Na manhã seguinte, depois de tudo
que fizeram e sentiram, Rachel acordou sorridente e satisfeita. Olhou para o
lado e viu Neal ainda dormindo. Quem não é feliz acordando assim? Bagunçando
seus cabelos levemente o fez acordar.
- Bom dia. – Ela sussurrou em seu
ouvido.
- Estou no céu e a Deusa Afrodite é
que veio me receber? – Uma das vantagens de passar a noite com Neal Caffrey é
que ele já acorda de bom humor.
- Afrodite, talvez. Céu...não. Nosso
histórico não permite algo tão puro, querido ‘Moreno Perigoso’. – Um beijo
afastou qualquer resquício de sono que ainda tivessem. – Vamos levantar.
Teremos um dia cheio. Como sempre!
E esse dia começou com os cuidados
ao ‘Baby-Neal’. George estava um pouco manhoso, enjoadinho, mas não tinha
febre. Eles tomaram café juntos e aguardaram Mozzie chegar.
- A viagem foi...proveitosa? –
Rachel provocou.
- Muito...um encontro de estudos
sobre a filosofia dos monges budistas. Vocês iriam adorar. – Obviamente era
mentira. Se Mozz entrou em algum templo budista foi para roubar algo bem
valioso.
- Claro, claro. – Neal ria. – Está
na nossa hora. Se o George chorar nos avise imediatamente. Ele teve febre
ontem. – Eles estavam experimentando a dura tarefa de ir trabalhar preocupados
com o filho.
- Era um sintoma de saudade do tio
Mozz. Ele ficará bem, não se preocupe. – Neal e Rachel foram tranquilos para o
FBI. Sabiam que não haveria ninguém mais confiável.
A manhã foi pacata no FBI. De
estranho, só Peter que passou boa parte do tempo ao telefone. Quando saiu de
lá, chamou Neal e Rachel.
- Sara está vindo aqui. – Eles
tinham ficado algum tempo conversando. Uma conversa profissional...apesar dela
ter feito perguntas pessoais a respeito de Neal. – Ela vai precisar do nosso
apoio em uma investigação. – Rachel estava visualmente contrariada com aquilo.
– E ela me disse que esteve na sua casa ontem, Neal.
- E você confirmou que eu estou com
a Rachel. – Neal deduziu que Sara tinha perguntado.
- Não! Eu não confirmei nada porque
eu não tenho nada com isso. – Era só o que faltava! Ter de lidar com os
problemas das ex namoradas de Neal. A atual já era complicada o suficiente. –
Chamei vocês aqui porque preciso que hajam como dois agentes treinados nesse
caso. Não interessa se Sara foi ou não sua namorada, Neal. É trabalho, apenas
isso!
Rachel se convenceu de que era capaz
de ignorar Sara Ellis. Já tinha pesquisado toda a vida dela antes de se
aproximar de Neal. Era honesta, muito, mas já tinha burlado leis. Algumas vezes
para ajudar Neal. Tinha dinheiro, era esperta, inteligente, bonita, mas fresca demais
para Neal Caffrey. Estava segura de que não precisava temer Sara. Ela teve a
chance de tê-lo e jogou fora. Não a temeria, nem se esconderia. Era a namorada
de Neal, a mãe do filho dele. Sara Ellis que tirasse o olho e as mãos do que já
tinha dona!
- Ok. Desde que ela se comporte bem,
eu não provocarei nada de inadequado. – Mas se provocasse, Sara levaria o que
merecia por beijar Neal.
Apenas com um olhar, Peter avisou
Neal de que devia contornar a situação com as duas. Sara e Rachel eram mulheres
inteligentes e esquentadas. Ter as duas trabalhando juntas seria complicado.
E foi, desde o momento em que Sara
chegou ao FBI e viu Rachel sentada a sua mesa, trabalhando. Ela já tinha dado
uns telefonemas e se informado de quem era Rachel Turner. Uma condenada por
assassinato que se aproximou de Neal e enganou a todos no FBI. Ela havia
pesquisado as ex namoradas de Caffrey, imitou características para se aproximar,
conquistá-lo e dar um golpe!
Sara chegou ali disposta a brigar!
