Ana acordou
sozinha no meio da madrugada. Saiu do quarto e foi diretamente a sala do piano.
Sabia que era lá que ele se refugiava sempre que ficava depressivo. Era
impressionante como, apesar do tempo passar, seu 50 tons continuava afundado em
mágoas do passado que vinham a tona em forma de culpa sempre que algo errado
ocorria. Só ao abrir a porta é que ouviu a canção graças ao isolamento acústico
que tinham instalado na sala. Era uma melodia triste e obscura.
- A cama fica muito fria sem você. –
Disse sentando-se ao seu lado no banquinho.
Ele para de tocar exatamente como
ela esperava que fizesse e lhe beija os lábios.
- Volta pra cama. – Pede.
- Não vou conseguir dormi, Ana. –
Ele sabe o que ela falará, então se antecipa. – E você precisa de repouso.
Minha filha quer dormir.
- E a mãe dela quer você na cama
para conseguir dormir. – Ela o abraça. – Não precisa ficar preocupado com
Elena. Ela...ela deve ter surtado, Grey. Ela me odeia por ter casado com você
quando antes sempre teve certeza de que era a única parceira importante na sua
vida. Elena não tinha ciúme das submissas porque sabia que você não ficava
muito tempo com elas, mas me odiou por nós ter uma história.
- Eu nunca a amei, Ana. Achei que
amava num certo momento, mas hoje eu percebo que não, jamais. Você é a única
que eu já amei.
- Eu sei. – E se sentia feliz por
isso.
- Mas ela foi a minha única amiga
por tantos anos. Eu dividia tudo com ela, Ana. Como pude ter me enganado tanto?
Ela sempre soube da minha história...de tudo que me atormentava. E agora me
trai se aliando ao Jack!
- Você precisa deixar o seu passado
no passado, Christian. Elena faz parte desse passado. Ela não vai mais nos
atingir porque agora você sabe quem ela é de verdade. Apenas temos que manter
os seguranças de Theddy em alerta...para o caso dela tentar algo.
- Você acha que ela... - Havia pavor nos olhos de Grey.
- Não...não acho que irá tentar
nada. Mas não é bom arriscar.
- Claro amor...eu já alertei Taylor
e...eu vou tomar outras providências.
- Que providências? – Ana não queria
brigar, mas precisava demover Grey da ideia de ir atrás dessa mulher. –
Christian! Você não irá atrás dela. Prometa!
- Ana...eu não vou deixar isso
assim. Ela podia ter te matado, ela chegou perto demais do Teddy e graças a ela
o Jack te machucou tanto que por pouco não te fez perder nossa filha. Eu não
posso simplesmente fingir que nada ocorreu.
- O que fará?
- Nós temos alguns negócios juntos...mas
não sei se arruiná-la financeiramente é a melhor opção. Essa é a minha carta na
manga.
- Então...?
- Não sei. Ainda vou pensar.
- Christian eu...
- Ana basta! Eu já disse e não vou
voltar atrás! Vamos dormir.
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Depois de uma noite de sono
tumultuada Christian foi trabalhar num tremendo mau humor. Precisava encarar
Elena e se livrar de todo aquele sentimento ruim. Deixou um recado para ela no
celular avisando que ela deveria estar em seu escritório as 14 horas. Nem um
segundo a mais.
- Senhor Grey, sua convidada chegou.
– Disse a secretária ao telefone.
- Mande-a entrar.
Menos de um minuto depois a porta
era aberta, Elena entrava e a secretária se retirava. Assistiu tudo sentado a
sua mesa. Não foi cumprimentá-la.
- Eu não ganho nenhum beijo? – Disse
ela enquanto retirava os óculos escuros.
- Agradeça por eu não avançar no seu
pescoço e deixá-la muito...mas muito pior do que Líniki quando te espancou.
Elena sabia que enganar Christian
Grey era tarefa quase impossível. Teria de ser muito ardilosa para conseguir
virar aquela situação ao seu favor. Mas não seria a primeira vez. Quantas
submissas ela colocou e depois tirou da vida dele? Anastásia e seus piralhinhos
não iam afastar Grey dela.
- Ela inventou o que para você?
Christian...pelos anos da nossa amizade...acredite em mim...eu jamais seria
capaz de fazer nada para te machucar. Nunca...você é meu e eu sou sua.
- CHEGA Elena.
- Acredite em mim...não nela.
Anastásia faz você de idiota. O amor que tem por ela faz com que não veja a
verdadeira Anastásia!
- Cale a boca!!!!! – Pela primeira
vez na vida Elena sentiu medo de Grey. – Você está falando da minha mulher, da
mãe dos meus filhos. E, se isso não bastasse, SE eu tivesse alguma mísera
dúvida, ainda teria a palavra da minha mãe e da minha irmã para desmenti-la.
- Elas também acreditam naquela
mosca morta! – A frieza já a tinha abandonado.
- Pare de mentir...até nisso eu vejo
como você é pequena. Nem mesmo é mulher o bastante para assumir o que faz. –
Ele voltou a se sentar. – Então você se aliou ao Jack para sequestrar a minha
esposa.
- Ela não é mais a sua esposa!
- Eu mandei você abrir a boca para
falar merda! – Ele estava no modo MUITO nervoso. – Aliou-se aquele bostinha e
queria que ele a matasse...e arrancasse seus dentes. Você devia agradecer,
Elena, por ele ser muito incompetente. Porque é somente por isso que você está
viva.
- Você não seria capaz...não depois
da nossa história juntos. – Ela disse
- História?!?!?! Ao inferno com a
nossa história! Eu descarreguei a arma naquele desgraçado e só não faço o mesmo
com você porque quero estar ao lado da Ana criando meus filhos. Não é por você
nem por história nenhuma. E a nossa... só se uma trama de terror.
- Não fale assim...
- Você me traiu Elena. – Ela sabia
que nunca mais teria o respeito de Grey. – Eu pensei muito em o que fazer com
os nossos negócios. Eu podia deixá-la na sarjeta. Ou podia lhe dar os salões de
beleza como um presente. Mas resolvi que não farei nada disso.
- Como assim?
- Os salões continuarão como parte
do meu patrimônio. Mas vou colocar um funcionário para administrar. Enquanto der
lucro e você se manter na linha...ficarão abertos. Se você chegar perto de Ana
ou de meus filhos...eu te esmago sem piedade.
- Quer me controlar Grey?! – Até que
não seria uma brincadeira ruim.
- Não! Isso não é um jogo, Elena. É
uma ameaça que não ligo nenhum pouco de cumprir. Posso acabar com você! Eu
espero nunca mais ter de olhar na sua cara! Agora saia do meu escritório e vá
cuidar da sua vida...bem longe da de minha família.
- Cris...
- SAIA!
SURPRESA!
Vídeo de 50 tons.
Galera...é o primeiro vídeo que eu faço. Espero que tenha ficado bom.
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