Gabriela
recebeu de forma eufórica notícias vindas da Rússia. Então Beatriz havia se
curvado às suas vontades e já estava trabalhando. Ela não costumava verificar
de forma tão próxima o andamento dos negócios, apenas gerenciava o esquema à
distância. Nos EUA tinha uma reputação, emprego honesto e reconhecido, além de
todo o conforto proporcionado pelo dinheiro vindo do esquema de tráfico e
prostituição.
Sempre se precaveu. Raríssimas
pessoas envolvidas já a tinham visto. Menos ainda conheciam seu nome. Estava
numa redoma muito conveniente. Lucrava sem precisar se expor. Arriscava-se
apenas quando precisava ou desejava muito algo. E esse era o caso.
- Ela atendeu alguns clientes nos
últimos dias. Yerik foi o primeiro. Não fez grandes elogios, mas pagou bem. Ela
é gostosinha. Vou conseguir bom resultados com ela. – Gregory disse.
- Quantas vezes terei de te dizer
que isso não me importa? Não a quero rendendo, mas sim sofrendo. Muito.
- Pode até ser, mas isso não
significa que eu não posso conseguir as duas coisas. Ela está agradando. É
outro perfil. Não posso impedi-los. Nossa meta é sempre agradar ao cliente.
- Pode até ser. Mas não a quero
atendendo CIOs brasileiros nem americanos, ninguém com quem possa conversar. E
nenhum desse ‘estilo bonzinho’, que vá mimá-la e tratá-la com plumas.
- O que sugere?
- Manda ela pra um daqueles velhos
caquéticos, que nem com horas chupando fica duro. Um operário de mãos ásperas e
hálito fedorento. Algo assim, bem desagradável.
- Esse não é bem o meu perfil de
cliente, Gabriela! Por favor, você sabe! – Gregory estava assustado com o baixo
nível de profissionalismo que a líder demonstrava quando a novata era o
assunto.
- E um sádico, temos? Se tiver, ofereça.
Um que desmonte ela em pancada e a faça entender que não é nada.
- Talvez...vou conferir se há alguém
com essas características. Mas vou cobrar bem.
- Se ele quiser pagar, ok. Não ligo.
– Ela tinha mais ideias e já continuava com seus planos. – Você curte ela?
Parece interessado...
- Não! – Ele negou rapidamente.
- Ora...não seria a primeira.
Preciso lembrá-lo da fila de homens interessados em Samantha? Eu permiti que
você a comprasse e a integrasse aos nossos planos. Agora...acho que pode usar
essa sua simpatia por vagabundas e me agradecer a compreensão que tive com sua
paixonite.
- E qual seria o meio para o
agradecimento.
- Algo que você adorará fazer. Eu
garanto! Comece pensando num meio de despachar sua mulher amanhã à tarde. Você
não irá desejar que ela saiba.
A maior parte dos programas ocorriam
durante a madrugada. Durante o dia as mulheres dormiam e limpavam a boate e os
quartos. A rotina de trabalho braçal agradava algumas e desagradava a outras.
Beatriz jamais se considerou boa dona de casa, mas descobriu que preferia
varrer e limpar o chão a se deitar com homens que não conhecia nem desejava. Há
uma semana naquele lugar, ela concluía gostar bem mais das suas tardes.
Daquela, porém, não gostaria.
Naomi quase assustou-a quando se
aproximou discretamente. A bela oriental que quase não falava era uma mulher
muito discreta. Tinha um ar quase triste, uma magoa nos olhos. Ninguém ali era
plenamente feliz, mas a infelicidade de Naomi era mais fácil de ver. Por isso,
quando ela veio lhe falar no meio do salão da boate Bia estanhou.
- É para você subir. – Ela veio lhe
trazer um recado. – Ordens do Gregory.
- Subir pra onde? Os quartos já
estão limpos.
- Provavelmente ele quer sujar um
deles com você, queridinha. Não percebeu?
