Neal
ficou surpreso quando chegou em casa e Mozzie lhe contou o que se passou no seu
apartamento. Até para ele a ideia, inicialmente, pareceu louca. Rachel como
aliada do FBI? Realmente inimaginável. Ela já tinha matado um agente. E não
escondia que Peter também esteve em sua mira. Eles se odiavam. Qual a chance
dele lhe pedir ajuda? Nem pensar!
Mas, seria uma ótima oportunidade de
fuga, Neal concluiu. A questão MI5 ainda não estava resolvida. Eles ainda iriam
avaliar.
Definiriam antes se ela ficava nos
EUA, depois se podia atuar como consultora do FBI nesse caso...isso se Peter
solicitasse.
- Não! Não há a menor possibilidade!
– Peter bradava na sala de conferência da Colarinho Branco.
Era segunda-feira e a equipe toda
estava reunida. Tinham apenas 11 dias para resolver o problema do caso de
Rodrigues. Porém, isso não lhe faria cometer a bobagem de tirar Rachel da
prisão. Era loucura. Se ela fugia algemada, o que não faria livre, na rua? Não
tinha nem o que pensar!
- A Colarinho Branco não é depósito
de criminoso! – Peter gritou. – Não posso ficar trazendo todo bandido aqui!
- Depósito não que eu trabalhei
muito aqui e vocês também lucraram com isso! – Neal ficou irritado.
- O que, Neal? – Peter se defendeu.
- Eu não fui largado aqui para não
fazer nada. Mas porque você precisava do meu trabalho. E estão pensando na
Rachel porque precisam dela!
- Não! Eu preciso de uma agente
confiável! Não adianta ela ser treinada, bonita e saber dançar, mas a qualquer
momento nos trair.
- Ótimo! Arrume outra. Ela não faria
questão de te ajudar, mesmo. – Neal revidou. Era verdade.
Mas a verdade é que não havia essa
agente e o tempo estava passando. Ele tinha vontade de tentar. Sabia que tinha
uma chance de dar certo. E um bilhão de chances de dar errado. Desde que
descobriram as mentiras de Rachel, reconheceu que ela era uma combinação
perigosa de treinamento policial e instinto criminoso. E por isso mesmo tinha
receio em deixá-la se envolver ainda mais com a Divisão.
Nessas horas Ell era sua melhor
conselheira. Foi almoçar em casa só para tomar uma decisão. Ela se colocou
favorável a uma tentativa.
- Oraaaa com Neal também tinha risco
e deu certo. Se a garota é isso tudo, porque desperdiçá-la deixando trancada o
resto da vida? – Elizabeth parecia muito sábia.
- Ela é perigosa!
- Lucy também era e você a trouxe
pra dentro de casa! – Ela não esquecia a loira fatal.
- Você vai falar disso até quando?
Faz meses disso, Ell!
- Quer saber? Prefiro a Rachel! Pelo
menos ela jogou charme só pra um. A Lucy atirou nos dois. – Ell deixou clara
sua opinião.
Quase voto vencido, Peter foi
conversar com Stone. Falou ao chefe do seu receio, apresentou suas opiniões, o
vídeo dela dançando e também a dificuldade em encontrar outra pessoa. Ele, que
não conhecia Rachel fisicamente, gostou do que viu. Achou que valeria a pena
tentar.
- Certamente ela tem potencial pra
balançar ele. Por que não? – Ele questionou.
- Talvez porque ela já matou um dos
nossos e pode tentar fugir. E também porque a MI5 quer ela na Europa ainda essa
semana. – Peter o lembrou.
- Da MI5 cuido eu. – Ele olhava o
vídeo de dança com muita atenção. Não tirava os olhos. – Ela fica conosco. Vou
negar o pedido deles. Convença-a em participar do caso. É ela!
Rapidamente, as circunstâncias
mudaram e dê estorvo que o FBI desejava ter distante, Rachel Turner se
transformou em objeto de desejo. Peter teria que convencê-la a ajudar o FBI.
Chamou-a ali para conversarem. Não iria ao presídio.
