Pov:
Christian
- É por isso...é por esse tipo de
coisa que eu gosto do controle! Nunca deveria ter deixado você ser mais que as
outras, Anastásia.
- Eu sou sua mulher, não sua submissa.
– Ela me lembrou.
- Esse é o nosso problema. Se fosse
minha submissa, saberia me obedecer cegamente, não me desafiaria, não
brigaríamos tanto e, principalmente, não estaria grávida!
- Não grita assim, por favor. – Ela
começou a chorar.
- Não comece com lágrimas...você só
tinha que lembrar de tomar um injeção a cada três meses. É simples porra! Mas é
claro que você não lembrou. ESTÚPIDA!
Eu vi a mágoa em seus olhos, mas
nada importava. Ela sabe como sou, sabe que não desejo filhos...não agora pelo
menos. Não posso perdê-la para um bebê chorão e dependente. Quero toda a
atenção de Ana pra mim, seus braços só a minha volta, não posso permitir que
sua atenção seja dividida entre eu e esse bebê que eu não quero.
E que bosta de pai eu vou ser? Não vou
saber tratar essa criança bem. Sou um dominador bruto. Uma mulher aceita isso
se realmente estiver satisfeita na cama e na vida, mas uma criança não. Eu não
vou ser pai...não posso ser. Inferno! Porque a Ana foi me desafiar? Eu jurei
que nunca iria desrespeitar os limites que ela impôs. Refreei meus instintos
mais violentos e, para não cair na tentação de lhe castigar por qualquer
insubordinação, livrei-me dos açoites, varas e réguas usados em surras cruéis.
Já os usei em muitas mulheres, mas não desejava ferir minha Anastásia. Ela que
trazia cor ao meu mundo acinzentado.
Mas agora ela me desobedeceu,
desafiou e merece ser punida. Palmadas? Não. Eu sei que, apesar dela não
assumir, tem prazer em sentir os golpes dados com a palma da mão em seu belo e
redondo traseiro. Conforme o vermelho pinta as nádegas naturalmente
branquíssimas e sem nenhuma mancha, eu a sinto ficar molhadinha pra mim. Foram
tantas as surras deliciosas que terminaram em sexo inesquecível.
Mas não dessa vez! Hoje ela merece
um castigo rigoroso. Não vai sentir prazer, apenas dor. Assim vai aprender a
não me desobedecer. Peguei-a pelo braço e joguei-a de bruços na cama macia,
coberta de travesseiros e almofadas. Ela imaginou o que iria acontecer e tentou
escapar.
- Pare com isso Grey. Não é na cama
que vamos resolver nossos problemas. – Disse se levantando.
- Se pensa que quero te comer, está
enganada. Agora não estou com a mínima vontade. – Era uma mentira descarada.
Vê-la de bunda pra cima me deixava excitado independente do momento. Coloquei-a
novamente de bruços e aproveitei para descer sua calcinha até a altura dos
joelhos e erguer a saia do vestido. Bateria na bunda nua para doer mais. – Vou
te punir pra você aprender a me obedecer Anastásia. - Disse e lhe dei uma
palmada.
- Ai! – Ela gritou.
- Economize os gritos querida. Não
tem ninguém na casa e, além disso, ainda nem começou a doer. – Tirei a cinta
que estava usando. Era de couro. Iria servir bem.
- Christian NÃO! Você não vai me
bater com isso! Eu nunca apanhei de cinta. Ray nunca me bateu. – Ela tentou
escapar da posição, mas a segurei. Hoje Ana levaria seu castigo sem dó nem
piedade. Primeiro golpe pegou a polpa da bunda, bem na junção com as coxas.
AIII! PARA! – Mais dois seguidos acertaram o centro das nádegas. – Seu desgraçado!
Grey pare agora! Eu nunca vou te perdoar por isso!
Eu já não ouvia mais nada. Era como
se eu observasse essa cena, mas não participasse dela. Parecia que não era meu
o braço desse carrasco que aplicava o eficiente, eficaz, porém cruel castigo. Eu apenas via a cinta abraçar o quadril de Ana
repetidas vezes. Comecei a intercalar com golpes também nas coxas. Talvez com
pena de machucar demais um bumbum tão lindo e gostoso de tocar.
