SINOPSE:
Na noite eles se encontraram ao acaso. Não sabiam nomes nem nada a
respeito do outro, apenas trocaram prazeres. Na manhã seguinte, ele
acordou sozinho e sem saber quem era a misteriosa mulher com quem passou
a noite.
Força é o que define Elizabeth Santos. No difícil mundo
do crime, uma investigadora fria em serviço, responsável por elucidar
casos difíceis e arriscados, normais em cidades grandes do mundo todo.
Traficantes, assassinos, sequestradores e todo tipo de criminoso eram
uma rotina para ela.
Miguel é um homem contraditório. De família
tradicional e muito rico, formou-se em medicina, chegou a trabalhar na
área, mas se afastou para assumir o império da família, montadora de
veículos, multinacional importante e que agora está sendo acusada de se
integrar escândalo de lavagem de dinheiro.
PREFÁCIO
São Paulo
-
Está preso! E, apesar de poder chamar um advogado, não irá melhorar sua barra,
meu chapa. Tenho provas o suficiente para te manter na prisão por bastante
tempo. – Disse ao estuprador e pedófilo que procurava há três meses e que,
finalmente, estava algemado à sua frente.
Ele
apenas a encarava, os olhos claros prometiam vingança. ‘Entre na fila de espera, companheiro’. Muitos já a olharam assim.
Seu papel era dificultar a tarefa. Vinha conseguindo.
- Elizabeth...eu acho que esses não
são exatamente os direitos que você deveria ler ao meliante. – Rebecca, sua
auxiliar de investigação já há alguns anos disse discretamente.
- Cuide você das formalidades,
Rebecca. Eu já cansei de olhar para esse cara. Ele me impede de ter boas noites
de sono há semanas.
Essa noite não seria de sono.
Merecia e presentearia a si mesma com mais que isso. Passou na delegacia para
cumprimentar a equipe e ser parabenizada por Tom, seu superior.
- Parabéns, Elizabeth. Menos um criminoso
nas ruas...e menos um carro já que você jogou a viatura na frente do carro do
acusado e, além de arriscar a sua vida, destruiu o veículo.
- Aaaa nem vem Tom. Eu peguei o
cara! – Defendeu-se.
- Sim, você o pegou. E é por isso
que garantiu o seu pescoço. Mas, Elizabeth, por favor, controle seus métodos.
- Tá, tá, já entendi. Estou de
folga?
- Sim. – Ele gostava dela. – Te vejo
apenas na segunda. – Três dias em casa era maravilhoso após mais de uma semana
praticamente sem descanso.
Voltando
para casa fez o que o trabalho lhe impediu nos últimos dias e se mimou
completamente. Banho de espuma, creme na pele, escova no cabelo, uma calcinha
fio dental e cinta-liga. A maquiagem carregada tinha duas funções: garantir que
ninguém a reconheceria caso cruzasse com algum conhecido e dizer para si mesma
que ali estava outra mulher. Esquecer tudo. Quem era, o que fazia, quantas
mortes já tinha presenciado. Ali era outra pessoa.
___ §§§
___
- Infierno! No puede ser tan difícil! – Miguel esbravejava no
escritório de casa.
Agora
se lembrava das vezes que seu pai, Ramón Benitez, fundador da BTez Motors, lhe
dizia que precisava assumir os negócios com ele ainda vivo para poder lhe
orientar. Era tarde demais. Sabia da importância das empresas, dos empregos que
gerava, do nome que tinham no mercado automobilístico mundial. Abdicou da medicina para
cuidar dos negócios, mas não aceitou o posto de Presidente da empresa. Era
responsabilidade demais. Participava apenas do conselho administrativo. Toda a
responsabilidade desabou em seu colo assim que o caixão de Ramón foi fechado,
há oito meses. Longos e difíceis meses.
- Que houve meu filho?! Você
quando fala espanhol é porque tem problemas demais na cabeça.
- Mamá! – Sua mãe estava certa. Não tinha o costume de falar sua
língua materna há muitos anos. – Não se preocupe. Está tudo sobre controle.
