Pelas ruas da cidade que ainda acordava após mais
uma noite de festa, Diego e Ariella saíram a caminhar. Estava tudo calmo, quase
adormecido ainda. Na véspera, muitos blocos de Carnaval entraram a madrugada
circulando pelas ruas de pedra, seguidos por uma multidão que preferia festejar
como antigamente. Outros tantos preferiam assistir aos desfiles no sambódromo.
Qual fosse a escolha, poucas pessoas no Rio de Janeiro passavam pelo Carnaval
sem viver essa festa de alguma forma. Esse, porém, era o primeiro Carnaval em
que o espírito de festa tomou o coração de Ariella. De sandália rasteira nos
pés e um vestido longo e estampado e quase nenhuma maquiagem ela atraiu olhares
por onde andava. Quem a conhecia, notou um sorriso diferente a enfeitar seus
lábios.
Após alguns anos no Brasil, Ariella olhava para
aquelas belas ruas já com a segurança de quem as conhece bem. Apesar de ser
reconhecido como um Estado violento, ela jamais teve medo de caminhar pelo Rio
de Janeiro e nunca passou por nenhuma situação de risco. Por isso, todo aquele
temor por um sequestro apresentado por Diego não a convencia. Bem lá no fundo
ainda tinha esperança de que ele estivesse usando isso como uma desculpa para
aproximar-se.
Mas não era assim. Apesar de viver um momento de
realização, de finalmente se sentir feliz após anos de um desfilar pela vida
sem dela aproveitar verdadeiramente, Diego continuava preocupado com as razões
que o trouxeram ao Brasil. Desejava muito poder esquecer as preocupações, mas,
sem que Ariella soubesse, antes de saírem da casa, pediu que os dois seguranças
os acompanhassem à distância.
- Mas a casa ficará completamente desprotegida, Sr.
Bueno. – Um deles o lembrou.
- Não importa. Apenas fiquem atentos para que
ninguém suspeito se aproxime de Ariella.
Com o coração mais sossegado, sabendo que eram
protegidos, Diego aproveitou o passeio. Entre uma vitrine e outra, permitiu-se
ver as belezas do Rio e dos cariocas. Estava encantado. Ariella lembrou-o que
precisavam fazer compras de verdade, necessárias, além das “belas bobagens” que
ele desejava.
- Não são bobagens. São coisas pra deixar você
ainda mais linda. – Disse ele ao comprar um colar vendido na calçada.
- É, mas temos de comprar vários mantimentos.
- Você falou feito uma esposa agora, Ariella. –
Diego comentou, sorrindo. – Eu gostei, mi sol.
Ariella pensou em lembrá-lo mais uma vez que não
eram casados há vários anos e que ele não tinha o direito de chamá-la por
apelidos carinhos. A repreensão ficou presa em sua garganta quando lembrou a si
mesma que aquele dia deveria ser especial, composto apenas de felicidade e
reencontros, sem espaço para mágoas antigas.
Foram às compras necessárias. E Diego sorria ao
entrar no supermercado. Quantas vezes fez isso na vida. Pouquíssimas. E teria
feito muitas mais caso estivesse tão feliz quanto agora. Ariella, acostumada a
ir naquele estabelecimento, pegou um pequeno carrinho e desfilou calmamente
entre os corredores. Escolheu algumas frutas cheirando uma a uma, selecionou um
pão integral e depois pediu a um funcionário uma seleção de frutos do mar. Desejava
preparar um risoto para aquela janta.
- Você escolhe um vinho? – Perguntou a Diego.
- Claro. – Foi a simples resposta.
Ao contrário do que Ariella acreditava, não foram
direto para casa após as compras e passeios. Ele pediu que um dos seguranças
levasse tudo para casa e então levou a acompanhante à praia.
- Mas eu não estou de maiô por baixo da roupa! –
Ariella respondeu.
