Ana
sorria sozinha olhando para o álbum do fotos de quando estava grávida.
Christian estava no topo da felicidade. Não conseguia se conter e passava o
tempo todo beijando e tocando sua barriga.
- Olha a mamãe, filha...não para de
babar nas fotos. – Disse ele entrando no quarto depois de trocar a fralda de
Phoebe.
- É o que me resta já que a minha
princesa só quer saber do papai.
- Que nada mamãe. Agora tudo que eu
quero é um mama quentinho.
Ele ficou observando-a dar o peito e
conversar baixinho com a pequenina. Já quase três semanas de vida e tendo saído
de casa apenas para ir ao pediatra, hoje Phoebe fará seu primeiro passeio.
Iriam na casa dos vovôs Grey.
- Minha mãe já ligou três vezes.
Quer saber porque estamos demorando tanto.
- Não se engane Christian..não é
você que Grace quer, é a netinha dela. Agora todos só tem olhos para nossa
princesa. Vamos nos arrumar parra ver a vovó?
E foi bem assim. Na casa dos pais de
Christian, Phoebe ganhou todas as atenções.
- Vem com o vovô vem...menina linda
do vô. – Carrrick balançava a neta como que se lembrando de quando Mia chegou
para eles.
Só um assunto fez os Grey ficarem
tristes. Ana e Christian tinham decidido se casar novamente, mas, dessa vez, a
festa não seria realizada na casa deles.
- Por mim nem precisava de festa. –
Disse.
- Claro que precisa, amor. Quero que
todos no país saibam que você é minha mulher novamente.
- Mas por que não aqui. Foi tão
lindo da outra vez. – Grace não se conformava.
- Foi perfeito mãe. Por isso, não
quero copiar. É outro casamento, não o mesmo. Estou decidido a fazer em um
hotel. Como Phoebe é muito jovem, não poderemos ter lua de mel, mas achamos que
vocês podem ficar naquela noite com as crianças e eu e Ana teremos a noite de
núpcias no hotel mesmo. Que acham?
- Ela ficará conosco? – Seu sogro
perguntou.
- Sim. Eu tirarei o leite e vocês
nos ligam caso algo ocorra. Eu e Christian temos certeza que ela estará nas
melhores mãos. E Teddy está acostumado a ficar com vocês.
- Ouuu Ana, obrigada. É claro que nós
ficaremos com eles.
Pronto! Isso acalmou os Grey.
Agora era tratar dos preparativos.
- Amor...vamos esperar mais uns
três meses...por favor.
- Não Ana, nem pensar. – Ele foi
categórico.
- Mas...aí eu não precisaria
correr tanto para recuperar a minha forma.
- Você está linda do jeito que
está, Ana. E eu quero que seja minha esposa o quanto antes.
Era muito bom ouvir seu marido
dizer que estava linda, mas simplesmente não era verdade. Ainda estava uns seis
quilos acima do peso, isso sendo otimista. Tinha muitos abdominais pra fazer
antes de poder colocar um biquine e suas roupas viviam manchadas de leite. Não
estava muito sexy.
- Dois meses então?! - A expressão dele não era muito
favorável. – Christian eu não quero
casar ainda no resguardo.
Esse era um argumento eficaz.
- Está bem! Mais dois meses e
você voltará a ser a Senhora Grey, minha esposa, mãe dos meus filhos e dona do
meu universo.
Os preparativos deram muito
trabalho. Seria um festão! Dessa vez Christian não queria apenas amigos e
parentes. Não! Era um acontecimento. E isso tudo a estava deixando nervosa.
Talvez não fosse só isso, mas também o fato de estar sem sexo...algo que ela e
Grey sempre usaram como um modo de extravasar qualquer energia.
Depois que se recuperou do sequestro
e, aos poucos, foi recuperando do trauma e voltando a ter uma rotina sexual, logo eles voltaram ao
quarto-vermelho-do-PRAZER . Na primeira vez Grey estava apreensivo, com medo de
amará-la e trazer lembranças ruins. Mas não...aquele lugar lhe trazia boas
lembranças e seus sussurros a lembravam quem era o seu parceiro.
- Tem certeza que você que você
quer, Ana?
- Sim, tenho certa.