- Posso estar velha, mas ainda
sei a diferença entre caos e controle, mi
hijo. – Rúbia tinha a dureza e a doçura na combinação que só as mães
conseguiam. – Vamos. Diga o que te incomoda tanto. Está nervoso, mal humorado e
não faz essa barba horrenda há dias! Sei que são os negócios. Você não gosta de
ficar no escritório, Miguel.
- São os nossos negócios, madre. E não é por não gostar, é por não
conhecer tudo, não ter o conhecimento de tudo o que se passa. São coisas no
mundo inteiro. Não sei como papá
conseguia gerenciar tudo. – Para ele era difícil assumir isso.
- Seu pai fez esse negócio,
conhecia a BTez Motors mais do que a mim, a você ou a ele mesmo. Não se compare
com ele porque sempre irá perder. Você está aprendendo. Ramón também me faz
muita falta. – Tanta que se sentia mais vazia a cada dia. Só se agarrava a vida
para ver seu filho feliz e encaminhado. – Precisa confiar mais em seu tio.
Javier trabalha há anos lá. Ele poderia assumir a presidência e você ter as
mesmas funções que tinha antes.
-
No! – Isso estava decidido. – Nesses
primeiros meses eu deixei tio Javier mandar e desmandar porque não tinha o
conhecimento necessário. Mas eu estudei, analisei os números e acho que as
últimas atitudes dele não eram exatamente como as de papai. Eu sou o herdeiro,
eu assumirei a BTez. Javier será um executivo muito bem remunerado e
valorizado, poderei me aconselhar com ele. Mas as decisões são minhas.
Rúbia conhecia esse olhar
determinado. Não interferiria mais na decisão.
- Ok, mas então não fique se
martirizando. – Achou que era hora de dividir com ele um ensinamento de vida de
Ramón. – Seu pai dizia que o segredo para ser rico e feliz era não cuidar
apenas do dinheiro, ou você acaba ficando louco e não o aproveita sua fortuna.
Os problemas da BTez nunca o impediram de aproveitar a vida em família ou de
ter amigos. Aprenda isso, e será mais feliz. Equilíbrio é a chave, Miguel.
- Vou tentar. – Ele garantiu.
- Alejandra está na cidade. –
Rúbia nunca desistia de tentar reaproximar o filho da ex mulher. – Pensei em
chamá-la para jantar conosco. Que acha?
- Acho ótimo. – A senhora sorrio.
– Eu não estarei, então vocês terão bastante liberdade para assuntos femininos.
Ele encarou a mãe. Ela precisava
parar com isso.
-
Entenda mãe, eu e Alejandra não temos mais nada em comum, não existe mais
química e nem mesmo a paixão que nos unia existe mais, até a profissão que nos aproximou,
hoje já não exerço. – Miguel era cirurgião geral e a ex especializou-se em
cirurgia plástica. – Passei muitos anos de minha vida com ela, quatro deles
casado, mas há muitos já não a amava. E nós sabemos como terminou.
Uma terrível vergonha. Ele fora
fotografado com outra mulher e, em meio ao escândalo, Alejandra pediu o
divórcio.
- Não há nenhuma chance? – Rúbia
perguntou.
___ §§§ Quatro anos antes §§§ ___
Algumas doses de vodka e muitas
mulheres dançando quase nuas sobre o balcão. Não fosse o toque do celular,
estaria perfeito. Era ela, Alejandra. Não atendeu. Quanto mais ela o
pressionava, menos ele queria ouvir sua voz.
- Pronto pra assumir a empresa, médico
da família? – Tinha sempre que ouvir as piadinhas. – Papai um dia vai se
aposentar.
- Não me enche! Não quero pensar
em empresa nenhuma...não quero isso. – Só queria beber e pegar uma daquelas
mulheres. Olhou para uma morena alta.
- Dizem que elas são escravizadas.