O tom de Naomi não a agradou. Não
eram amigas, nem mesmo conhecidas. Ela não era do tipo que se permitia fazer
amizades. E o lugar não ajudava a nutrir amizades. Mesmo assim, havia algo
errado naquele recado. Não era como se ela estivesse debochando ou se
divertindo. Ela parecia simplesmente não entender como ‘a novata’ não
reconhecia qual era a razão do chamado de Gregory.
- Sobe até o último quarto. O
Gregory vai te dizer bem claramente o que ele quer. – Naomi disse. – Vá
tranquila. Nada que você já não tenha feito durante essa semana. Ou quase. Tudo
ficará bem. Só não se esqueça de manter segredo disso para Samantha.
Sem entender claramente, mas já
desconfiando, Beatriz saiu do salão e foi até o quarto. O último, melhor
decorado, mais confortável e mais caro da boate. Ali era feito, normalmente,
apenas um programa por noite. Só homens riquíssimos costumavam ir ali e, nesses
casos, pagavam para ter o quarto só para si pela madrugada toda. O quarto,
mulheres e muita bebida.
Beatriz ficou olhando para a porta
do quarto sabendo que Gregory estava lá e isso só podia representar uma coisa.
A ânsia de vômito cresceu só de imaginar-se realizando o desejo dele. Era muito
pior do que satisfazer um cliente por noite. Naquela semana, fez sexo com um
homem por noite, alguns eram mais delicados e outros brutos, um deles era muito
jovem enquanto os demais estavam na faixa dos 30 anos. Não teve prazer com
nenhum deles, mas, a cada noite, suportou melhor, fingiu melhor e aprendeu a
ignorar a humilhação. Agora eles eram quase como um inconveniente ao qual
precisava se sujeitar para vencer um briga maior, no caso, conseguir sua
liberdade de volta. Mas Gregory não. Porque Gregory não era apenas um cliente.
Ele é o sequestrador e o carcereiro daquela prisão de escravas. Beatriz não
conseguia ignorar quem odiava.
- Vai ficar parada aí ou vai entrar?
– Gregory abriu a porta sem imaginar que ela ali estava.
- O que você quer?
- Entra agora!
- Eu preciso ajudar na limpeza do
salão...não posso...
- Não pode é me desobedecer. Entre
agora nesse quarto. – Gregory estava particularmente irritado e desagradável.
Sem alternativa, Beatriz entrou no
quarto e ouviu Gregory fechar a porta às suas costas. Não fazia sentido
perguntar o que ele desejava, estava explícito. Só a razão era nebulosa. Ele
não a quis logo que chegou, nunca deu sinal que poderia tocá-la de verdade.
Apenas assustou-a. Agora era real. Além disso, havia Samantha. Durante aquela
semana conversou com algumas garotas e todas lhe disseram que ele era
enlouquecidamente apaixonado por ela. Tanto que a tirou da prostituição e
integrou à quadrilha para que não fizesse mais programas com nenhum homem. E
ela é muito ciumenta.
- Sabe, Beatriz, você está há uma
semana conosco. Acho que...está na hora de uma avaliação. Um feedback, por
assim dizer. Alguns dos homens que você atendeu vieram falar comigo.
- Se não sirvo para a função,
devolva-me para o Brasil. – Ela foi ousada o bastante para sugerir.
- Péssima ideia, Beatriz. Nenhuma
garota volta para o seu país. Não com vida.
Era mentira. Ao menos uma tinha
conseguido voltar. Patrícia livrou-se deles e conseguiu construir uma nova vida
no Brasil ao lado de Matt. E sua vitória começou ao ser comprada por um homem.
Como sua exclusiva certamente teve melhores chances de escapar. No caso de
Paty, só deixou a Rússia para servir de mula transportando drogas, mesmo assim
era algo importante.
- Além disso, você serve exatamente
para a função. Os homens ficaram até bem satisfeitos. O que me surpreendeu.
- Devo fingir felicidade?
- Sim, deve. Isso é o que sempre
deve transparecer quando estiver com um cliente.