Só teve uma coisa que não
conseguiu fazer. Algo que sempre fez, desde seu ‘treinamento básico’, quando
Christian ainda a queria apenas como sua submissa tantos anos atrás. A ideia de
lhe dar prazer com sua boca e deixá-lo gozar ali, ainda era assustadora. Tinha
medo de voltar ao cativeiro e sentir tudo de ruim que teve com Jack.
- Calma...você não precisa fazer
nada que não queira. – Ele disse. – Nós temos tantas outras coisas pra fazer.
- Eu te amo, Senhor Grey.
- Eu também.
A um mês do casamento, estavam
prontos para a festa de noivado. Sim, Christian fez questão de uma grande festa
de noivado. Ocorreria na casa deles, com
cardápio elegante e os vinhos mais finos encomendados de um famoso restaurante.
Assim os empregados da casa pouco trabalho teriam.
Já bem mais recuperada da gravidez usou um vestido estratégico para
esconder o que ainda não estava perfeito e mostrar o que era belo. Azul para
combinar com seus olhos, de decote reservado para disfarçar o busto inchado de
leite e um laço na cintura que deixava escondidinhas as gordurinhas que
restaram. Estava perfeita.
Só estava
preocupada com as crianças.
- Calma Ana. – Kate disse. – Eu
mesma contratei o serviço de babá. São duas e estão com Teddy, Ava e Phoebe.
- Ok, então. Estou sendo uma mãe
boba, apenas isso.
Seus amigos e parentes viram
Grey lhe presentear com outro anel belíssimo e lhe dar uma linda dedicatória.
“Estou feliz por tê-los aqui
vendo meu noivado com Anastásia. Ela já se casou comigo uma vez e vai casar
novamente. Vejam vocês o desgraçado sortudo que eu sou. Anastásia me disse SIM
duas vezes. Dessa vez eu não a deixarei esquecer que me ama nunca mais. Vou
lembrá-la a cada dia. Obrigada, Ana”.
Aplausos, brindes, danças...e o
coração de Ana não parava de palpitar. Precisava de seus filhos.
- Amor, aquele executivo ali
está me chamando. Você se importa se eu for falar com ele. É rápido. – Chris
disse.
- É claro que não. Eu vou ver as
crianças.
- Está bem. Te espero aqui em
alguns minutos pra nós dançarmos mais.
- Ok, eu já venho.
Quando estava no pé da escada
Ana estanhou mais uma coisa. A gatinha Charlote miava nervosamente no segundo
andar. O que a estava deixando nervosa? Talvez fosse a música.
- O que houve Charlote?
Como se entendendo o que
ocorria, Charlote saiu andando até a porta do quarto onde as bebas cuidavam das
crianças. É como se Charlote a mandasse abrir a porta. O fez e levou um dos
maiores sustos de sua vida. Teddy e Ava dormiam tranquilamente enquanto Elena,
vestida com roupas típicas de quem cuida de criança embalava Phoebe.
- Sua desgraçada! O que faz
aqui?!!?!? Saia de perto dos meus filhos!
- Você tinha que aparecer, não é? Para estragar,
como sempre. – Ela parecia ainda mais louca. – Saia você...me deixe. Mande
Christian vir aqui. Quero que ele me veja com a pequena Phoebe...ele verá que
eu sou muito melhor que você.
- Seu demônio!
- Não ligue para essa louca
Phoebe...você ficará comigo e com o papai. – Helena passou fortemente a unha
vermelha na pele delicada da menina que começou a chorar. – Cale a boca
pirralha.
- PARE! Vai machucar minha
filha. – Ana não sabia se avançava ou se esperava Christian aparecer. Tinha
medo de Elena jogar a menina no chão.
- É chata feito a mãe. – Fora de
si passou a sacolejar a criança fortemente. Ela só chorava mais. – Se aproxime
de mim e eu jogo ela pela janela. Cale a boca criança chata! Você não vai ficar
feliz brincando de casinha com a meu homem enquanto eu estou sozinha. Não vai.
Elena não tirava os olhos de
mim. Qualquer passo poderia ser fatal. E eu teria que resolver sozinha, afinal,
com a música, ninguém ouviria os gritos. Vi quando Charlote também entrou
discretamente no quarto e passou com a elegância típica dos gatos. Elena nem
percebeu. Apenas gritou quando sentiu as garras de Charlote se cravarem em suas
pernas.
