Christian e
Anastásia desembarcaram em São Paulo de mãos dadas. Agora eram realmente um
casal. Casal que discutia por muitas coisas, divergia em temas, mas agora havia
confiança além do amor e da paixão.
A noite sádica na fazenda acabou com
Grey finalmente pedindo perdão pelos erros que cometeu. Se durante a cena
sensual Ana havia se posto de joelhos e aceito seu castigo, ao fim, Christian
estava aos seus pés para implorar que ela lhe desse nova oportunidade para
fazê-la feliz. Mal Christian sabia que estava perdoado, obviamente perdoado ou,
Ana não teria entrado em seu quarto de jogos. Isso exigia confiança e
compromisso. Duas coisas que eles tinham agora. Eram verdadeiramente marido e
mulher.
- Levanta Chris...claro que eu te
perdoo. Acabou. – Ela lhe disse antes de um beijo.
- Tem razão. Acabou. Agora nós vamos
seguir nossas vidas e esquecer esse passado trágico. Meu irmão, sua
prima...eles não podem definir o rumo das nossas vidas. Vou sempre lembrar do
Emmett, mas vou deixá-lo no passado.
- Mas eu não deixarei Alice no
passado, Grey. – Ana ainda tinha sua própria vingança para cuidar. – Não antes
dela pagar por tudo o que fez.
- Ana...será que a minha vingança
não te ensinou que isso nunca dá certo. Veja o que eu te fiz. É melhor
esquecermos. A gente merece ser feliz.
Sim, mereciam. Mas ela não
conseguiria ser feliz sabendo que Alice continuava casada com José, bancando a
rainha da casa, esposa leal ao marido e usufruindo de um dinheiro que não
merecia.
Durante todo o tempo que permaneceu
sozinha em São Paulo, cuidou de outras coisas além de reaver sua herança e
abrir uma empresa. Tinha contratado um detetive particular para investigar sua
prima. A descoberta de que Alice não era quem pensava lhe atiçou a curiosidade.
O que mais Alice escondia?
O detetive trouxe informações
importantes. Alice mantinha um ‘caso’ com um homem chamado Jasper. Eles se encontravam
regularmente em um motel discreto. Alice não se satisfez em roubar José. Ela
continuava traindo-o e gastando sua fortuna com o amante. De posse das fotos,
Ana tinha agora uma grande arma para fazer Alice deixar sua família em paz. Ela
saberia com também era capaz de uma vingança. Alice teria que escolher entre o
prestigio social e a fortuna da família. Primeiro, no entanto, era necessário
falar com José.
Grey não escondia que isso o
desagradava.
- Não quero que se envolva mais
nisso. José pode pedir o divórcio. Ele não deseja o escândalo. – Argumentava.
- Ele é meu primo e eu vou ajudá-lo.
Para evitar brigas, concordaram que
Ana ira fazer as coisas a seu modo, mas nunca se poria em risco.
- Não se esqueça do nosso filho aí
na sua barriga.
- Eu jamais esqueço. – Era verdade. –
Mas que tipo de mãe eu seria se deixasse José passar a vida com Alice quando
tenho em mãos a arma para tirá-la de nossas vidas?
Sem lhe dar alternativa, Ana
convenceu José que essa era a melhor coisa a fazer. Ele não suportava viver ao
lado de Alice. Não dormiam na mesma cama, mas, socialmente, eram casados. Iam a
eventos juntos e mal conseguiam se olhar. A única ligação que tinham era na
fatura do cartão de crédito.
- Não quero que se arrisque, Ana. Me
dê as fotos e fique longe disso. – Foi o pedido do primo.
- Não. Eu terei o prazer de jogar na
cara de Alice que também sou capaz de derrubá-la. Ela armou para eu e Grey
tantas vezes, agora chegou a minha vez.
Armou um encontro com Alice em um
restaurante bem movimentado. As duas conheciam o lugar há bastante tempo,
vinham ali com os tios durante toda a infância. O ‘charme’ de seu plano estava
em Alice não saber com quem ia comer. Lhe enviou apenas uma foto dela e Jasper
aos beijos e a indicação de hora e local do encontro. Claramente era possível
ver a aliança em sua mão deixando provado que a imagem era recente. Sem saber
quem sabia de seu segredo, Alice foi obrigada a ir ao almoço.
- Então foi você! – Não se
surpreendeu de todo. Ana sempre foi curiosa demais. – Foi você quem me enviou
aquela foto.
- Obviamente. – Foi a resposta de
Ana. – Lembra daqui, Alice?
- Claro. Por isso pensei que era o
José a me encontrar aqui...bobagem...ele nunca foi inteligente o bastante para
mandar me seguir, nem corajoso para me exigir nada. – Alice tinha os ódios
ardendo de ódio.
- Vou encarar como um
elogio...priminha. – Anastásia usava do mesmo veneno da prima.
- Diga logo o que deseja.
- O que eu desejo, Alice? Não
imagina? – Como a prima não respondeu, Ana abriu o jogo. – Você tem duas
opções: a primeira é entrar com processo de divórcio e aceitar uma parcela
justa de dinheiro. Não pense que vai extorquir José e titio o resto da vida!
- E a outra alternativa?
- Eu envio as provas da sua traição para
todos os jornais do país. Jogo o nome da nossa família na lama, mas livro o
José de você. E com essas fotos, José consegue o divórcio facilmente e você sai
com bem menos dinheiro. – Era uma opção bem pior para ela. Perderia dinheiro e
o status social.
- Você, Anastásia...está me
chantageando? É isso mesmo? – A vontade Alice era avançar sobre o pescoço do
Ana e acabar com ela ali mesmo.
- Estou te provando que eu não a garotinha
tola que você imaginou a vida toda. Você armou, Alice, agora aguente. Você sair
da nossa vida porque eu estou te expulsando dessa família. Você tem uma semana
para dar início ao processo de divórcio e sair da casa de meus tios.
Dizendo isso, Ana se
levantou e deixou a prima sozinha à mesa.
Alice ficou sim desesperada...mas
não tanto quanto Anastásia imaginava. Ana queria guerra? Teria. Sem pensar
mais, pegou o celular e ligou para Jass.
- Preciso de você. – Afirmou apenas.
- Isso não é novidade. Pra que? –
Ele já a tinha ajudado tantas vezes que mais uma não seria problema. – Achei íamos
nos ver só amanhã no lugar de sempre.
- Não. Nossos encontros estão
cancelados até eu resolver um probleminha....você resolver na verdade. A sua
arma tem munição, querido?
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