Bella foi embora sem dizer muita
coisa, talvez porque eu, em completo choque, também não pedi por muitas
informações. Meu Deus! Grávida! Minha Bella está grávida! Meu filhos está à
caminho! Minha mulher terá meu filho! Opsss minha ex terá meu filho. Isso seria
um problema.
Estava de pé, no centro de minha
sala, sozinho e congelado. Não conseguiria me concentrar no trabalho então fui
para casa. Não resisti e liguei para minha mãe.
- Vó? Eu serei vovó? Que notícia
maravilhosa Edward.
- Sim mãe, eu nem consigo acreditar
que é verdade. Pena que meu divórcio já foi oficializado.
- Eieieiei o que isso tem a ver com
seu filho? – Esme perguntou.
- Ora mãe...eu e Bella agora
estaremos para sempre unidos e o lugar de meu filho é comigo então seria muito
mais fácil se...
- Nem termine essa loucura! Filho
não segura casamento e Deus sabe o que faz. Ela engravidou por conseguir ter
tranquilidade longe de você. E nem venha pensar em usar aquele maldito contrato
para pegar a criança! Ouviu bem Edward?!
- Claro mãe. Nem pensei nisso. Não
vou chantagear Bella com o contrato, mas não vou desistir de meu filho. Isso
nunca! Ela nunca quis ser mãe, esse sonho era meu. Porque o bebê tem sempre de
ficar com a mãe se, nesse caso, foi o pai que o amou mesmo antes dele ser
concebido?
- Eu entendo seu pensamento
filho...e o seu amor pelo bebê, mas não faça uma guerra por causa disso. Você
deve essa prova de respeito à Bella.
- Eu não farei guerra mãe, mas vou
lutar por meus direitos por meu filho.
- Ok. Você tem esse direito.
Depois disso eu dei um tempo para a
poeira baixar, para curtir sozinho a alegria de se pai e também ansiosamente
por outro contato de Bella. Infelizmente isso não aconteceu e eu tive entrar em
contato com ela para saber como nosso filho estava.
- Oi Bella, você está bem? – Disse
assim que ela atendeu ao telefone.
- Ahhh oi Edward. Sim, está tudo
dentro do esperado.
- Eu queria conversar com
você...sobre tudo...ver como faremos para eu participar da gravidez e como será
depois que o bebê nascer.
- Eu acho melhor não Edward. – Ela
foi firme.
- Como assim? Eu tenho esse direito
Bella.
- Você...você me faz mal Edward. Eu
não quero ter meu filho perto de você!
- Não pode fazer isso Bella. EU VOU
LUTAR POR MEU FIHO!
POR BELLA:
Desliguei o telefone chorando. Do fundo do coração
não desejava nenhum mal a Edward, não queria vê-lo sofrer, mas não vou aceitar
que me tome meu filho e, se ele participar da minha gravidez, certamente irá
querer meu bebê. Então fui dura. Ele não vai participar além do básico. Contei
que estava grávida apenas por uma obrigação e por sentir que era o junto, mas
parava por aqui.
Algum tempo depois...
Hoje eu completava três meses de gravidez, segundo a
estimativa da data de concepção que estimada pelos médicos. E eu acho que eles
estavam certos. Engravidei na fazenda, nas muitas manhãs, tardes e noites de
paixão que vivi com Edward. Só eu sabia como era triste não contar com ele na
espera de nosso bebê, mas assim era melhor.
Minha barriga já apontava, talvez por eu estar muito
magra. Perdi alguns quilos por todos os problemas pelos quais passei e também
pelos enjoos fortíssimos que sentia. Como seria bom ter Edward ao meu lado para
ajudar na superação desses problemas, mas o preço seria alto demais.
- Bom dia amiga. – Alice entrou no quarto trazendo
uma xícara de chá, como fazia em todas as manhãs.
- Obrigada Ali. – Bebi o líquido quente a fim de
acalmar meu estômago. – Não aguento mais vomitar.
- Estou preocupada com você Bella. Acho que não vou
para Boston nesse final de semana.
- Nem pensar Alice! – Não podia atrapalhar a vida de
minha amiga. – Vá passar o final de semana com Jasper, se divirta. Eu vou ficar
bem. Enjoada, mas bem.
- E vou pensar Bella, vou pensar.
O amor de Alice e Jasper começou lentamente e da
forma mais imprevisível. Ele não gostava de comentar, mas foi atrás de minha
amiga para se certificar que ela não me encontraria quando fui levada por ED.
Mas a vida é sábia e Jasper se apaixonou assim que pôs os olhos sobre minha
pequena amiga. E ela? Bom...Alice não tem olhos para outro homem. Pena que eram
obrigados a viver em cidades diferentes. Por isso seria um crime se, por minha
causa, Alice fosse obrigada a não ir visitar seu amado. Eles mereciam um final
de semana romântico.
Não era um final de semana feliz, a solidão me
deixava triste e os enjoos machucavam meu corpo. Alice deixou mil conselhos:
- Não esqueça Isabella: precisa comer, mesmo que não
tenha fome! – Ela disse antes de sair.
Mas eu não consegui, nada passava por minha
garganta. Não tomei café na manhã de sábado, apenas consegui forçar duas
colheres de sopa no almoço e não jantei. Alice me telefonou durante a noite e
eu, para não assustá-la, nada disse. A noite foi difícil, tive pesadelos e, ao
acordar, uma enorme fraqueza tomou conta de meu corpo. Não tirei o pijama e
fiquei atirada no sofá assistindo televisão. Não havia nada em meu estômago,
mas isso não era por eu estar melhor e sim por ele estar vazio. Eu não comia há
mais de 12 horas.
Senti minha boca seca e resolvi
levantar para pegar um copo d’água. Senti minhas pernas perderem a força e me
agarrei a um móvel para não cair. Respirei fundo e, por um momento senti medo
por meu filho. Senti medo de passar mal sozinha ali e não ter ninguém para me
prestar socorro. Senti falta de ter alguém com quem contar. Caminhando com
certa dificuldade, zonza pela fraqueza que tomava conta de meu corpo decidi que
precisava ir até a cozinha e força algum alimento em meu corpo, mesmo que
servisse apenas para ter o que vomitar. Era preciso, meu bebê precisa de
alimento. Quando estava a meio caminho, ouvi a campainha tocar. Fiquei feliz.
Não tive medo de abrir a porta, o porteiro não deixaria qualquer um passar
e...eu precisa de alguém. Mentira, disse a mim mesma, você precisa é dele. Seu
filho precisa é do pai.
O destino pareceu concordar comigo e
eu tive uma grande surpresa.
- Edward! – Foi só o que consegui
dizer antes de perder os sentidos.
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