Então Diego lhe ofereceu a única sacola que não
enviou com o segurança. Era um biquíni discreto, elegante e que combinava
totalmente com ela. Aquela hora, porém, a praia já estava com várias pessoas no
mar e na areia. O que deixou-a triste. Várias vezes nadou naquele mar claro e
de temperatura agradável. Algumas vezes, expondo suas cicatrizes sem se
preocupar com os comentários. Normalmente, porém, fortalecida pela coragem
trazida por uma taça de champanhe. E nunca havia nadado na frente de Diego.
Essa exposição lhe era quase incogitável.
- Comprei enquanto você se distraiu olhando aquela
loja de decoração para casas. – Ele lhe explicou. – Quero muito vê-la nele, sob
esse sol. Vamos Ariella, você é linda e corajosa. E há uma canga junto. Vá ao
banheiro de algum comércio, vista a roupa de banho e vamos aproveitar a praia.
Ela não aceitou se intimidar. Lembrou mais uma vez
a si mesma que aquele era um dia especial. Depois talvez Diego desistisse de
tentar reatar aquela relação tão machucada. Ou eles mesmos chegassem a conclusão
de que simplesmente não combinavam, que suas vidas não se encaixavam. Entrou em
um bar, trocou de roupa e saiu, de cabeça erguida e sem se preocupar com o fato
de alguns olhares se voltarem a ela.
Na verdade, só um par de olhos lhe era importante.
E esse veio acompanhado de um sorriso orgulhoso. Diego esperou-a com os pés na
areia e já sem camisa, o que a fez lembrar-se do quanto o tempo foi generoso
com ele. Ela também sorriu, a vida estava sendo bondosa em lhes dar aquela
segunda oportunidade. Foram direto para a água, deixando na areia fina as
roupas do passeio. O celular de Ariella ficou por lá também. Já Diego levou o
dele junto. Não foi por medo de ser roubado.
- É
para te fotografar! – Explicou.
Algumas fotos e muitas recordações depois, o
celular também foi deixado de lado para que ele pudesse mergulhar junto da
mulher que sempre considerou sua esposa, independente do que os papéis
afirmavam. Na água Diego se aproximou, abraçou e acariciou a pele clara, macia
e cheia de minúsculas manchas. Ela também o acariciou, dedilhando suavemente
pelas costas e peito fortes. A beleza dele, que um dia a surpreendeu, agora a
fazia pensar no quanto lhe custou. Quantas horas passou erguendo pesos ou
privando-se de outras coisas?
Certa vez, sua melhor amiga, Dulce, lhe contou que
após finalizar o divórcio Diego isolou-se de todos, preferindo a solidão às
festas e encontros de amigos. Por ter se casado com Murilo, sócio e amigo de
Diego, Dulce vivia parte do tempo na Argentina e parte na Espanha. Quando em solo
europeu, passava algum tempo próximo de Diego. E o viu mudar no decorrer dos
anos. Do homem focado, porém jovem e cercado de amigos que foi na juventude,
Diego tornou-se um empresário dedicado, discreto e solitário. Trabalhava grande
parte de seu tempo. E no que sobrava, exercitava-se em casa. Era na academia e
na piscina de casa que extravasava sua infelicidade. Algumas mulheres se
aproximaram. Várias foram rechaçadas. Poucas conseguiram uma noite em sua cama,
seguida de um desprezo frio na manhã seguinte. Não se sentia preparado para
erguer um novo relacionamento. E mesmo sem crer que um dia voltaria para
Ariella, a ideia de substituí-la lhe doía demais.
- O tempo te fez bem, Diego. Está com o corpo
perfeito. – Ela foi sincera ao elogiar.
- É mais fácil cuidar do corpo que do espírito,
Ariella. Eu fiquei completamente destruído quando você me deixou. Eu mereci,
sei disso. Mas nunca me recuperei totalmente. Cuidar dos meus músculos foi o
caminha mais simples para passar o tempo enquanto esperava e criava esperanças
de que você um dia me aceitaria de volta.