- Me parecem bem satisfeitas. –
Caminhou até a mulher e a chamou para vir com ele até um hotel. Assinou a conta
e foi para a rua beijando-a, sem perceber que era fotografado.
As fotos correram o mundo
envergonhando a ele e a sua família. Só trouxeram uma coisa boa: o divórcio.
Após anos confusos e de uma
pressão familiar que ele não desejava, seu casamento terminou da pior forma.
Alejandra aceitou perdê-lo, mantinham uma relação de respeito, mas nunca se
reaproximariam.
___ §§§ ___
- Nenhuma. Nenhuma chance de eu e
Alejandra ficarmos juntos. – Com isso esperava finalizar o assunto.
- Eu quero netos, Miguel!
- Não os terá ainda por muito
tempo. – Foi categórico. – Sei que gosta de Alejandra, por isso, jante com ela.
Mas eu não estarei. Vou sair com amigos. Não dormirei em casa.
A rua repleta de bares estava
movimentada. A calçada apinhada de homens e mulheres que saíam e entravam em
casas noturnas. E haviam também garotas que não eram clientes, nem estavam ali
para dançar. Estavam à caça de clientes para passar a noite em algum motel da
região. Garotas de programa sempre irritaram Miguel. Eram desagradáveis e se o
reconheciam ficavam melosas em busca de mais dinheiro.
- Miguel?! Não acha que já bebeu
demais? – O único dos seus amigos que ainda lhe fazia companhia perguntou.
- Não, não acho. Ainda é cedo.
Quero tomar mais algumas.
- São 3hs da manhã...eu já queria
ir.
- 3hs é muito cedo. Nem é manhã,
é madrugada ainda. – Ele ria da própria piada. – Vá. Eu vou achar alguém com
quem passar o resto da noite.
- Mas...
- Vai Gabriel! Vai! Eu to ótimo!
– Ao menos a barba iria impedir que o reconhecessem. – Eu cansei da sua
companhia. Vou procurar uma mulher.
Caminhou sozinho por duas
quadras. Eram todas iguais, réplicas perfeitinhas que poderiam estar expostas
no museu de cera. Peitudas siliconadas, tudo falso, tudo postiço. Nada mais
desagradável que apalpar silicone. As frequentadoras das casas eram ainda
piores que algumas vadias. Seus vestidos de grifes famosas tinham cada vez
menos pano e mais lantejoulas. A única diferença é que elas vinham maquiadas
por profissionais da beleza.
-Balela! Todas iguais...todas
atrás de dinheiro. – Resolveu entrar na boate. – Beber mais um drinque e
dançar. É isso que eu preciso.
Quando se virou, avistou na
esquina uma mulher que chamou sua atenção. Bem magra e com um vestido
justíssimo, certamente chamaria sua atenção. E, parada numa esquina. Ficava
claro que era isso exatamente o que ela desejava.
Chegou por trás e passou o braço
por sua cintura antes aproximar o rosto de seus cabelos. Estavam perfumados.
Gostou dela. Podia ser uma prostituta, mas aparentava ter classe e estava
limpa. Não tinha cheiro de outros homens.
- Eu quero você. – Sentenciou
calmamente enquanto virava-a em seus braços. Por trás de toda aquela maquiagem
deveria ser uma bela mulher, conseguia ver pouco da garota.
- Quer é? – Ela o provocou com
voz melodiosa.
- Garanto que você não vai se
arrepender. Vamos pra um bom hotel...sua pele não merece os daqui.
Puxou-a pelo braço até
encontrarem um táxi, deu o endereço ao motorista que se surpreendeu por se
tratar de área nobre. Voltou-se para ela. Talvez fosse culpa do trabalho
intenso dos últimos meses e da recente falta de uma parceira sexual, mas ela
estava deixando-o mais do que excitado.
- Qual seu nome? – Perguntou.
- Isso é necessário? – Foi a
arredia resposta.
- Tenho que te chamar de alguma
forma. – O mistério era irritante. – Como seus clientes te chamam?