- Para Christian...por favor...para.
– Ela já chorava e pouco falava quando finalmente os golpes cessaram. Acho que
no total foram umas 18 ou 20 cintadas que atingiram seu corpo.
De repende olhei para seu rosto
banhado em lágrimas, olhei novamente para a bunda e as coxas lanhadas e baixei
os olhos até encontrar minha mão ainda segurando a cinta responsável por
aqueles machucados. Eu fiz isso? Era o fim.
Abri a mão e deixei a cinta cair no
chão. O metal da fivela fez um barulho alto, incomodo. Só não tão incomodo
quanto o olhar congelado de Ana. Ela estava em choque pelo que lhe fizeram, eu
em choque pelo que fiz.
O que dizer nesse momento? Nada
resolveria a situação. Devo tentar falar, conversar? Lhe trazer algum
analgésico? Não sei! Não Sei! Não sei!
Saio
correndo...não sei pra onde vou. Não sei o que fazer de minha vida.
Beber definitivamente não me faz
bem. Algumas doses de whisky meu telefone está discando para Elena. Eu queria
apenas desabafar, mas, mesmo assim, sentia que estava traindo minha esposa.
- Venha no meu apartamento. Estou
só. – Ela disse forte como sempre. – Mas pegue um táxi...está com voz de
bêbado, não pode dirigir.
Vinte cinco minutos depois eu estava
com uma caneca de café nas mãos e Elena me obsevava atentamente.
- Bom, agora que já jogou uma água
no rosto e está se afogando em café, me conte o que aconteceu para te deixar
nesse estado. Aquelazinha parece que tem o poder de te pisotear e de devolver
para o lixo de onde você saiu.
- Não fale assim da Ana. Ela é um
anjo...eu é que sou o demônio. Eu só lhe faço mal.
- Diga logo o que aconteceu.
Eu contei e ela não pareceu surpresa
nem assustada. Isso pertencia ao mundo de Elena.
- Quer dizer que ela fez algo que te
irritou e você a disciplinou com uma cinta. – Ela parou por um momento. Tinha
um amplo sorriso nos lábios. – Era sintética ou natural?
- O que? – Perguntei ainda meio
tonto.
- O couro da cinta? Era sintético ou
natural?
- Natural.
- Quantos golpes? – Ela parecia
estar se divertindo.
- Não contei...acho que uns 20. Eu
estava fora de mim. – Como pude fazer isso?
- Nossa...o rabo da ‘senhorita
independente de nariz empinado’ deve ter ficado ardido. – Ela riu alto agora. –
Ora Christian...qual é a razão do drama? Quantas você já surrou assim ou muito
pior?
- Ela é a minha mulher! – Será que
Elena não via a diferença?
- Por isso mesmo. Para ela você deu
mais do que para qualquer outra. Portanto Ana também precisa se esforçar para
agradar você. Quer saber? Essa garotinha demorou foi muito pra levar essa
surra! Se ela fosse a MINHA submissa apanharia com muita frequência...até
abaixar a crista e aprender quem manda.
- Ela não gosta do que nós gostamos
Elena.
- Ela casou com você! Ficou rica.
Leva vida de rainha. Tem de te agradar em tudo!
- Ana não liga para dinheiro.
- Balela! Todos ligam.
- Ela vai me deixar, eu sei que vai.
– Eu estava um caco. Sem a Ana não sou nada.
- Só te deixa se não gostar de macho
e de vida boa. Ora Grey, ela tem com você tudo o que pode desejar da vida.
- Tem uma coisa que ela quer...e eu
não quero dar. Não posso!
- O que? – Ela não entendia. Sabia
que eu desejava dar o mundo a Ana.
- Ana quer um filho. – Vi a surpresa
em seus olhos. – Não posso ser pai. Não sirvo pra isso. – Não disse que Ana já
estava grávida, isso é assunto só nosso.