Rachel
estava nervosa quando foi avisada que seria levada ao FBI, a Divisão de
Colarinho Branco. Mas foi corajosamente. De cabeça erguida para Peter não
pensar que estava derrotada. Neal já tinha lhe alertado sobre a MI5 solicitar
que ela fosse pra Inglaterra. Deveria estar ali por isso. Desgraçados! Queriam
lhe ferrar ainda mais.
Neal tinha dito para ela não se
preocupar. Que encontrariam um meio dela não ir. Que meio? Ficou na dúvida se
ele estava procurando uma alternativa legal ou pensando em uma fuga.
Deixaram-na sozinha em uma sala
esperando. Seus pensamentos a mil por hora. Não queria cumprir pena na Europa.
Queria ficar ali onde George já estava se adaptando. Queria ver ele todo
sábado. Era a única coisa que prestava em sua vida.
Peter e Neal observaram-na chegar.
Cada um tinha pensamentos bem diferentes. Peter achava que nem deveria estar
ali, seu lugar era no presídio. Neal ainda estava decidindo se Rachel estava
diante de uma grande oportunidade de se reinventar ou se ela conseguira, enfim,
sua alternativa de fuga. De qualquer forma, ele achava fantástica a forma como
ela entrou ali encarando a todos.
Rachel
tem fibra, pode se reerguer.
Peter fez questão de entrar sozinho
na sala. Neal só ficou observando. Não poderia participar, afinal a relação
deles era muito próxima e, como Peter fez questão de frisar, ela era uma
assassina e, mesmo que participasse daquele caso, ainda seria tratada como tal.
Neal que não tivesse esperança de que o FBI a aceitaria como foi no caso dele,
anos atrás. Era diferente.
- Agente Peter Burke! Não quis ir me
visitar no presídio. Uma pena...mas eu gostei do passeio. – Ela não deixaria de
usar aquele tom jamais. Peter Burke nunca saberia o quanto a estava destroçando
ao mandá-la para a Inglaterra.
- Sabe por que foi...convidada a vir
aqui, Rachel Turner?
- Não, não faço ideia, Peter Burke.
– Ela sabia jogar esse jogo também.
Peter riu da postura dela. Essa
mulher não mudaria nunca. Nenhuma cadeia seria capaz de transformá-la.
- Sabe... eu me pergunto o que o
Neal viu em você. – Ele disse sabendo que questões pessoais deveriam ficar de
fora.
- Pergunte pra ele. Um dia ainda
quero entender porque a Elizabeth casou com você. Terei que perguntar também.
- Fique longe da Elizabeth! Não fale
dela. – Peter se enfureceu.
- Não fale da minha relação com
Neal! – Ela revidou.
Eles poderiam ficar ali horas a fio
distribuindo golpes ácidos. Tinham muita munição. Só que o tempo estava
correndo e Peter precisava resolver a situação.
- Tenho uma proposta para te fazer!
Você já deve saber que a MI5 solicitou ‘cuidar’ de você. Acho que lá sua vida
seria um pouco mais complicada.
Neal não entendia porque Peter ficava
alongando a conversa, trazendo assuntos e provocações que não interessavam.
Fizesse a proposta e pronto. Sim ou não e acabou. Aquilo era uma tortura.
- Isso não se chama ‘proposta’,
Peter. – Ela era rápida de raciocínio. – Imagino que tenha algo mais para me
dizer.
- Sim. Podemos negar o pedido da
MI5. Você permanecerá nos EUA...em troca você nos ajudará a resolver um caso.
Será nossa consultora.
- Por que eu devo acreditar que você
faria essa proposta justamente pra mim? Você não me suporta.
- Verdade, não suporto mesmo. – Era
a mais pura verdade. – Mas o FBI acha que você é a mais indicada.
Objetivamente, ele lhe passou o
caso. Explicou a situação e os riscos que envolveria. A vantagem era sair da
prisão por um tempo, mostrar-se um pouco confiável e não ser enviada para a
Europa.
- Você ficaria fora do presídio
durante um período, usando tornozeleira. Faria o ‘papel’ de uma dançarina em um
concurso. Seduziria o nosso suspeito e nos daria acesso a casa dele. Nada que
você já não tenha feito. Se nos trair, embarca para a Inglaterra no dia
seguinte.