- E você é um cliente? Samantha sabe
disso?
As provocações de Beatriz não
costumavam irritar Gregory. Lhe soavam divertidas, um deboche sem valor ou
importância o bastante para deixá-lo irritado. Isso mudou quando o nome Samantha
entrou na conversa. A mão dele ergueu-se quase que instantaneamente e encontrou
a face esquerda de Beatriz. O impacto a atirou por sobre a cama acompanhado de
um único grito seco.
- Não fale o nome de Samantha. Você
não tem nenhum valor perto dela. – Ele ficou ainda mais sério. – E se quiser
manter-se viva, tudo o que ocorrer nesse quarto será um segredo nosso. Samantha
não gosta que eu toque outras garotas. Caso fique sabendo não será bom para
você. Entendeu?
- Sim. – Bia respondeu simplesmente,
com a face ardendo.
- Ótimo. – Ela novamente pode ver
aquele sorriso em seu rosto. Sorriso de quem sente prazer com a dor do outro. –
Tire a roupa. Quero testar a mercadoria que meus clientes usam e entender o que
você tem de especial.
Beatriz fez o que lhe foi ordenado.
Rapidamente, como quem engole um remédio amargo e disfarça o desgosto. A face
quente lembrava-a que discutir com Gregory era uma ideia ruim. Ficou com a
sensação que ele não desejava sexo, apenas humilhá-la. Vê-la se render.
Gregory já tinha observado a beleza
de Beatriz. Ela não tinha o corpo de uma menina, era uma mulher farta nas coxas
e quadris. Mesmo assim, surpreendeu-se ao veja despir-se sem choramingos
expondo-se à sua análise e percebeu o que agradou os homens. A postura firme, o
olhar objetivo e a sensualidade natural de Beatriz atraíam. Naquele momento ele
percebeu que aquele encontro escondido, do qual Samantha jamais poderia saber,
poderia ser muito mais do que uma humilhação para Beatriz. Gabriela lhe pedira
o sofrimento de Beatriz e teria o desejo atendido. Isso não significava que ele
desgostasse de tocá-la. E, quem sabe, seus toques conseguissem tirar Beatriz
daquela geleira emocional na qual ela parecia ter se escondido.
Beatriz sentiu as mãos de Gregory
terminarem de despir seu corpo, tentou ignorar seu cheiro e a aspereza de suas
mãos. Conseguiu. Fechou os olhos e se imaginou no salão da boate, com qualquer
um sobre o seu corpo. Não conseguiu seguir assim quando ele passou a morder a
parte interna de suas pernas. Desde a parte de trás de seus joelhos até as
coxas. Beatriz sentiu as presas dele se cravarem em sua pele e gritou,
afastando-o por instinto.
- Para! Primeira lição para você,
Beatriz. Potranca que dificulta a doma desperta ainda mais interesse no
domador. – Ele disse segurando-a pela cintura e subindo com aquela tortura em
direção ao colo de Beatriz.
Ele continuou a tocá-la, ela a
ignorá-lo. Conforme a temperatura de Beatriz ia ficando cada vez mais gélida, o
desejo de Gregory efervescia. Ela
desligou a mente do corpo e deixou-o fazer tudo o que desejava. Não percebeu
quanto tempo ficaram ali. Pareceu uma eternidade, mas pode ter sido rápido,
apenas para ela o tempo não passou. Logo Beatriz sentia o corpo doendo. Da
pele, irritada com os toques dele até o maxilar, rígido devida a ela apertar os
dentes segurando os gritas. Não desejava que ele confirmasse tê-la destruído
emocionalmente. Algo lhe dizia que esse era o objetivo, não o prazer, nem o
desejo. Então Gregory não a veria desabar. Quando
finalmente deu-se por satisfeito, Gregory não dormiu como os outros, ele
encarava-a com a expressão fechada. Agora a raiva estava clara em seus olhos. E
esse foi o único momento de satisfação de Beatriz naquela semana. Ele esperava
seus gritos e suas lágrimas. Queria vê-la implorar para não tocá-la. E não teve
nada disso. A vitória era pequena, mas Beatriz saboreou seu sabor. Gregory
ergueu-se da cama, vestiu-se e foi em direção à porta.
