Na pista de
dança, juntinhos como se nada tivesse ocorrido. Nenhum dos dois estava disposto
a permitir que nada estragasse aquele momento. Mas tocar no assunto foi
inevitável.
- Será que pode
me dizer o que se passou naquele banheiro? – Christian sussurrou ao ouvido de
Ana enquanto bailavam agarradinhos.
- Ela estava com
as crianças.
- O que?!?! –
Perguntou estarrecido e arrependido de não ter ele mesmo dado uma lição na
loira.
- Calma. Não
chegou a machucá-las, mas eu entrei no quarto e a vi com minha menina nos
braços. Disse que eu podia ir embora que ela ficaria com você e as crianças.
- Elena perdeu
completamente a noção do ridículo. Você é que me mantém vivo. – Com essa
declaração Ana relaxou.
- Graças a
Charlote nada pior ocorreu. – Ela parou para rir. – Nossa gatinha cravou as
garras nela e eu conseguir tomar nossa menina de seus braços.
- Se isso for
verdade, Senhora Grey, Charlote terá todos os mimos que desejar por cada minuto
de suas sete vidas. Nunca me perdoaria se algo ocorresse com minhas meninas. –
Um beijo apaixonado cela a afirmação. – O que me lembra que você não me chamou.
Por que?
Ana pensou no que
seria mais favorável de responder. A
verdade o deixaria irritado...afinal o 50 tons tinha uma tendência à irritação,
mas ele tinha de entender que ela precisava resolver aquela questão ao seu
modo.
- Eu a odeio Grey...com todas as
minhas forças. Ela fez muito mal a você, a sua família, a mim e aos nossos
filhos. Quando participou do meu sequestro eu a avisei de que jamais chegasse
perto de nossos filhos. Ela fez justamente o contrário. Ela ameaçou Phoebe!
Teddy dormia inocentemente ao lado. Não! Eu cheguei ao meu limite! Assim como
você fez com Jack.
- E eu cheguei muito perto de ir
para a cadeia por conta daqueles tiros. Você acompanhou todo o processo, todas
as audiências que tive de comparecer.
- Eu não matei Elena! Apenas lhe
deixei claro que não sou tão indefesa quanto ela pensa!
- Não, não é. Ao contrário.
Ficara chocado ao ver o estado
de Elena. Seu rosto estava destruído. Jamais pensou que Anastásia fosse capaz
de tamanha violência, mesmo justificada. Mas não sentia pena da ex dominadora.
Ela teve todas as chances de sumir da vida deles e preferiu ficar e causar
problemas.
Dois dias
depois...
Na mesa de café da manhã todas
as atenções eram para as crianças. Ana embalava a bebê que acabara de mamar
enquanto Christian se esforçava para fazer Teddy comer todo seu desjejum.
- Paieeeee eu quero chegar na
escola de garupa com você!
- Tá garotão. Papai leva...é só
você parar de manha e comer.
Ana adorava curtir essas manhãs
em família. A cerimônia de casamento seria em mais algumas semanas e ela já
estava voltando ao trabalho na editora, além da corrida contra a balança para
estar perfeita no casamento. Malhava muito e seguia uma dieta rigorosa.
- Phoebe...não dorme filha. –
Christian disse para a menina ainda no colo da mãe. – Papai quer te dar um
beijo antes de levar o maninho pra escola. Princesa do pai.
- Pega ela amor. Eu quero ver
uma coisa no tablet. Já leu os jornais? – Perguntou ao marido.
- Ainda não. Com essas pestinhas
eu nem ligo para os jornais. – Brincou embalando a bebê e bagunçando o cabelo
do filho. – Não esqueça de se alimentar, Ana. Você está aleitando. Precisa de
um café reforçado.
Ela nem respondeu. Se dependesse
de Grey não teria perdido nenhum grama desde o parto. Já no tablet enquanto
bebericava suco de laranja, olhou alguns e-mails, passou rapidamente por suas
redes sociais e abriu a página de seu jornal favorito e se espantou ao ver a manchete:
- Christian! Leia isso:
Socialite
deixa o país com medo da violência!