Faria Neal abrir os olhos e perceber que com ou sem filho, aquela mulher o
levaria de volta para a prisão. Tinha que se afastar daquela criminosa. Ele
agora estava do lado da lei. Era um funcionário do FBI. Agora Neal Caffrey era
o homem perfeito, o homem com quem ela sempre sonhou.
- Então você se passou por mim para
conquistar Neal! E fica bancando a namorada! Olha aqui sua farsante, eu não vou
permitir... – Sara sempre preferiu abordagens agressivas.
- É bom baixar o tom! – Rachel deu
um aviso e se levantou para continuar o ‘bate papo’. Nunca foi de fugir de
briga. – Eu não preciso me passar por você. Escolheria alguém mais
interessante.
- A é? Mas fiquei sabendo que se
aproximou dele com outra identidade e fingiu ajudá-lo em um golpe quando o
estava fazendo de idiota! E era ruiva como eu! Porque? Achou que sendo ruiva
ele iria lhe dar alguma chance? Por lembrar a mim, talvez?
- Ruiva como você? Faça-me rir Sara
Ellis! Quanta presunção para uma mulher só. – Agora as duas já gritavam e
atraíam a atenção de todo o FBI.
- Onde está o Neal? - Peter
perguntou para Diana, em sua sala.
- Não sei...estava ali agora a
pouco. – Mas Diana ria pensado que apenas Neal Caffrey conseguiria gerar aquela
briga. – Hora boa para ele sumir.
- Droga! Tire a Sara dali, Diana.
Por favor. Dessa vez foi ela quem provocou. – Do segundo andar ele continuava
observando.
- Eu sou ruiva natural, Sara. Não
preciso de tintura. Você já não pode dizer o mesmo! – Rachel deixou o combinado
de lado. Sara não tinha o direito de acusá-la de nada. E a noite de paixão que
viveu a deixou muito mais segura. – Como também não preciso de salto para ficar
da altura dele. E, se quer saber? Nos últimos meses o Neal adorou ter uma
mulher com mais carne que ossos no corpo!
Ofendida, Sara avançou para lhe
esbofetear. Rachel foi rápida e lhe segurou o braço no ar. Apertou-lhe o pulso
e avisou.
- Nem experimenta tentar me bater.
Você não me conhece, garota! – Sara Ellis estava brincando com fogo. – Eu te
desmonto!
Neal chegou até elas antes de Diana.
Tinha uma expressão preocupada e não era pelas duas mulheres aparentemente
muito dispostas a se engalfinhar por ele. Houve tempo em que se divertiria com
algo assim, hoje vivia uma fase muito mais familiar. E era da família quem
vinha sua preocupação. Mozzie ligou avisando que George não estava bem.
- A febre voltou. Ele está
trazendo-o para cá. Mozzie já deu antitérmico...mas segundo ele George precisa
do aconchego dos pais. – Explicou para Rachel enquanto os outros se olhavam. –
Ele pode ficar aqui hoje, certo?
- Neal...- Peter era sensato o
bastante para ver que o FBI não era lugar para um bebê, mesmo que ele fosse
filho de pessoas muito familiarizadas com o lugar. – Melhor vocês irem ficar
com ele. Estão de folga. Os dois.
- Não! – Sara interferiu. – Eu vim
aqui porque o FBI vai me ajudar em um caso de roubo a quadro. E o Neal é o
especialista. Então ELE fica. – Ela claramente dispensava Rachel.
- George gosta muito do FBI, Peter. –
Rachel respondeu. - E tenho certeza que Mozzie esperará alguns minutos com ele.
Também entendo algumas coisinhas de roubo a quadro. Eu fico. – Sara Ellis não
ia ficar sozinha com Neal. Não mesmo!
Todos foram à sala de reunião
enquanto Mozzie não chegava. A situação era constrangedora. Profissionalmente,
no entanto, aquele era um ótimo encontro. Sara era inteligente e eficiente no
que fazia. Tanto que havia colaborado muito na prisão de Neal anos atrás. Sara
foi uma das testemunhas que o condenaram a 4 anos de prisão. Se ela queria
encontrar um quadro e veio lhe pedir ajuda, o ladrão deveria ter feito um
grande trabalho.
