- Parabéns pra vocês, parabéns pra
vocês. Parabéns pros bebês mais lindos! Parabéns pra vocês!
Bella me olhava como se eu fosse um
lunático. Era compreensível, mas um pai tem o direito de agir como idiota pelos
filhos.
- Edward, meu amor, acho que só se
canta parabéns quando eles completarem um ano e eles têm somente um mês.
- Não importa Bella. São os nossos
bebês lindos e estão adorando ouvir o papai cantar né? Parabéns pra vocês,
parabéns pra vocês...
Tinha como não querer ficar
agarradinho com eles? Não, era impossível. Meus filhos eram os bebês mais
maravilhosos do planeta e eu o homem mais feliz. Fofos, gostosos, cheirosos
e...barulhentos. Sério...as vezes eles pareciam uma quadrilha de crime
organizado. Era um chorar e os irmãos acompanhavam com força. Eles não eram
idênticos e eu já reconhecia qual era o chorinho de cada um. Soph era quem
puxava o coro nas madrugadas, era sempre dela o primeiro grito. Manhosa só
queria que eu passeasse com ela pelos corredores do apartamento. Thomas era
mais discreto. Já pedia menos colo e parecia depender menos de nós. Bella diz
que ele é um pequeno adulto e será lindo como o pai. Acho que Thomas já seria
capaz de dormir a noite inteirinha...se suas irmãs permitissem. Aí, quando era
acordado, ficava mal humorado e chorava também.
- Não chore Thomas...papai sabe...é
triste, mas você tem de se conformar. Nossa vida é guiada pelas mulheres. E
aqui em casa elas são maioria...nós teremos de nos acostumar.
E Marie...bom...Marie seria para
sempre o nosso milagre. E já era terrível. Totalmente recuperada ela fazia
questão de mamar no peito de Bella. Odiava ganhar mamadeira. Agora a danadinha
ainda aprendeu que se choramingar fininho, consegue dormir com a gente. Era só
isso agora, toda noite, mesmo o quarto de bebê sendo lindo e confortável.
- Não Edward...ela tem de aprender a
dormir no berço. Não é justo Marie ficar aqui e os irmãos não.
- Tem razão Bella. Segura ela que eu
vou buscar Thomas e Soph. Vamos dormir em família!
Quando voltei nossa cama estava um
pouco superlotada, mas ninguém ligou.
- Pode ir contando os dias Edward. Só
falta um mês...só um mês para eu e você não pudermos mais colocar bebê nessa
cama. Vamos estar muito ocupados.
- Bella...Bella...não começa a
prometer o que não vai cumprir...ao menos não vai cumprir nos próximos 30 dias.
Tudo estava perfeito... a não ser...
Tânia ainda estar desaparecida.
Numa manhã em plena terça-feira eu e
Bella brincando com as crianças sobre o tapete da sala quando meu celular toca.
- Hotel Raviera, suíte de luxo nº
1011. – Ouvi da voz de Jasper.
- O que há lá?
- Vá e descubra. Mas não leve Bella.
Deixe-a em segurança.
Cheguei ao maravilhoso prédio e falei
com a recepcionista bonita e elegantemente maquiada.
- Eu preciso subir na suíte 1011.
- Desculpe senhor, mas eles n desejam
ser incomodados.
- Eles? Ahhh, mas eu não irei
incomodar, garanto a você. – Lhe dei meu mais charmoso sorriso e, só para
garantir, deixei sobre o balcão algumas notas de alto valor.
- É claro senhor. – Ela me deu um
cartão-chave. – Seja discreto, por favor.
- Sim, minha querida, é claro.
No elevador meu coração estava em
disparado. Era Tânia que estava naquele quarto acompanhava de algum homem, o
que a vinha sustentando e escondendo nos últimos meses. E o pior era que eu
desconfiava seriamente de quem era. Abri a porta discretamente após o som da
trava eletrônica sendo liberada. Torci para que eles não estivessem naquele
cômodo. Tive sorte. Caminhando na sala luxuosa comecei a ouvir vozes. Então era
verdade. Carlisle e Tânia estavam juntos nessa.