- Você é mais forte do que pensei. –
Ele ainda a observava. – Tem 10 minutos para arrumar o quarto, se vestir e
voltar para o alojamento. Tem de se arrumar para a noite de trabalho. E,
lembre-se que nada ocorreu aqui. Nada.
Tudo o que Beatriz fazia era
pensando em um dia reencontrar a filha. Seus pensamentos estavam sempre nela,
tentando imaginar como estava e com quem. Confiava que sua irmã e amigos
zelariam pela menina. O desejo de Eva ficar com Elizabeth, Matheus e Patrícia
foi realizado apenas nos primeiros dias. Assim que a polícia civil descartou a
possibilidade de Rafael estar envolvido na morte de Willian e sequestro de Bia,
ele deixou a carceragem e entrou com pedido de guarda. A decisão preliminar foi
em favor dele. Matt ainda iria tentar recursos, mas a verdade é que sem a mãe
por perto o juiz teria a tendência de deixar Eva com o pai e não com a tia ou
os padrinhos.
- Arrogante e imbecil! Isso é o que
ele é! – Matt voltou do fórum irritado e foi direto conversar com Elizabeth. –
Eu o procurei para conversar, em missão de paz! E ele teve a ousadia de dizer
que eu deveria fazer um filho ao invés de tentar tomar a dele.
- Rafael nunca teve maturidade para
assuntos familiares, Matt. Você sabe. Ele guarda todo o seu bom senso para o trabalho.
O que você fará?
- Você entende tanto das leis quanto
eu, Liza. O juiz não tirará a guarda do pai para entregar à tia ou o padrinho.
Ainda mais quando nenhum de nós tem uma família estável no momento. Podemos
lutar pelo direito de visitas, de participar da vida de Eva. Mas é só isso.
- Sim. Eu entendo. E isso durará
enquanto Rafael quiser brincar de pai. Logo ele não aguentará o desafio e Eva
terá mais uma vez que se adaptar a uma nova casa. Pobre criança.
- Mas aí os pais dele assumirão a
responsabilidade. E nós seguiremos distantes de Eva. Eu não aceito, Liza. Não
aceito como padrinho. E não aceito como advogado. É uma lei burra que não
avalia quem realmente tem laços com a criança. Rafael teve a petulância de
dizer que não tem certeza que Bia foi sequestrada, já que não pediram regate.
Ele sugeriu que Bia tenha matado Will e fugido!
- É um imbecil e mau caráter! –
Elizabeth também se revoltou. – Mas isso tudo irá acabar quando trouxermos Bia
de volta e ela tomar Eva de Rafael novamente. É nisso que temos de nos
concentrar, Matt.
- Você descobriu algo? Conseguiu
alguma pista? – Seu amigo, quase irmão, quis saber.
Naquela semana de investigação a
polícia civil chegou a conclusão que Elizabeth esperava. A ligação recebida por
ela minutos após a morte de Willian era prova de que se tratava de um crime
premeditado, não assalto, como quiseram crer inicialmente. Isso, porém, não os
fez mudar de ideia quanto ao final daquela história.
- Nós confirmamos o que você disse,
Elizabeth. – Lhe disse o delegado naquela manhã. – A quadrilha lhe telefonou. O
que indica que se trata de um crime motivado pela vingança e, também, como
queima de arquivo. Eles seguram a sua investigação, a amedrontam e impedem que
Beatriz prossiga com suas reportagens investigativas. Pela análise que fiz, ela
aprofundou-se muito no tema. Há indícios claros que eles desejavam impedi-la de
seguir nesse caminho.
- Fico feliz de termos chegado a
mesma conclusão. Agora podemos voltar as investigações para o coração dessa
quadrilha, à Rússia. Peço que envio o caso para a Polícia Federal. Trata-se de
um crime da nossa alçada.