- Aiiii saia gata dos infernos!
Eu acabo com suas sete vidas agora mesmo! – Disse ela tentando chutar a gatinha
acinzentada.
Foi a chance que precisava. Ela
se desconcentrou e arranquei minha filha dos braços da monstra, empurrando-a
contra uma parede. Antes dela levantar apertei o botão do celular que chamava
Taylor. Ele logo chegou e rendeu Elena.
- Eu vou chamar o Senhor Grey,
dona Ana. – Disse o homem já se culpando
por ela ter conseguido entrar.
- Não, não vai.
- O que? – Ele se surpreendeu.
- Você vai trancá-la no banheiro
e pedir para Gail vir cuidar das crianças. É uma ordem Taylor.
Fui rapidamente ao nosso quarto
e busquei uma algema que costumamos usar nas brincadeirinhas. Dessa vez Elena
não sairia ilesa.
- Senhora Grey eu realmente não
acho que é boa ideia. Quando posso chamar o senhor Grey?
Pensei por
um momento.
- Taylor, chame seu patrão assim
que Elena parar de gritar.
Entrei no quarto e aproveitei
que ela não imaginava o que eu faria e algemei suas mãos a barra de segurança
da nossa banheira. Era bem baixo e ela ficou deitada. Sentou-se sobre o peito
dela.
- Você perdeu a noção do perigo,
Anastásia? Me solte!
- Você perdeu! Eu alertei para
não chegar perto dos meus filhos e você entrou na minha casa. Agora você vai
aprender que eu não brinco, Elena. – !SPLAFT!
O primeiro tapa estalou do lado esquerdo do rosto, seguido por outro no
direito. – Agora você vai apanhar de verdade! – !SPLAFT! !SPLAFT!
Mais dois!
- PARA! –
Berrava a loura.
!SPLAFT! !SPLAFT!
!SPLAFT! !SPLAFT! !SPLAFT!
!SPLAFT! !SPLAFT! !SPLAFT!
!SPLAFT! !SPLAFT! !SPLAFT!
!SPLAFT! !SPLAFT! !SPLAFT!
!SPLAFT! !SPLAFT! !SPLAFT!
!SPLAFT!
Sentiu o anel que Christian acabara de colocar em
seu dedo rasgar a pele da outra. Estava descarregando o ódio de tantos anos.
!SPLAFT! !SPLAFT!
!SPLAFT! !SPLAFT!
- Sua desgraçada, aproveitadora
de crianças, falsa! Você não vale nada sua vagabunda. Eu vou te ensinar a não
tocar no filho dos outros.
!SPLAFT! !SPLAFT!
!SPLAFT! !SPLAFT! !SPLAFT!
!SPLAFT! !SPLAFT! !SPLAFT!
!SPLAFT! !SPLAFT! !SPLAFT!
!SPLAFT! !SPLAFT! !SPLAFT!
!SPLAFT! !SPLAFT! !SPLAFT!
!SPLAFT!
(Quem quiser
‘VER’ a cena, a partir do 2.19 minuto até o 4:30 tem uma mais ou menos assim.
Só desconsiderem as falas e as roupas)
Quando percebeu estava exausta. Se
levantou sabendo que logo Christian estaria ali e teria que se explicar para
ele.
Quando
chegou ao banheiro, alertado por Taylor, Grey viu Elena com o rosto destruído
e Ana lavando as mãos calmamente na pia.
Pelo reflexo no espelho eles se olharam. Ele na hora percebeu que algo grave
ocorreu ali.
- Veja Chris...veja o que essa
demente fez comigo. Me solte Chris. – Ela chorava como se fosse um anjo.
- Cuidado com o que você vai
falar Christian. – Foi só o que disse.
Para sua surpresa, seu marido
disse apenas uma frase.
- Espero que você não tenha
ferido suas mãos, Senhora Grey, porque a nossa festa de noivado está apenas
começando.
- Christian você não vai me ajudar?!
– Elena reclamou.
- Taylor? Eu não sei como essa
senhora entrou aqui, mas, por favor, livre-se dela. E lembre-a que invasão de
privacidade é crime. Isso vale para minha casa e para todos os salões de
beleza, que são de minha propriedade.
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