Sabe
aquele livro que você começa desconfiado? Achando que não vai gostar tanto
assim? Foi dessa forma que eu iniciei Divergente. O filme é legal, mas eu
sempre pensava ‘já passei da fase do livro juvenil’. Mas num impulso comprei o
livro. Agradeço o impulso.
Divergente é muito bom. Tem
qualidades que o levam a ser bacana mesmo para alguém que não mais está no público
alvo. Em primeiro lugar, a autora Verônica Roth conseguiu criar um mundo
futurista e, ainda assim, real. Todos os medos atuais, a divisão da nossa
sociedade está lá. Sob outro ponto de vista. A mocinha, Tris, é forte e mesmo
assim tem suas fraquezas. E, principalmente, ela aprende sozinha. Cai e
levanta. Sem precisar ser carregada como donzela indefesa. Está certo que seu
par, apelidado de Quatro, estaria disposto a carregá-la. Mas ela não precisa.
Ao contrário. Quando ele se enfraquece tem nela o amparo. E, se já não
bastasse, a autora consegue de uma forma muito interessante dosar romance e ação.
O livro não é um romance entre Quatro e Tris. A relação cresce naturalmente,
mas não toma o livro.
Os filmes são bacanas, ok, porém
mais juvenis. O livro se aprofunda nos sentimentos. No desejo que impulsiona
uma ação. E me agradou bem mais. Eu me peguei torcendo por eles. Mesmo assim,
inegável reconhecer que Shailene Woodley e Theo James representaram perfeitamente o que Verônica descreveu. A força contida de Tris e
a raiva disfarçada de Quatro estão lá.
Já estou comprando a sequência, torcendo para seguir no mesmo nível.
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