Elena
Lincoln, socialite e empresária do setor de beleza nos concedeu entrevista
exclusiva para contar que está deixando o país após viver uma experiência
traumática. Ela foi atacada por dupla de assaltantes em plena avenida movimentada
e permanece com o rosto muito ferido. “Não posso mais viver aqui. Vou para
Europa”, disse ela se dizendo traumatizada. Elena é sócia e amiga pessoal do
magnata Christian Grey que logo trocará alianças (mais uma vez, por sinal) com
Anastásia Steel, colaboradora de uma de suas empresas , com quem já foi casado
e tem dois filhos. Questionada quanto a se irá aguardar a cerimônia para só
então viajar, Elena foi categórica: “Infelizmente não será possível. Mas minha relação
com Christian é muito antiga, há laços muito firmes entre nós. Não é uma
cerimônia de casamento que nos afastará”, finaliza.
A matéria
trazia até foto:
-
Desgraçada! Aquela frase dúbia dela sairá caro. Eu garanto Ana! Não estrague
seu dia por causa disso. – Como Elena podia insinuar que o casamento não os
impediria de manter uma relação?
- Meu dia está ótimo! – Ela o
beijou. – Que se suma pela Europa e nos deixe ser feliz. Além disso...é ótimo
saber que eu valho por DOIS assaltantes.
- Você é um perigo, Ana. – Disse
ele.
Algum tempo depois...
Chega o grande dia. Toda a
família mal se continha de tanta felicidade. Teddy fora arrumado elegantemente
em terno e gravata. Ele teria a importante missão de entrar, junto com o avô,
na igreja conduzindo Ana até o altar. Phoebe já seria uma atração da noite
apenas pela fofura, mas ainda ganhou um vestido de festa com aplicação de
flores.
Como a
cerimônia não seria realizada na igreja, Ana optou por um vestido muito mais
sensual do que o utilizado na primeira vez que se casou. Esse combinava muito
mais com a Ana segura e dona de si que há alguns anos.
Ainda precisava ver se agradaria
Christian, mas sabia que independente do modelo ele estaria aguardando por ela
ansiosamente, desejando dizer o SIM que os uniria ainda mais.
E assim foi. Grey estava nervoso. Arrumava e desarrumava a gravata
conforme os minutos passava. Até que a viu. Linda! A mais bela de todas, a dona
de sua vida, de seus sentimentos e seus desejos. Uma lágrima silenciosa rolou
por seu rosto.
- Acho bom você cuidar MUITO bem dela, Grey! – Seu sogro disse. – Não estou
afim de usar essa gravata num terceiro casamento.
- Pai!
- Também não está nos meus planos, Senhor Steel. Não permitirei que Ana
peça o divórcio uma segunda vez.
Após ouvirem todos os proclamas e fazerem as juras, trocaram largas
alianças que continham o nome um do outro. Durante a festa os noivinhos do bolo fizeram
sucesso. Foi um presente de Kate.
- A noite vai ser boa hemmmm maninho! – Gritou Elliot.
- Você nem imagina! – Respondeu Grey puxando Ana para a valsa dos
noivos, que não foi uma valsa exatamente, mas sim um tango sensual e
apaixonado. Não era uma dança, era o início do que só terminaria na suíte de núpcias.
E eles não esperariam muito.
- Senhora Grey, você está me
matando. Espero que não tenha nenhum apego a esse vestido...vou rasgá-lo
todinho. – Disse mordiscando seu pescoço.
- Comporte-se, meu marido, estamos com os convidados.
- Vamos nos despedir? – Era um convite irresistível.
Já no quarto Christian lhe entregou uma caixa.
- Um presente digno dessa deusa
sensual que está a minha frente.
Ela abriu e se surpreendeu.
- Algemas? Meu marido está me dando algemas como presente de casamento?
– Era estranho...ele nunca mais havia lhe amarrado desde o sequestro.
- Não se apavore antes da hora, Ana. – Ele tira os sapatos e deita na
cama erguendo os braços. – Você é quem terá as chaves. Elas são a prova de que
eu sou seu.
Ela sorrio.
- Então hoje você é todo meu...para eu fazer o que desejar?