- E o que eu ganho para ajudar
vocês? – Ela perguntou.
- Você acha pouco não ter de ir pra
a Inglaterra?
- E você pensa que eu prefiro o FBI
à MI5? Não! São iguais. – Ela olhou bem nos olhos de Peter. – Quero acesso
livre ao meu filho enquanto eu estiver fora do presídio. Eu sei como funcionam
esses casos. Não ficarei com esse cara o dia todo. Quando não estiver com ele,
quero uma vida normal com meu filho. Quero sair com ele, ir a um parque, fazer
o que eu quiser.
- Não! Você poderá receber visitas,
mas num hotel ou onde nós te instalarmos. Na rua, não.
- Se é para apenas mudar o presídio
de lugar, Burke, não, obrigada. Consiga outra pessoa. – Rachel sabia que
somente ela tinha aquelas características. Ele precisava dela.
Peter
se sentiu pressionado. Ela estava dificultando as coisas.
- Concorde e eu tento conseguir o
que quer. Algum passeio na rua, com vigilância. – Era uma oferta melhor.
Neal
escutava a negociação atentamente e a cada exigência que Rachel fazia, ele ficava
surpreso. Peter estava cedendo. Era inacreditável. Ia aceitar o que ela pedia!
- Não! – Era tentador aceitar, mas
não. – Quando eu quiser e sem vigilância. Já vão me colocar numa tornozeleira.
Eu sou mãe dele! Tenho direito ao meu filho!
Ele
pensou muito. Sabia que se questionasse Stone, ele ia dizer sim.
- Ok. Mas não esqueça, Rachel.
Apronte alguma coisa e eu mesmo te embarco rumo à Inglaterra! – E saiu de lá o
mais rápido que podia.
Neal
não acreditava no que presenciou. Ela tirou Peter do sério, o provocou...e
arrancou o que desejava.
-
Essa é a
minha garota! – Disse com aquela cara de quem estava surpreso, mas no fundo
sabia como ia terminar. Rachel não brincava em serviço.
-
É bom que
eu tenha ouvido errado, Caffrey! Você não tem mais tornozeleira, mas ainda
posso te demitir. – Disse Peter quando passou por ele feito furação. Estava bem
estressado.
Neal foi trabalhar sorrindo. Não! Não deixaria o
FBI. Agora novamente tinha uma razão para ficar.
Rachel e Neal não tiveram chance de se falar
naquela ida ao FBI. Não tinha importância. Logo ela estaria de volta. Sem algemas.
Como consultora.
Rachel
retornou ao presídio enquanto as autorizações eram feitas. No dia seguinte
sairia. Aproveitou para se preparar. Estavam muito enganados se pensavam que
iriam vê-la por baixo mais uma vez. Neal mandou as roupas que tinha em sua
mala. Era pouca coisa, mais teria que servir. Arrumou os cabelos. E antes de
deixar a cadeia ainda recebeu a tornozeleira. Era um modelo bem diferente do
utilizado por Neal. Mais parecia uma joia.
-
É mais discreto, para você poder usar durante o caso sem levantar suspeita. A
dele eu tirava, a sua ficará 100% do tempo. Funciona exatamente igual. Conforme
for a necessidade, podemos trocá-la do seu pulso para o tornozelo. Ma ela nunca
sairá de você, a menos que queira ir rever a Inglaterra. – Alertou Peter quando
foi buscá-la.
A vigem de carro foi longa e
desagradável. Ela notou que eram seguidos de perto por uma viatura. Ele estava
com medo que ela fugisse, assim, de cara? Não tinha esses planos. Não ia lhe
dizer, mas o desafio daquele caso a agradava.
Quando chegaram, foi Neal a
recebê-la na porta.
Neal a esperou, nervoso, durante
todo aquele dia. Demorou bastante. Quando ela chegou ele estava lá. E ficou em
choque. Estava olhando para Rebecca novamente. Quando mexeu em suas roupas, não
tinha percebido que eram tão similares as de Rebecca. Os cabelos, as roupas.
