- Calma minha filha! – Charlie lhe
oferecia um copo de água com açúcar. – Me diga o que aconteceu.
- Era a Renée ao telefone. – Há muito
tempo não a chamava de mãe.
- E o que ela disse?
- Não falou nada de especial. Parecia
nervosa. E o Phil estava com ela; Eu ouvi sua risada ao fundo.
- Calma Bella. Talvez ela só estivesse
bêbada e resolveu te atormentar. Vá descansar. Eu estou aguardando algumas
informações do investigador e, talvez, logo possa te oferecer boas notícias.
- Descobriram
coisas do Arthur?
- Calam. Sabe que só te falarei o que
for certo. Insinuações só atrapalham. Fiquei sabendo que você e Edward foram
visitar Carmen. Bella, isso é arriscado. Eu tenho quase certeza que esse Peter
não presta. Não podemos dar pistas pra ele de que descobrimos seu golpe.
- Pai! Eu peguei o Arthur nos meus
braços. Ele é tão lindo, tão perfeito. Eu o quero de volta.
- Eu sei. Mas tenha calma. Estamos
perto de vencer a batalha.
Bella foi repousar e Charlie seguiu
com suas investigações. Na verdade, não tinha a mesma tranquilidade que tentou
passar para ela. Tinha algo estranho no ar. Logo agora que chegavam perto de
Arthur, Renée aparece? Não. Ela foi alertada por algo. Além disso, sabia não se
tratar de uma ligação aleatória como tentou convencer Bella. Se fosse assim,
Renée ligaria para o número antigo deles, não o atual, em Forks. Local onde ela
não deveria saber que Bella e seus irmãos estavam. Alguém avisou Renée. E algo
lhe dizia que esse alguém era Peter.
Na tarde seguinte, Charlie e Carlisle,
que vinham trabalhando juntos nas investigações, reuniram a todos para contar o
que descobriram. Bella e Edward escutaram apreensivos e de mãos dadas.
- Conseguimos comprovar que Peter
estava na cidade onde morávamos, Bella, no final de semana em que você deu a
luz. Mais do que isso, ele esteve no hospital. Deu entrada na emergência com um
mal estar estomacal às 14hs da tarde.
- Eu já estala lá. - Disse Bella.
- Exatamente.
- E quando ele teve alta? – Esme
questionou.
- Não teve. Ele sumiu do hospital.
Deram ‘falta’ do paciente por volta das 16hs30min. Arthur nasceu às 15hs10min.
- Ele internou-se para ficar próximo.
- Isso é a nossa aposta, mas não
temos como provar.
- Então do que me serve essa
informação. – Bella já estava revoltada com tanta espera. Sua vontade era
invadir a casa onde seu bebê estava e tomar posso do que era seu.
- Aí chegamos ao outro lado das
investigações. –Carlisle tirou algo de uma pasta. – Olhe para essa foto e me
digam o que veem.
A imagem mostrava dois homens
sentados em uma mesa de bar. Não bebiam. Sobre a mesa não haviam copos, mas sim
um envelope. Provavelmente cheio de dinheiro. Dinheiro que Peter recebeu para
roubar e dar fim a Arthur.
- Esses são Peter e Phil. – Bela, em
choque, reconheceu os dois pilantras.
- Acho que, se não serve de prova, é
um bom indício para abrirmos um processo. Solicitaremos um exame de DNA em Arthur
e você.
- Eu não quero que ele sofra. – Bela
disse.
- Temo que isso seja inevitável,
Bela. Seu filho será retirado da família onde vive e será levado para um abrigo
público.
- NÃO! Ele tem mãe! Ele tem a mim.
Por que não pode ficar comigo?
- Não até você provar que ele é seu
com o DNA. E precisam avaliar até que ponto Carmen está envolvida. Ela queria
muito um bebê, mas podia ter adotado qualquer um que realmente não tivesse
pais. Mas não. Criou o filho roubado de outra mulher. Por que?
- A polícia irá investigar Bela. –
Edward tentava acalmá-la
___________#____________
Eles chegaram até a polícia federal
para fazer a denúncia. Bela estava nervosa. Tinha o direito de lutar por seu
bebê. Mas sabia que ele sofreria longe de Carmen.
- Bom dia. – O homem jovem e alto a
atendê-los estava sério. – Sou Eleazar. Chefe dessa jurisdição. No que posso
ajudar?
- Eu sou Isabela.
- Muito prazer, Isabela.
- Roubaram o meu bebê. – Ela era
direta e tropeçava nas próprias palavras.
- A senhorita é mãe? É um recém
nascido?
- Não. Meu bebê tem 2 anos. E foi
roubado no hospital.
- Acho melhor a senhorita me contar
toda essa história.
Foi o que Bela fez. De posse da foto
dos dois homens e de informações enviadas pelas outras delegacias por onde o
caso de Bela passou, Eleazar decretou que iria investigar. O primeiro passo
seria uma batida na casa de Carmen. O conselho tutelar iria conferir como o
menino era tratado.
- Ela cuida bem dele. – Bela disse.
- Como sabe? – Eleazar perguntou.
- Ela é parente do meu namorado. Eu
estive com ela e com meu filho. Não acredito que saiba que está criando um bebê
roubado.
- Nós teremos de investigar.
Eleazar saiu em direção a casa de
Carmen e Peter.
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