O olhar dela foi estranho,
desafiador e quente nas mesmas proporções. Então ele realmente acreditava se
tratar de uma profissional do sexo. Melhor assim.
-
Meus clientes...varia muito...vadia, cadela, gostosa...pode chamar do que você
preferir. – Os lábios carnudos imploravam para serem mordidos. – E você? Como
costumam te chamar?
- Eu?
Ultimamente me chamam de Senhor. – Ele ainda não tinha se habituado a ser o
chefão de uma multinacional.
-
Pois bem....Senhor...acho que já falamos demais.
Entraram
no hotel por uma porta alternativa e tiveram que se comportar no elevador para
não deixar nenhum rastro gravado pelas câmeras de segurança. Um desconhecia as
razões do outro, mas nenhum deles tinha interesse de trazer à luz o encontro.
-
Entra. Quer beber alguma coisa? – Miguel perguntou à mulher misteriosa.
-
Não...só quero você. Foi pra isso que me trouxe...não?
Miguel
não entendia como uma prostituta podia mexer tanto com ele. Estava se
oferecendo em uma esquina para quem quisesse pagar. Nem discutiu preço. Deve
tê-lo reconhecido e veio sabendo que levaria uma boa grana. Melhor aproveitar
as horas que ainda tinham.
-
Tira tudo. – Disse sentando-se em uma poltrona localizada no canto esquerdo do
quarto. – Quero ver se você é tão linda quanto parece.
Dizendo
a si mesma que sabia fazer isso, Elizabeth abriu a blusa deixando o sutiã no
lugar, por enquanto. A roupa íntima era vermelha, contrastando com a cinta-liga
e as meias pretas. Tudo era muito sensual. Desceu muito lentamente o fecho da
saia, mostrando a calcinha e fazendo Miguel enrijecer ainda mais. Ela era boa
nisso! E ele evitava pensar no número que homens que já havia pagado para ver o
mesmo espetáculo digno de um cabaré.
-
Gosta do que vê? – Perguntou ela passando o dedo por dentro da calcinha.
-
Muito, vadia. – Não era assim que ela queria ser chamada? Tratada como puta. –
Mas ainda tem roupa aí. Vamos! Mandei tirar tudo.
Rapidamente
ela abriu a liga e desceu a calcinha. Nunca teve muitos pudores e achava muito
sensual passar-se por prostituta. Os homens se achavam os maiorais, mas, na
verdade, eram enganados a todo o momento. Tinha sua carreira, suas obrigações e
cumpria com todas. Esse Senhor, como queria ser chamado, achava que a estava
pagando para satisfazê-lo e, no entanto estava lhe prestando valioso serviço.
Permitia a ela, no gozo do prazer sexual, libertar-se de qualquer amarra. Ser
uma fêmea dona de si mesma na busca única de prazer.
Restava
apenas o sutiã que logo foi retirado lentamente. Os seios não eram a parte
favorita do corpo de Elizabeth. A pequena cicatriz na lateral e o tamanho
discreto não os fazia parecer sedutores na opinião dela. Miguel não aparentou
desgostar.
-
Pronto! Nada entre eu e os seus olhos. Gosta do que vê, Senhor?
-
Muito. É uma vadia linda. – Porque a tratava assim? Nem mesmo ele sabia
responder a própria consciência. – Agora venha aqui. Quero você. Muito.
- Tem
camisinha? – Questionou ela.
Ele
riu descaradamente.
-
Sim. Não ia comer uma ramera sem preservativo. – Puxou-a até
que ela caiu de bruços na cama. – Vou te comer tanto que amanhã você mal vai
conseguir andar.
Num
golpe ágil ela se virou. Se estivesse em serviço, daria um golpe certeiro no
meio das suas pernas e deixaria-o gemendo no chão. Agora, no entanto, ele ia
gemer por outra razão. Não ia machucar o ‘brinquedinho’.
-
Você está muito vestido ainda, Senhor. – Abriu-lhe o cinto da calça enquanto
ele tirava a camisa mostrando o peito torneado. – E eu quero sentir o seu
sabor...na minha boquinha. Deixa? Por favor.