Parecia que ela tinha revivido o personagem que o enganou por meses. Só a
postura que era outra. De cabeça erguida, ela entrava como uma convidada
especial do FBI.
- E não é que as circunstâncias
mudaram, Neal? – Brincou.
- Certamente. – Era impossível ele
não sorrir diante daquela postura. – Isso que se chama ‘ressurgir das cinzas’.
Você está muito...muito Rebecca, não?
- Eu te disse, Neal, a Rebecca teve
muito de mim. Muito mesmo. – Ela lhe piscou. – Os gostos principalmente. – Ela
o provocava.
- Eu achei que você não usava óculos.
Achava que eram de Rebecca. – Era tão estranho vê-la assim.
- Não preciso usar o tempo todo.
Tenho lentes de contato e às vezes fico sem nada mesmo. Atrapalha a visão, mas
eu ainda consigo ver seu belo rosto, Neal Caffrey. – Ela sorria feliz. – Como
George passou a noite?
- Perfeitamente bem. – Ele olhou
para os lados e percebeu que eles eram uma atração no FBI. Todos os olhavam. –
Isso aqui está uma loucura hoje, mas assim que der eu vou trazer ele pra te
ver.
- Chega de papo familiar. – Peter
decretou. – Vamos trabalhar.
Antes, porém, havia a questão de
onde iriam instalar Rachel naquele período. Antes de Neal ter a ideia dela ir morar
com ele, Peter deixou claras as opções. Havia apenas duas alternativas. A sala
de conferência do FBI ou um hotel que...bom não iria agradá-la. Neal era
testemunha disso. Saiu correndo de lá no primeiro dia fora da cadeia, quando
também trabalhou ali como um consultor usando tornozeleira. O lugar era
terrível.
- Fique com a sala de conferência.
– Ele aconselhou.
- Ok. – Não era o mais agradável.
Mas era melhor que a prisão. – Agora, Peter, uma outra questão. Você podia
liberar as minhas coisas que apreendeu no meu apartamento? Eu não estou com
muitas roupas aqui.
- Vire-se! Aquilo foi para o
depósito e vai ficar lá. Isso não é desfile de moda. É trabalho. – Respondeu.
Rachel o olhou feio, mas resolveu
não discutir. Daria o seu jeito.
- Ok. Posso dar um pulinho na sala
de conferência? Conhecer meu novo lar? – Perguntou docemente.
Peter já estava no limite e
concordou. Assim ao menos ficava um minuto sem olhar para ela.
- Terceira porta a esquerda. Fique
a vontade. – Disse, apenas para corrigir depois. – Mas nem tanto.
Enquanto isso, Peter começou a
estratégia do caso com Neal. A ideia seria colocá-la no concurso, com uma dança
sensual, algo capaz de atrair Ruan Rodrigues. Fazê-lo desejá-la a ponto de
levá-la até sua casa. O ideal seria que ela o distraísse enquanto outras
pessoas faziam a busca pela casa. Mas dificilmente isso ocorreria. Rachel teria
que se virar sozinha.
- Ela é muito boa. – Neal se
derretia. – Se alguém pode conseguir, é ela.
- Mas ela vai ter que dançar com
alguém...quem? – Peter não queria que fosse Neal. Ele era muito volúvel a
Rachel. Não queria aproximá-los ainda mais. Mas não tinha outra pessoa. – Você
é ótimo em...tango ou salsa?
- Não! Realmente não, Peter. – Ele
foi sincero. O máximo que dançou foi valsa. Mas essa dança não era sensual.
- Vamos ter que dar um jeito nisso.
– Ele achou que Rachel estava demorando. – O que ela está aprontando na sala de
conferência?
Neal realmente achava que Peter
estava exagerando. Rachel estava dentro do FBI. Não ia poder fazer nada. Mas
foram até a sala de conferência e...a viram ao telefone.
- Ok, querido. Eu vou fazer uma
listinha. Mas já vá enviando o básico, ok? Beijos. – Disse ela finalizando a
ligação.
- Com quem estava falando? Que
listinha? – Peter a questionou.
