domingo, 14 de outubro de 2012

Por Um Filho - Capítulo 13: Casa nova









Cap 13: Casa nova

POV Edward

            Droga! Eu tinha que estar atrasado? Justo hoje que Bella estava esperando para vir embora do hospital e quando ela começava a confiar em mim. A semana foi rápida por ter muito o que comprar e o que organizar sem poder perder tempo. Passava as noites com Bella no hospital e depois dava alguma desculpa e saía para ver como tudo estava. O plano era simples: Deixar o lugar seguro e habitável para Bella e sua filha, mesmo que ele não morasse ali. Mas não queria só isso, tinha também que ficar do jeito que minha esposa gosta, com o bom gosto dela. No fim, acabei transformando o lugar numa miniatura do apartamento de Londres.
Tinha comprado até alguns tapetes bem parecidos.
            A parte mais difícil? As diferenças que lugar deveria ter. Sim, porque se fosse deixar igual era fácil, mas em Londres sua casa não abrigava um bebê. Do quarto infantil ele, depois de olhar alguns ambientes em lojas, desistiu. Deixou isso para quando Bella pudesse escolher e apenas pintou as paredes com um tom suave de rosa. Mas sua filha não ficará trancada naquele cômodo! Foi o que Esme disse. Então ele começou a pensar em cada mudança necessária e resultado foi bom. Alice também deu muitos pitacos, mas a decisão final de tudo foi dele. Não foi fácil pedir para elas não virem ao encontro de Bella depois que souberam da queda.
            - Não tem como aceitar isso Edward. Claro que eu vou. – Esme reclamou.
            - Por favor mãe. Ela está melhor e eu vou cuidar de tudo.
            - Você a deixa mais nervosa ainda. Eu cuidaria dela melhor. E poderia ajudar a montar o quarto de minha neta. – Ela suspirou derrotada. – Sua irmã adoraria ajudar nisso.
            - Nem pensar. Bella precisa de repouso. Na primeira semana nem poderá sair de casa. E mãe, ela prefere agir como se tudo estivesse perfeito, sem comentar o risco da gravidez.
            - E porque isso?
            - Não sei, mas evite comentar.
            - Ok. Ligue se precisar de dicas com a decoração.
            - É claro que vou precisar. Não faço ideia do que comprar para criança. E Bella não pode perceber isso. Quero que ela pense que já estou completamente adaptado ao papel de pai.
            - Isso é um pouco difícil e eu acredito que Bella não espere essa perfeição de você. Espere para comprar as coisas do bebê e a leve para escolher. Acho até que ela não iria gostar de não participar disso.
            - Mas eu tenho de mostrar que aceitei o bebê.
            - E aceitou?
            - Eu amo minha mulher, mãe. E ela ama a filha desesperadamente então eu...estou tentando...
            - Hora, deixe de bobagem. Será que é tão difícil saber que será pai? Ainda mais no seu caso que tem toda a condição financeira para criar e...
            - Sabe que tenho minhas razões.
            - Chega de se esconder atrás de problemas passados. Me conte uma coisa... o que sentiu quando soube que ambas não estavam bem.
            - É claro que fique desesperado.
            - Só por Bella?
            - Não, claro que não.
            - Então?
            - Eu, só não sei como agir.
            - Siga seu coração. Normalmente ele nos leva a atitude certa. E, ouça bem Edward Collen, não permita que Bella desconfie dessas suas inseguranças. Ela precisa ter em quem confiar para trazer a filha ao mundo de forma saudável.
            - Ela confiará em mim.
            - Ótimo. Já escolheram o nome?
            - Não. – Ele respondeu sem pensar. – Eu não. Só não sei se Bella já pensou nisso.
            - Tratem de pensar.

