiro grau de Carlisle. Não pode ser, elas são boas pessoas. Não roubariam um bebê.
            - Mas elas têm um menino de três anos em casa? – Bella perguntou esperançosa.
            - Sim, elas adotaram um menino. Mas a mãe dele morreu no parto...não tinha família e, como Kate não pode ter filhos, Peter o trouxe.
            - Como ele se chama Edward?
            - Bella...não crie esperança de que seja o seu bebê...não pode ser. – Mas no fundo eu também achava a coincidência grande demais.
            - Responda Edward! Qual o nome do bebê? – Ela gritou.
            - Ele...ele se chama Arthur.

            As lágrimas escorriam pelos olhos de Bella novamente. Dessa vez por felicidade e esperança.

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