- Um Picasso foi roubado do museu de
NY há uma semana. – Quando ela falou, Neal e Rachel souberam exatamente qual
era a obra e quem foi a ladra. – Eles não divulgaram, mas acionaram o seguro.
Não querem mídia nisso. Precisamos recuperar o quadro.
- Qual quadro? – Peter questionou.
- Les Noces de Pierrette! – O mesmo que Alex pediu a
ajuda de Neal para roubar há duas semanas.
Neal fez as contas mentalmente...há uma semana o
quadro foi roubado. Foi na véspera do ‘passeio’ de Alex e George. Alex cometeu
o crime e ainda praticou sua pequena vingança por ele não ter ajudado. Agora
sim estava com problemas. Não apenas tinha de lidar com Sara e Rachel
trabalhando juntas, como a ‘solução’ daquele crime estava com outra das suas
‘EXs’. Ter tido tantas namoradas estava cobrando seu preço.
- Seja quem for, é um criminoso ousado. Roubar o Les
Noces de Pierrette certamente é o objetivo de muitos, porém poucos ladrões têm
recursos para isso. – Diana era rápida de raciocínio. Não era à toa que Peter
confiava tanto nela. Diana encarou Neal. – Porque está tão pensativo, Caffrey?
Algo a nos dizer?
Claro! Com seu currículo extremamente extenso em
furtos de arte, um alvo já estava em sua testa. Com distintivo do FBI ou não,
Neal Caffrey sempre geraria medo na polícia.
- Antes que perguntem: eu não roubei esse Picasso!
– Era bom poder dizer uma verdade.
- Eu sei que não, Neal. – Sara disse. – Porém...sei
que você tem como nos ajudar descobrir quem foi. Você tem contatos, Neal.
- Estou fora do mercado já há alguns anos Sara. –
Não podia trair Alex. Mesmo depois do que fez. – Muita gente nova pode ter
surgido. E a notícia de que “Neal Caffrey” mudou de lado se espalhou um pouco
nesses anos. Não vão vir correndo me contar quem está com o Les Noces de
Pierrette.
- Mas Mozzie continua do outro lado. Todos aqui
sabemos! – Sara sabia argumentar muito bem. – Está dizendo que não vai me
ajudar?
Como poderia ajudar Sara sem ferrar com Alex nem
ter problemas com Rachel? Isso sim era bem mais difícil que roubar um Picasso!
- Não, Sara! Estou dizendo que não posso garantir
nada. – Queria ganhar tempo.
- Ótimo! Porque não pedi garantias. Pedi apenas a
sua ajuda profissional. – Ela estava irritada com tudo que encontrou de
diferente no FBI e descarregaria seu ódio na solução daquele crime. – Agora, o
que temos de pistas: O quadro estava normalmente exposto até o museu fechar. As
câmeras...
Uma batida na porta da sala de reuniões interrompeu
Sara. Era um agente iniciante.
- Tem um cara chamando pelo Neal e pela Rachel.
Disse que é urgente...ele é estranho e está com um bebê.
- Eu vou vê-lo. – Neal disse e saiu. Era uma boa
oportunidade para fazer com Mozzie a sós.
- Eu também. – Rachel queria saber o que Neal
pretendia fazer.
- Ei! Estamos no meio de algo importante aqui! –
Sara reclamou.
- Não mais importante que George. – Neal respondeu
e saiu com Rachel.
Sara observou-os se mover juntos. Pareciam mais
unidos do que deveriam. Estavam indo encontrar uma criança que choramingava na
recepção da Divisão de Colarinho Branco do FBI. E Neal ia sorrindo.
- Precisava ser os dois? – Porque apenas Rachel não
desceu? Em outras épocas, Neal jamais teria se desconcentrado quando o tema era
um Picasso.
- O filho é dos dois, Sara. – De criança Diana
entendia. Por caso algum deixaria de ir ver seu filho. – Quer fazer uma parada
ou continuar sem eles?
Sara resolveu que precisava de esclarecimentos
antes de mais nada. Seus informantes tinham lhe dito apenas as condenações de
Rachel, seu antigo posto na MI5, prisão, fuga grávida e acordo com o FBI. Tudo
isso explicava sua presença ali. Mas não ajudava a entender como Neal conseguia
ficar com ela depois de ter sido tão enganado. Mesmo tendo lhe dado um filho,
era incompreensível. Neal sentia terror ao ver uma arma! Como conseguia dormir
todas as noites ao lado de uma assassina?!