            Agora eu já estava no corredor do hospital, pronto para trazer Bella para a casa nova. Encontrei-a arrumada simplesmente, sem nenhuma maquiagem e vestindo um típico macacão de grávida. Estava ansiosa e balançava os pés na poltrona, mas não reclamou pelo atraso. Ela não aceitou ser carregada até o carro, então caminhamos lentamente e depois eu a ajeitei no banco do carona. No condomínio ela desconfiou da forma como falei com o porteiro e não gostou nada da troca na porta. Sinal de que eu teria problemas.

- Por favor Bella, encare com o coração aberto, sim?

            Abri a porta um pouco desconfiado com a reação de Bella, mas ao menos inicialmente sua reação não foi tão ruim.
           
            - O que você fez Edward? Esses móveis, essa decoração...tudo isso deve ter dado muito trabalho para uma semana.
            - Eu tive ajuda...éeee...gostou?             

POV Bella

            - Edward, eu disse a você que quero minha independência. Isso todo não é ser independente. – Mas eu não podia negar que estava lindo. E isso que eu tinha visto apenas a sala. Estava elegante, com móveis e paredes claras, lindos quadros nas paredes e um belo tapete. Não sabia o que dizer.
            - A intenção era apenas te dar mais conforto. – Disse Edward. - Olhe tudo, depois conversamos.
           
            Fui abrindo todas as portas. Vi que ele evitou fazer obras, o que era óbvio pelo pouco tempo que teve. Todas as paredes estavam no mesmo lugar, mas a ocupação do espaço estava muito melhor aproveitada. Ver o banheiro me deu um choque. Havia sido instalada uma banheira e tocadas as ferragens da pia e do box. Como conseguiram colocar uma banheira aqui? Na bancada ele havia colocado diversos produtos de beleza, todos com perfume de morango, meu favorito. Ele não esqueceu de nada!
            O quarto havia se transformado em cópia do de Londres. Só que em versão reduzida por ser muito menor. Mas a cama era exatamente a mesma, tanto que chegou a pensar se ele tinha trazido para cá. Mas não, essa era nova. As roupas de cama também tinham mudado, agora tudo era muito fino e as antigas não combinariam.





            Ao olhar os lençóis foi impossível não lembrar das animadas noites que passaram juntos. Era o tipo de pensamento que não precisava depois de seis meses sem sexo. E Martha foi categórica ao proibir relações nas próximas semanas. Não que fosse ter alguma com Edward agora, estavam separados!
            Eu teria entrado no quarto do bebê, mas Edward puxou minha mão para mostrar a cozinha. Disse que puxou tudo que eu usava diariamente para os armários de baixo, assim não precisaria chegar perto de escadas. Aqui a transformação foi grande, os móveis foram trocados totalmente e o ambiente pareceu muito maior do que antes. Os utensílios eram todos novos e reluziam na bancada. Mas não dei muita atenção, queria ver o que ele fez para o bebê.
            Mas ao entrar encontrei apenas paredes pintadas e a mesma pilha de presentes sobre a mesa. Nada, nenhum móvel, nenhuma cortina na janela, absolutamente nada. Ele deve ter notado meu desânimo e tratou de se explicar:
            - Não pense nada antes de ouvir o que tenho a dizer.
            - Estou ouvindo.
            - Eu não achei justo escolher tudo para ela. Então acho melhor comprarmos juntos.
            - Mas e o repouso? – Comentei triste.
            - Martha pediu que ficasse só uma semana em casa, depois podemos passear. Eu não vou deixar você exagerar, compramos um pouco a cada dia.
            - Tudo bem, mas você pintou.
            - Sim e sumi com a escada. – Eu tive que rir. – Gostou do rosa?
            - Sim, é perfeito.
            - Então chega de emoções por hoje. Você tem que descansar.
            - Tenho de conversar com Jack. Não sei como ficará minha licença.
            - Você não pode voltar Bella. – Disse Edward exasperado.
            - Eu sei. – Eu não iria brigar, mas não podia deixar ele resolver tudo. – Mas quero conversar com ele.
            - Tudo bem. – Eu via que estava contrariado. – Mas agora descanse.
            - Vou tomar um banho.

 

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