- AAA Peter, nada que você deva se
preocupar. Estava apenas ‘me virando’. Vamos trabalhar? – Ela saiu deixando-os
sozinhos ali e voltando para a sala de Peter, onde conversaram antes.
Peter aceitou a desculpa fazendo uma
anotação mental de que deveria rastrear aquela ligação. Essa mulher só lhe
traria dor de cabeça.
Peter, Neal, Rachel, Jones e Diana
passaram as próximas horas discutindo o caso. Em muitas oportunidades, Rachel
desafiou Peter. Em outras eles concordaram. Certo é que Rachel agregou talentos
àquela equipe. Tinha boas ideias, pensava rápido. Acompanhava raciocínio de
todos.
- Não pode querer que eu chegue lá,
rebole um pouco e conquiste o cara. – Ela disse. – Tem que ser pra valer.
Precisa de uma coreografia de verdade, sensual na medida certa. Bem ensaiada!
Ele tem de acreditar que sou uma bailaria profissional. E vou precisar de um
parceiro a rigor!
- Isso aqui não é companhia de dança!
– Peter respondeu.
- Contrate uma! Chame uma coreógrafa
pelo menos! Se esse caso é tão importante, deve ter verba para isso!
Não perceberam quando Stone entrou.
Ele os observava trabalhando ferrenhamente. O diretor do FBI veio por estar
curioso em conhecer aquela mulher que, parecia, conseguia circular na lei e no
crime com a mesma competência. Gostou de vê-la. Gostou da força com que
desafiava Peter. Era isso que ele precisava. Peter estava necessitando de um
desafio como Rachel Turner para voltar a ter bons resultados na Colarinho
Branco.
- Verba liberada! – Disse. E todos o
olharem. – A senhorita Turner está certa. Esse caso vale o investimento.
Já era fim do dia quando definiram a
coreógrafa. Ela viria no dia seguinte, bem cedo, com figurinos e tudo o que precisariam.
Do alto do escritório envidraçado de Peter, eles viam os outros agentes
trabalhando. Era fim de expediente e todos estavam cansados.
De repente ouve uma movimentação.
Caixas e sacolas chegando. Algumas de grifes bem conhecidas.
- Mas o que é isso? – Peter se
surpreendeu.
Neal também não entendeu nada.
Rachel sim. Levantou-se, sorridente,
para falar com o entregador.
- Na terceira porta à esquerda, por
favor. – Orientou-o sobre o seu ‘quarto’. E foi descendo as escadas.
Peter não acreditava no que estava
vendo. Rachel Turner achava que aquilo era um hotel de primeira classe?
- Você mandou ela se virar, Peter.
Não reclame. – Neal o lembrou. Por dentro ele ria da situação. Rachel mais uma
vez conseguia tudo do seu jeito e deixava Peter perdido.
Na entrada do FBI, Rachel abraçava
o comprador de todas essas sacolas. Henry! Foi com ele que conversou ao
telefone pedindo algumas ‘coisinhas’.
- O que faltar vem depois. Diga o
que precisar. Eu mando entregar. – Ele disse lhe abraçando. Não cabia em si de
tanta felicidade em ver a amiga assim, sem aquele uniforme e sorrindo
novamente.
Ele trazia outra sacola, pequena,
em mãos.
- Essa eu fiz questão de trazer! –
Fez suspense.
- O que é, o que é, o que é? – Ela
tentava pegar feito criança. Mas ele não deixou.
Tirou da sacola da sacola e lhe
mostrou.
- Eu queria comemorar a sua saída
da prisão com champanhe...mas achei que o FBI não ia permitir. Então comprei o
seu chocolate favorito!
Peter e Neal observavam a cena.
Ela abraçou o amigo longamente. Deixava claro que o chocolate era bem vindos,
mas a presença de Henry era mais importante. Ele a beijou nas duas faces do
rosto e acariciou seus cabelos.
Neal achou que já tinha passado do
limite.
- Estamos em um ambiente de
trabalho. No FBI nós não saímos beijando os consultores assim. – Disse já que
Peter não tinha feito nada.
- Ok, regras são regras, Caffrey.
– Henry brincou. – Já vi que vai cuidar bem dela.
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