Senti meu telefone vibrar. Era
Jasper.
- Já viu?
- Sim, estou aqui. - Sussurrei. – Vou
acabar com essa zona agora!
- Você não vai fazer nada! Já me
arrependi de ter te mandado aí. Estou a caminho, com a polícia. Não faça nada
antes de chegarmos.
Desliguei o telefone. Era grato a
Jasper, mas isso era assunto meu. Fiquei um pouco mais à espreita e ouvi coisas
interessantes.
- Basta querida, encare os fatos.
Você perdeu Edward! Ele está brincando de casinha com a Isabella e frouxo do
jeito que aquele garoto é, mesmo que ela o encha de chifres, ele não a largará.
É a vida! Você perdeu o filho, mas ficou com o papai aqui.
- NÃO! – Tânia estava descontrolada.
– Pensa que eu não sei? Você, seu velho nojento, você queria que ele ficasse
com a namoradinha fina...a tal Victória. Nem sei quem é pior, Isabella ou
Victória.
- Basta Tânia! Chega de joguinhos! Eu
a ajudei o quanto pude. Com James, com o tal Jacob que nem para seduzir
Isabella serviu e resolveu virar amiguinho dela, com os ‘acidentes’, com TUDO.
Agora basta! Será que não vê? A polícia a procura. Terá de ficar escondida.
- Não. Você se bandeou para a
lambisgóia porque ela pariu o moleque.
- Ele é sangue do meu sangue. O que
você quer? Que eu o abandone?! É meu neto.
- Eu vou matá-lo! Eu mesma vou matar
aqueles três piralhos! – Ouvi Tânia gritar e senti meu sangue gelar nas veias.
De repente um barulho alto se deu e
percebi que Carlisle havia jogado Tânia sobre algum móvel. Ele gritava.
- Toque em meu neto e eu mesmo mando
você para o inferno!
Não aguentei mais e entrei no quarto.
Havia cacos de vidro no chão e Tânia sangrava.
- Que lindo casal formam. Minha ex
amante ordinária e meu desprezível pai!
- Edward...como...- Meu pai gaguejou
como eu nunca tinha visto antes. Sabia que ali perdia todo o respeito do filho.
- Da mesma forma que a polícia
chegará em poucos minutos. Que lixo você se transformou...para se contentar com
os restos...dessa aí.
- Restos Edward? Mas você se fartou
no meu corpo enquanto sua esposinha não o desejava!
- Porque você nos afastou! Suas
armações! Suas mentiras! Suas chantagens! Chega Tânia...agora você será presa e
nunca mais chegará perto da minha família.
- Não Edward! Não!- Ela correu até
sua bolsa e pegou algo que só reconheci quando já brilhava apontado para mim. –
Eu vou acabar com você! Com todos vocês...com o pai, o filho e os netinhos...eu
...eu..
Estava claro que Tânia havia perdido
totalmente a sanidade. Quando ela ouviu a porta da suíte ser aberta sabia que
seria presa, sabia que era o fim e deu o primeiro tiro. Pegou de raspão em meu
braço...senti que a morte viria no próximo. Vi os olhos dela brilhando de ódio
e mentalmente me despedia da vida e da minha família. Ouvi mais um disparo, vi
mais sangue jorrar, mas esse não era meu.
- Pai! – Gritei ao vê-lo se atirar a
minha frente e receber a bala que era minha.
- Desculpe meu filho. A culpa sempre
foi minha.
- Mas...mas...pai...não pode.
A polícia já havia entrado, desarmado
e prendido Tânia. Eu chamava por um médico para atender Carlisle.
- Não filho. Acabou...só me perdoe
e...seja um pai melhor do que eu.
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