Arisco foi o nome dado ao cavalo.
Era muito pertinente seja porque realmente parecia um animal agitado, mas
também por conta do comprador e de sua dona. Naquela fazenda ninguém parecia
facilmente domável. Já faziam dois dias da visita do Padre e de Jacob. Brigaram
muito, mas dessa vez a discussão não terminou em uma sessão de sadomasoquismo.
Não houveram algemas, cordas nem palmadas. Na verdade, não houve mais sexo. E
isso colaborava e muito com a tensão que pairava no ar.
- Carlisle...me faça um favor? – Ana pediu ao
encontrar o administrador do lugar.
- É claro, Senhora.
- Peça para selarem o Arisco e o
cavalo do senhor Grey. Nós vamos sair.
- Sim, Senhora.
Já há vários dias avisa que gostaria
de conhecer a cidade e ele a vinha enrolando. Hoje, finalmente, tinha dito que
era para ela aguardá-lo. Quem sabe um passeio a dois não melhorava o humor de
seu turrão marido?
- Anastásiaaaaaa. – Ele chegou a
casa gritando. – Onde você está?
- Aqui no meu quarto. – Gritou mas ele já vinha entrando. – O que
foi? Não precisa gritar.
- Quem mandou você dar ordens aos
meus homens? E quem disse que eu vou sair?
- Você disse que sairia comigo hoje.
Nós vamos a cidade.
- Não! Eu disse para você não sair
antes de eu chegar.
Era muita ignorância dentro de um brutamontes
só!
- E por que eu esperaria você se não
fosse para irmos juntos!?!?!
- Por que eu mandei e você tem que
me obedecer.
- É pra rir agora ou daqui a pouco?
– Disse encarando-o
Ser desafiado era algo com o que
Christian nunca soube lidar muito bem. Aliás...só recebera ordens de uma mulher
em toda a vida. E não era algo que deseja relembrar.
- Você pensa que se manda? Não
Anastásia...você é minha e faz o que eu mando. Será que você não vê que aqui as
mulheres obedecem aos maridos?
- E será que você, Christian Grey,
não percebeu que eu não aceito isso? E se quer saber? Você é um imbecil
completo se pensa que eu vou dizer amém a tudo que me diz. Não! Não e Não! Será
que do alto da sua burrice você consegue entender, querido marido?
Ana não sabia, mas Kate ouvia a
briga completamente apavorada. Sabia que Grey tinha momentos de descontrole,
era nervoso e gostava de dar ordens. Podia ser violento...mas Ana sempre
garantia que ele não seria capaz de machucá-la de verdade.
- Você não vai sair Anastásia.
- Vou...e nesse exata minuto! – Saiu
do quarto descendo as escadas em direção a sala.
Quando menos esperava ele a puxou e
colocou no ombro como se não passasse de um saco de batatas.
- Me larga Grey!
- Você passou de todos os limites
Anastásia...acho que precisa de um lembrete do nosso contrato.
Ele entrou no quarto de jogos com
ela. Largou-a sobre a cama sem nenhuma delicadeza e andou até a parede onde
ficavam as varas.
- Eu vou te ensinar o que significam
as palavras castigo e obediência. – Estava tomado pela raiva.
Ana sabia que tinha duas opções.
Correr como um animal acuado e acabar apanhando, o que nessa situação
resultaria no divórcio, ou, enfrentar Grey e lutar pouco que restava daquela
reação. Ergueu-se da cama e foi até ele.
- Eu não quero apanhar! – Disse
olhando em seus olhos e vendo-o fraquejar em seus planos. Ele já podia ter
ferido muitas mulheres, mas nenhuma com essa raiva toda e, jamais, sem a
aceitação delas.
- Você merece ser castigada!
‘É
tudo ou nada’. – Ana pensava.
- Quer saber Grey?! Larga esse troço
e, se quer tanto me surrar, bate com o punho mesmo! Não é isso que quer? Me ferir?
Então ferre de verdade?! Não te esconde por trás de um...prazer, por trás de
sexo...coisa que, pelo jeito você nem gosta tanto assim.
- Anas...
- Bate! Vem! Mas bate de verdade!
Bate pra valer. Aproveita a chance que vai ser única. Porque quando eu me
recuperar...eu vou embora e você nunca mais vai ter a chance!
Ele ficou em choque pela força que
via em Ana. Ela o desafiava de um modo estarrecedor. E chocante! Nunca machucou
uma mulher gravemente...mas ela parecia realmente achar que ele iria esmurrá-la.
Largou a vara e sentou-se na cama.
- Se resolveu deixar meu castigo pra
outra hora...acho que vou fazer minha cavalgada. Sozinha!
Rapidamente Christian saiu da cama e
puxou-a para seus braços.
- Tudo bem...não vou te bater. Mas
você merece um castigo. – Rasgou-lhe a camisa mordendo o colo e os seios. – Se
não posso te surrar...ao menos vou te comer como gosto. Com força!
- É...acho que isso é uma boa razão
para eu não ir cavalgar. – Que ficasse bem claro que ela não ia porque não
queria.
-
Mas isso é para o meu prazer Ana. Você está sendo castigada!
- Ahaaa...claro. – Levou uma
palmada...e gostou. – E como pretende me impedir de sentir prazer?
- Não quero que você goze. Lembra do
nossa jogo das cartas?
Era inesquecível...a ideia de estar nas
mãos dele a inebriava. Mas era arriscado.
- Então...se gozar você terá que
tirar outra carta. Não sei que tipo de tortura, castigo ou surra sairá de lá. E
eu vou te obrigar a cumprir.
- Mas...
- Sem mas. Agora eu quero é comer
você...e gozar fundo. Só eu. Vou te enlouquecer e te castigar ao mesmo tempo.
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