- Vocês se importariam em parar e tomar um café?
Estou precisando esclarecer umas coisas.
- Eu tenho assuntos importantes para cuidar. –
Peter não queria falar com Sara sobre Rachel. Achava injusto com Neal. –
Diana...atualize a Sara sobre o que aconteceu. Acho que...ela precisa saber.
- Claro, chefe.
Enquanto as duas começavam a conversar, Neal e
Rachel pegaram George. Ele não chorava, nem parecia ter uma febre muito alta.
Mas não estava normal.
- O que você tem hemmm? Conta pra mamãe. – Rachel o
embalava calmamente e George encostou a cabeça em seu ombro. – Você quer
dormir?
Enquanto ela o fazia dormir, Neal passou a situação
para Mozz.
- Alex fez sem nós. – Isso não surpreendeu Mozzie.
– E o FBI já sabe do roubo. Logo Peter vai lembrar que Alex estava na cidade.
- Uauuu. Se estiver com dificuldade de fugir, nos
contatará. – E eles ajudariam. Afinal Alex já os tinha ajudado no passado.
- É. Mas um Picasso desaparecido coloca holofotes
em mim. E a Sara também está na investigação. – Isso sim surpreendeu Mozzie.
- Espere! – Ele estava em choque. – Rachel, Alex e
Sara na mesma equação?
- Exatamente.
– Neal sabia que Rachel ouvia atentamente enquanto ninava George. –
Terei que ajudar Sara. Ela é esperta. Mas quero que alerte Alex. Ela que suma
com esse quadro e não me crie problemas com Peter.
- Ok...mas como vou encontrá-la? Ela não está
querendo nos ver depois da surra que levou de Rachel.
- Precisamos tentar encontrá-la, Mozzie. – Neal
disse.
Mozz não quis ficar no FBI cuidando de George. Por
mais que gostasse do Baby-Neal, aquele lugar lhe dava alergia. Então outro
agente recebeu a missão de ficar de olho no sono de George enquanto seus pais
trabalhavam. Como Peter disse, tinham um Picasso para encontrar. Sara, no
entanto, não pensava no Les Noces de Pierrette naquele momento.
Depois de ouvir atentamente Diana
lhe contar os últimos anos extremamente animados da Colarinho Branco, ficou em
choque.
- Está me dizendo que Neal passou
meses ouvindo Rachel escondido de Peter, acompanhando a gravidez dela? Sem ter
certeza de que o bebê era dele? – Isso era muito além do que ela esperava.
- Sim, Sara. Ele diz que sempre
soube que George era seu filho. E quando Rachel foi presa, ele levava o bebê
para visitá-la. Estava disposto a fazer isso...pra sempre, talvez.
- Pra sempre? – Como assim?
- Ela tem pena perpétua para
cumprir. Por assassinatos. Só que ela é muito boa como agente então Peter fez
um acordo, mesmo não gostando dela. E aqui estamos. Era para Rachel passar
todos os dias e noites no FBI, inclusive os finais de semana. Mas como há um
bebê e os dois têm um relacionamento sério, Peter acaba abrindo exceções e ela
vai para lá nos finais de semana.
- Só finais de semana? Não dorme com
ele todas as noites? – Depois que perguntou Sara sentiu vergonha. Era muito
íntimo.
- Não. Ela fica aqui durante a semana.
– Diana também estava constrangida. – Mas Sara...eu acho melhor você deixar o
Neal no passado. Ele e a Rachel têm algo forte...eles formaram realmente uma
família. O Neal é...completamente apaixonado por ela. E louco pelo filho. Você
tinha que ter visto o que sofreu sem eles. Então, a chance deles
terminarem...por você...ela é quase nula.
- Você é direta, Diana.
- Desculpe. – O que mais poderia lhe
dizer?
- Não, tudo bem. Eu não vim aqui
para isso, mesmo. Eu só...vim recuperar o quadro. E quis revê-lo. Apenas isso.
– Doía, mas podia se recuperar. – Agora será que poderemos tocar o caso? O
menino será que está melhor?