Os beijos que começaram na água seguiram para a
areia. Mesmo ao povo brasileiro, tão carinhoso e aberto a carinhos em público,
a efervescência do casal atraiu olhares. Deitado na areia, tendo Ariella
grudada ao seu corpo e vestida apenas com um maiô molhado sobre as curvas,
Diego foi excitando-se e esquecendo que estavam numa área aberta e pública,
cercados por pessoas curiosas.
- Acho que devemos parar por aqui. – Diego disse,
ao perceber os olhares indiscretos.
- Acho que devemos ir ao motel. É perto daqui. –
Ela respondeu e viu os olhos dele se surpreenderem. – Não quero ir para casa
ainda, não quero voltar à realidade ainda.
- Está bem, vamos ao motel...mas...eu só...
- O que foi? – Ela não entendeu a apreensão.
- Fico pensando se você esteve lá com muitos
homens. – Ele respondeu francamente, mesmo sabendo que não tinha o direito de
fazer cobranças. – Eu não quero ser ...
- Machista? Ótimo. Não seja. – Ariella respondeu. –
Eu tive vida sexual por todos esses anos, Diego. Assim como você. Mas, se você
tem a necessidade de ouvir isso, lhe direi. Eu já estive no motel com outros
homens sim, não costumo levá-los para minha casa. Só que eu nunca estive em um
motel com você, com o homem que foi meu marido, é o meu amante hoje e quem me
enlouqueceu de desejo minutos atrás. Não estrague esse momento.
Diego continuava com a ideia dela na cama de outro
homem engasgada na garganta. Porém, diante das opções, encarou o desafio de fazê-la
esquecer qualquer outro que tenha passado por seus lençóis. E isso, conseguiria
apenas se pudesse fazer daquele instante um momento especial aos dois. Eles têm
química, têm sentimentos que os unem e têm uma paixão sem limites. Faltava
apenas reerguer a confiança sob os destroços do passado.
Vestindo as roupas sobre o corpo sujo de areia,
seguiram ao motel. Ariella pediu que Diego dispensasse o segundo segurança.
Disse que não se sentiria confortável sabendo que o homem o aguardava do lado
de fora. Feliz, Diego concordou e pediu que ele fosse para a casa de Ariella e
esperasse lá, junto do colega que saiu mais cedo. Eles seguiram para o motel,
entrando discretamente. Lá dentro, a camisa branca dele e o vestido leve dela
logo foram ao chão.
- Eu estou suja, a pele pegando. Me deixa tomar um
banho antes. – Ariella disse, indo ao chuveiro. Foi surpreendida por Diego
segui-la. – Eu quis dizer sozinha.
- Também estou louco por um banho.
Ela não se acovardou. O desejo é maior que a
vergonha e dessa vez ela despiu-se à frente de Diego sem reclamar nem pedir que
fechasse os olhos. Resolveu arriscar-se na vida e aproveitar a felicidade.
Trocaram algumas carícias, mas Ariella fez questão de realmente banhar-se antes
de se entregar ao sexo. Diego lavou seus cabelos calmamente, sentindo o
perfume. O mesmo de uma década atrás.
- Quero vê-los vermelhos novamente, em algum dia na
vida. – Diego lembrou-a.
- Sou morena há tanto tempo que não me vejo mais
ruiva. É estranho. Parece que não sou mais aquela mulher.
- É sim. Mais velha, mais madura, mais forte. Mas
ainda e para sempre aminha Ariella. – A mão dele desceu, encontrando o ponto
mais íntimo do corpo dela, que já implorava por aquele toque. Antes de penetrá-la
com um dedo, brincou com os pêlos que cobriam seu sexo. – Na essência você
continua ruiva.
Foi impossível ela negar isso. Principalmente,
porque estava tomada pela paixão e foi completamente desarmada ao ver Diego
ajoelhar-se no box do chuveiro e brindá-la com o mais íntimo dos beijos e a
mais inesperada das ações. Para o espanhol orgulhoso, colocar-se aos pés dela não
era uma humilhação, mas sim prova de amor. E Ariella entendia o que aquilo
representava.
- Eu vou te dar o que nenhum outro ofereceu. –
Avisou.