-
Você quer que eu foda sua boca, é? Sua putinha...vai, sou todo seu. Mas isso é
só um esquenta. Mais tarde eu quero o prato principal. – Sentiu-a descendo a
cueca boxer e começando a acariciá-lo. Sentia-a enlouquecê-lo com os lábios, a
língua e os dentes. Ela ia e vinha, às vezes parecia engoli-lo por completo só
para depois parar e reiniciar a tortura. Era mais uma prova do quanto era
experiente na profissão, era o que pensava Miguel. E isso o deixava com raiva.
Puxou
Elizabeth pelos cabelos obrigando-a a acelerar o vai e vem prazeroso que a
fazia pensar que ia sufocar quando tinha o pênis dele inteiro dentro da sua
boca, indo na garganta. O sabor dele estava se provando maravilhoso. Só que ele
já queria mais.
-
Chega Putana! Não vim aqui só pra
isso! – Bruto, colocou-a primeiro de joelhos, depois puxou um travesseiro alto
e a fez repousar o quadril ali, com o traseiro para cima. Deitou-se sobre ela
enquanto beijava-a na linha da coluna. – Quero você.
Ela se arrepiou.
- Não
faço anal. – Avisou pronta para acabar com a brincadeira caso ele tentasse
forçar algo.
- Ok,
não é isso o que eu quero. – E sem aviso estava dentro dela. Surpreendeu-se com
a sensação. Podia ter gozado ali, mal começado as estocadas. – Vadia gostosa!
Toma! AAA Toma foda! – Ela era apertada e ele ia sem dó. – É! Disso! Que! Você!
Gosta! – Ia estocando conforme falava!
-
Vai! – Ela respondeu. – Gosto mesmo. Vai gostoso!
Sentiu
o tapa estalar no seu quadril enquanto ele a virava de frente e ficavam cara a
cara. – Cale a boca. Uma vadia não vai mandar em mim. – Agora numa posição
‘papai e mamãe’ ele continuava as estocadas brutalmente deliciosas enquanto
beijava seus seios, arranhando-os com a barba. – Peitos naturais. Gosto!
-
Aaa! - Ela serpenteava sob ele que não
diminuía o ritmo. – HAAaa.
- Vai
gozar cachorra? Toma! Você gosta! Gosta de ganhar a vida abrindo as pernas, não
é? – Ver a garota se derreter em seus braços estava sendo o melhor excitante.
Será que todos os clientes a deixavam assim? Será que ela gemia com cada um que
esteve dentro dela? – Vou gozar! – Mordeu seus seios o mais forte que pode.
Ficaria marcado. E aí viu que ela já tinha uma marca...não era mordida. Era
fina. Deixou o pensamento de lado. – Vai aaa vaiii goza comigo!
Quando
Miguel abriu os olhos naquela manhã e lembrou-se de tudo o que fez sentiu o
corpo esquentar de súbito. Um calor que tinha duas causas. Sentia vergonha pela
forma como tratou a garota e tesão pelas coisa que fizeram. Onde estava ela? Será
no banheiro?
Ao
conferir por todo o cômodo teve de aceitar que a mulher misteriosa tinha ido
embora. Ela lhe havia proporcionado uma das melhores noites de sua vida e
sequer sabia seu nome. Recriminava-se por tê-la tratado com tamanha falta de
delicadeza. Que importava se era uma profissional do sexo? Ele queria sexo e
ela cumpriu sua função da forma mais deliciosa. Não merecia ser ofendida por
isso. Ao ver suas roupas no chão lembrou que ela teve tempo o suficiente para
mexer em tudo. Pensando que iria constatar um furto, pegou a carteira do bolso
de trás da calça e abriu. Para sua surpresa, cartões de crédito e dinheiro
permaneciam ali. Ela não tocou em nada.
- Ela
não levou nada! – Porque uma prostituta iria embora sem receber seu pagamento?
E o
pior é que nem tinha como tentar descobrir.