- Não é bem assim, Elizabeth.
- Como não, Daniel !?!? – Até a
habitual formalidade ela deixou de lado. Aquele policial já tinha ultrapassado
todos os limites ao levar uma semana para concluir algo que Elizabeth sabia
desde o início.
- A frase ao telefone segundo o seu
depoimento foi ‘Ela foi levada por sua culpa. Você nunca mais a verá’. Isso em
nada garante que Beatriz está viva, seja na Rússia ou em qualquer outro lugar.
E nós não encontramos nenhuma pista que indique uma fuga da quadrilha levando sua
irmã para a Europa.
- Se fossem matá-la teriam deixado o
corpo junto do de Willian. – Liza insistiu.
- Nada garante isso. São criminosos
sexuais, Elizabeth. Podem, numa vingança cruel e que, de forma muito
compreensível você prefere ignorar, terem torturado Beatriz e deixado o corpo
em qualquer lugar. Talvez jamais encontremos.
- Então você acredita que eles
levaram Beatriz, estupraram em algum matagal qualquer, mataram e enterraram sem
ter deixado nenhum rastro. É isso? E eu devo esquecer o assunto assim?!?!?
Vocês nem mesmo investigarão?
- Eu não disse isso. – O delegado
Daniel respondeu. – Vamos seguir investigando. Aliás, já revisei os arquivos do
computador de Beatriz no jornal. Mas gostaria de verificar o pessoal. Talvez
tenha alguma pista.
- Não há nada. Eu já olhei. Mas o
enviarei para você. – Liz mentiu. Ele não queria fazer nada mesmo. Melhor que
ela procurasse a irmã, mesmo que sem a ajuda da polícia.
O computador de Bia tinha indicações
completas do andamento do caso. Naquela matéria, talvez até pressentindo algo,
Bia preferiu trabalhar na máquina pessoal. Havia contatos arquivados e um mapa
das áreas onde ela esteve e das pessoas com quem falou. E, o mais interessante,
suas conclusões e questionamentos pessoais. Coisas que Bia não usou na matéria
porque não conseguiu provar.
Teve acesso a gravações dos diálogos
dela e do cafetão encontrado morto logo após a matéria se publicada e percebeu
o quanto ele se comprometeu. O nome Caleb Estevam, incompatível com as
características daquele homem. E quando Caleb quase foi morto por uma emboscada
organizada por Miguel e preso, Beatriz esteve no mesmo ponto chefiado por ele.
Conversou com outro homem. Só pela voz dele que pode ouvir através dos arquivos
da irmã, Liz pode jurar que ele era o assassino de Caleb. Aquele homem, o
substituto, era mais do que Caleb na quadrilha, porém, pequeno no grupo todo.
- Magro, cabelos encaracolados que
caem sobre o rosto, olhos castanho esverdeados e pele bronzeada pelo sol. – Liz
leu a descrição de Beatriz num bloco de anotação. – Um belo homem. Um belo
assassino.
Elizabeth concluiu que aquele homem,
que sequer conhecia o nome, mas que certamente tinha informações suas, seria a
ligação dela com Bia. O assassino de Caleb podia levá-la até o líder da
quadrilha. Ela não tinha um nome, apenas sua descrição. E muita vontade de
encontrá-la.
Para o delegado da Polícia Civil não
diria nada daquilo. Mas agora era a hora de contar tudo para Matt. Ele e
Patrícia poderiam lhes dar o aporte que a polícia não daria. Não enquanto não
conseguisse provas irrefutáveis. Mostrou tudo a Matt, cada detalhe das
anotações de Bia e todas as ligações feitas. Sem saber, Bia tinha encontrado
respostas que Liz buscava há anos.
- É impressionante. – Matt disse
analisando tudo. – Mesmo em profissões diferentes, você e Bia raciocinam da
mesma forma. Qual o próximo passo?
- Eu vou atrás deles. – A resposta
foi simples e direta.
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