A equipe tornou a se reunir e
assistiu as fitas de segurança. O autor do roubo tinha entrado pelo telhado e
desativo as câmeras por cerca de 15 minutos. Era muito tempo para os guardas
não perceberem nada. A explicação, a princípio, estava em uma falha técnica.
Foi dado um alarme de que as câmeras estavam falhando três dias antes, quando
os guardas chegaram, nada constataram. E isso monopolizou toda a equipe de
segurança e tecnologia. Na véspera do furto, o mesmo ocorreu. Na terceira falha
técnica seguida, eles já não se esforçaram tanto para conferir o ocorrido e,
nesse momento, o ladrão levou o quadro.
- Foram espertos. – Neal disse. Alex
sempre foi ótima no que fez.
- Foi esperto. No singular. – Sara
corrigiu.
- Como sabe que agiu sozinho? – Neal
pensava que não era um bom momento para Sara ser brilhante.
- Porque ele cometeu um erro. – Sara
pegou um envelope. – Há três quadras do museu há um banco. Ele é cercado por
câmeras de segurança. Apenas para ter certeza de que não deixei passar nada,
solicitei as gravações externas. E encontrei isso: ele entrou e saiu pelo
telhado.
Neal amaldiçoou a tecnologia e
também a ganância impensada de Alex. Esse tipo de roubo não podia ser feito
assim, tão rapidamente e sem parceiros. Se estivessem em grupo, como no
passado, ele a ajudaria a fugir. E Mozzie teria feito uma varredura para ter
certeza de que não havia nenhuma câmera filmando. A sorte era que eles pensavam
que se tratava de um homem.
- Espere! – Peter gritou. – Você tem
essas fotos no digital?
Claro que Sara tinha. Ela lhe
entregou um pendrive e Peter repassou para Jones.
- Coloque no monitor e aproxime até
o nosso gatuno. Quero conferir uma coisa. – O tom de Peter indicou a Rachel que
Peter estava tendo ideias. Por ela, entregava Alex naquele momento, mas
respeitaria a vontade de Neal. Eles foram parceiros e seria contra a ética das
ruas. Nunca se entregava um parceiro à polícia.
Quando Jones tinha as imagens
prontas, Peter abriu para a equipe o que estava pensando.
- Qual foi a temperatura mínima que
fez nas ultimas semanas?
- Uns 20 ou 23 graus nas madrugadas.
Temos tido dias quentes. – Diana respondeu.
- Sim...então porque nosso ladrão
está usando um casaco de capuz? Eu aposto que está escondendo os cabelos
longos. Além disso...ou se trata de um homem pequeno e magro...ou estamos
lidando com uma ladra.
- Isso! – Sara comemorou! – Por isso
recorri a vocês. Peter, a sua equipe é a melhor! Isso diminui muito as
possibilidades. Agora vamos ver nossos suspeitos.
Não demorou muito para Peter se
lembrar de Alex. Ela estava na cidade, no mínimo, desde o final de semana em
que foram a comemoração de seis meses de George. Algo lhe dizia que Alex não
viajou apenas para isso.
Sabendo, no entanto, que Sara não
pararia se tivesse um nome, Peter resolveu conversar primeiro com Neal. Iria
perguntar claramente se ele sabia disso. Confiava que Neal não tinha roubado.
Afinal, parecia que agora ele descobria o que fez Alex roubar George de uma
forma tão estranha. Foi uma vingança.
Porém, não teve a chance de fazer
isso. Foram novamente interrompidos na sala de reunião. Dessa vez porque George
voltara a chorar. E o agente estava assustado.
- Ele está quente. – Afirmou o rapaz.
– Acho que quente demais.
Neal e Rachel saíram da sala e foram
encontrar o filho. Do segundo andar, Sara, Peter, Jones e Diana logo os viram
deixar o FBI. Rachel carregava o filho enquanto Neal falava rapidamente ao
celular. Estavam nervosos.
- Droga! Voltem aqui! – Peter
gritou.
Ambos ouviram...e entraram no
elevador ignorando o chamado do chefe. Iam levar George ao pediatra. Ninguém os
impediria disso.
- Eles são pais agora, Peter. Não
adianta. – Diana lembrou e todos ali reconheceram.
O bem estar de George vinha antes de
qualquer quadro. Mesmo de um Picasso.
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