- Que menininha exigente essa. Acha
que ainda pode exigir mais de você. Christian Grey você ficou baunilha demais
por Ana. Se imponha homem! Mostre quem é o dono do universo, o grande
empresário que veio do nada e hoje é dono de tudo. Dono de sua vida, de seus
desejos.
- Eu preciso dela. – Respondi.
- Não, não precisa. Você viveu sem
ela por muito tempo e era feliz.
- Isso não é verdade Elena. Eu só
conheci a felicidade nos braços da Ana.
- Esqueça-a Grey! Ela não curte o
que nós precisamos. Lembra quando você era meu? Lembra como eu te batia?
- Claro.
- Você não me desafia como a sua
esposinha faz e mesmo assim eu te punia. Só pra ter prazer, só pra te fazer ver
quem era a dona. Devia ter surrado a Ana desde o início.
- Não é simples assim Elena.
- Agora você só tem uma alternativa:
tome as rédeas dessa relação. Ela estará com medo de você.
- Eu não quero que ela tenha medo de
mim. – Eu nunca desejei isso.
- O medo dela é o seu maior aliado
agora. – Elena respondeu. – Você dará as cartas do jogo e, se ela te quiser,
vai obedecer mansamente. Se não, melhor abrir a gaiola e deixar o frágil
passarinho fugir. Você precisa de uma companhia forte ao seu lado. Diga que apesar
de sua esposa, é sua submissa, sua propriedade. Você a sustenta e mima como
princesa, oras!
- Ana trabalha. Ela não depende de
mim, Elena.
- Trabalha numa empresa que é sua. Só
está lá porque você diz que é assim. – Ela continuou falando coisas que eu não
sabia se desejava fazer. – Lhe diga que daqui em diante a relação será como
você desejar. Sexo a hora que você quiser, bruto, sem nada de baunilha, porque
é desse jeito que somos. As surras vão acontecer e ponto final! Não interessa
se os pais dela foram relapsos na disciplina, você tem regras e quando ela as
descumprir, será rigorosamente castigada. E obviamente, filhos estão fora dos
planos para sempre. Em hipótese alguma. Tem de ser assim Grey.
Fui embora sem saber o que fazer. Não
podia dizer tudo isso pra Ana. Temos de conversar. Eu posso pedir perdão e
implorar...sim, é isso. Ana nunca aceitaria as regras que Elena considera
necessárias para o relacionamento.
Só que quando cheguei em casa Ana não
me deu chance nenhuma de falar ou implorar. Ela já estava de mochila pronta pra
me deixar.
- Solta isso!
Você não vai a lugar algum. É uma ordem! – Berrei.
- Vá dar ordem
aos seus empregados. Não sou nada sua e não vou te obedecer.
- É minha
mulher Anastásia. Não vai embora
- Basta
Christian. Acabou. Eu vou embora agora e não quero mais te ver.
- Não ANA! Não
pode fazer isso. Sou seu marido!
- Você
ultrapassou TODOS os limites. Eu NUNCA te autorizei a me bater dessa forma. Eu
conto que estou grávida e o que você faz? Me espanca!
- Não fala
assim Ana! Eu não te machuquei tanto...
- Porque não é
o seu corpo que está doendo. Porque não é você que sente a humilhação.
- Eu sei o que
é ferir uma mulher Ana...já feri muitas. Mas você não.
- Isso sou eu
que sei. – Ela apontou para a cama. – Aí estão todas as joias. Eu peguei apenas
algumas roupas básicas. A chave do carro está sobre a mesa da sala e deixei
meus cartões de crédito na sua mesa do escritório. Adeus Christian.
- Ana não! –
Implorei.
- Você não vai
ter mais nenhuma chance de nos machucar.
Quando ouvi a
porta bater cai de joelhos no meio do quarto e chorei. Não tinha mais nada que
pudesse fazer.
Amei essa fic bem do geito que eu procurava
ResponderExcluirBeijos!!
Uhuuuuuu
ExcluirQ legal. Eu amei escrever ela. passa nas outras ;)
bjsss