- Hoje? Não. Sempre. Eu sou seu até o fim dos meus dias. Você já domina
minha vida e os pensamentos, agora estou te autorizando a dominar a nossa cama
Ana sobe em seu peito e o prende a cama. O presente combinava muito com
o que ela preparou para ele. Mas não entregaria agora.
- Ok, então. Eu ia lhe entregar o seu presente agora, mas vou esperar.
Vamos ver se você irá merecê-lo.
- Aaaa baby...eu farei o possível para isso. – Ele a abraçou com as
pernas. – Vem aqui...me beija e tira tudo.
- A não, já que você está amarradinho aí...eu pretendo aproveitar a
noite. Quem sabe uma música? Aaaa sim, essa está boa. Gostou?
- Muito, Ana. Ficará melhor se você dançar pra mim...nua. Vai, minha
Deusa.
E ela dançou, muito. Sobre ele, rebolando e enlouquecendo-o, sentindo-o
ficar apertado dentro das calças. Mas quem foi ficando nú foi ele. Abriu a
camisa, puxou o cinto, tirou as meias e puxou-lhe a calça e a cueca de um só
puxão. Lá estava ele, lindo, duro e vulnerável a qualquer desejo seu. Poderia
fazer tudo ou nada e ele seria obrigado
a aceitar.
- Já chega Ana! Vem....vem meu amor. Quero ver você...já faz muito tempo
que não te toco. Tenha piedade.
- Mas como eu abrirei o fecho do vestido? – Perguntou inocentemente.
- Abra as algemas e eu resolvo isso!
- Aaaa não. Você terá que fazer isso sem as mãos Senhor Grey. – Ela se
virou de costas e ele passou a tentar abrir com os dentes. – Será que consegue?
Ele não descansou enquanto não abriu a roupa a dentadas. Só então ela
passou a tirar a lingerie.
Quando finalmente ela ficou nua, ele não entendi como era possível
estar tão perfeita poucos meses após dar a luz. Estava completamente estarrecido
e entregue a esposa. Acho que finalmente ela lhe traria o gozo final, mas não.
Ela resolveu provocá-lo com a boca. Carícia que ele sabia ela não tinha vontade
de fazer desde o sequestro já que Jack a obrigou a praticar sexo oral.
- Você não precisa, Ana. Eu não preciso disso. – Ela o estava levando a
loucura.
- Eu preciso, Chris, eu preciso deixar o passado no passado. – Disse abocanhando
o membro e raspando os dentes sobre ele.
- AAAAaa para Ana uauaa, eu vou gozar na sua boca e eu não quero.
- Então seja um bom menino e não goze antes da hora. – Ela estava
gostando de brincar de dominar.
Continuou provocando-o com beijos, lambidas e mordidas até que
realmente percebeu que ele estava prestes a ejacular e o permitiu a penetração.
- Cavalga Ana. Vai, mais rápido. Aaaa isso...vai aaaaaaaaaaaaaaaaaa.
Gozaram juntos e fortemente, permanecendo abraçados até que a
respiração voltou ao normal e Ana soltou as algemas.
- Por Deus Ana...eu perdi demais nesses anos. Você é uma ótima
dominatrix.
Ela riu.
- Não me quer mais como submissa?
- Eu quero você de todas as formas.
- Ainda bem. Porque chegou a hora de eu entregar o seu presente de
casamento.
Era um envelope com papéis e uma caneta dentro. Christian levou um
tempo para entender do que se tratava. Quando leu ficou emocionado pelo que
aquilo representava.
- É o contrato que te propus há anos. – Ele olhou a última página. –
Você assinou. Você aceitou ser minha submissa.
Ambos sabiam que aquilo não era
legal, era apenas simbólico. Mas representava a entrega dos dois aquela
relação, hoje muito madura.
- Falta meu dominador assinar!
Ele o fez:
Christian
Grey
Papéis
assinados e novamente guardados no envelope. Eles eram importantes? Não! Mais
valia a confiança e a relação deles, já com duas lindas crianças como frutos.
-
Eu posso te dominar ou ser dominada, Christian. Não importa! Só me interessa
que eu seja sua e você seja meu até ficarmos bem velhinhos porque eu não
saberia viver sem você. Eu te amo, meu 50 Tons.
-
E eu te amo, Senhora Grey.
FIM
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