- Estou ansiosa. – Ela respondeu.
O prazer que começou sob a água, continuou na cama.
Diego fez questão de acariciá-la, mas só conseguiu isso após extravasar a sua
paixão no chuveiro. A delícia de ter aquela mulher entre em seus braços e
disposta a tudo o levou ao paraíso. Se antes, na primeira noite, ela estava
desconfiada e arisca, hoje ela havia se entregado ao prazer de estar nos braços
dele. E isso refletia em prazer aos dois.
- Você é gostoso demais. – Ariella afirmou, quando
o teve gloriosamente excitado dentro de si pela segunda vez naquela noite.
- Vamos ver se você melhora esse elogio até o final
da noite.
- Mas é meio dia! – Ela brincou.
- Eu não tenho pressa alguma, meu amor.
Diego cumpriu a promessa. E os manteve na cama até
o sol carioca se despedir. Naquelas horas transaram com fúria, com paixão, com
ternura e, no final, também com preguiça. Comeram para recarregar as baterias e
depois decidiram que precisavam de outro banho, dessa vez individual, antes de
seguir para casa. Estava felizes e relaxados como apenas um dia como aquele
seria capaz.
- Estou exausta. E a culpa é sua. – Ariella brincou.
- Assumo totalmente minha responsabilidade.
No caminho de volta, Diego pensava que era hora de
relaxarem. Assim que chegassem, precisava ligar para Murilo e resolver algumas
coisas de trabalho. Havia lhe prometido ligar no início da tarde. E não o fez
por conta da felicidade ao lado de Ariella. Por enquanto manteria assim. Se
estivesse tão preocupado, Murilo teria telefonado. Deixando o pensamento de
lado, Diego segurou as mãos da esposa durante todo o caminho e ao se aproximarem
da grande residência dela, ele a puxou para seguirem pela areia e sob estrelas lhe
deu mais um beijo.
- Eu sei que prometi não te pressionar por
nada...mas preciso te dizer uma coisa. Eu te amo Ariella, ainda mais do que te
amei no passado. E quero que saiba disso. Mesmo que não me queira de volta, eu
te amo. Vou amar sempre.
Ariella pensou em responder com uma declaração tão
intensa quanto a dele. Mas então lembrou-se de que declarações feitas ao calor
do momento costumavam render problemas. Aquele velho medo voltou, lembrando-a
que há 11 anos Diego também a tinha enganado com carinhos e declarações. O dia
fora lindo, mas ainda era cedo para juras, acordos ou certezas. Aquele poderia
ser apenas um amor de Carnaval.
- Vamos...dar tempo ao tempo. – Foi a resposta
dela, fria diante da declaração e dos olhares dele.
Ainda assim, sorridentes eles entraram em casa.
Diego nada percebeu de estranho, talvez por estar envolto em desilusão por não
ter recebido um ‘eu te amo’ em resposta. Triste, passou o braço pela cintura
nela, em busca do calor que seu corpo oferecia. Pensava em fazê-la descansar,
percebendo que ela já começava a mancar um pouco graças as caminhadas e as
estripulias na cama e no box do motel.
- Vou preparar o jantar enquanto você descansa.
- Pode ser. – Mas ela estranhava a casa estar com
três luzes externas apagadas. – E os seus seguranças. Não deveriam estar aqui
na porta?
- Sim...devem estar lá dentro. – Ele afirmou. –
Vamos entrar.
Eles seguiram, um tanto desconfiados, mas cada um
guardando o próprio temor dentro de si. A porta estava fechada, como era de se
esperar. Ariella usou sua chave eles acessaram o hall de entrada, trancando-a
logo depois. Ela acendeu as luzes internas e foram à sala de estar. Lá, viram a
mais dura das imagens já vistas por ambos. Os dois seguranças estavam no chão,
banhados numa poça de sangue, já com o corpo pálido de quem havia morrido horas
antes. Ariella gritou de susto, Diego passou um braço pelo seu corpo no ímpeto
de protegê-la. Juntos deram dois passos em direção a porta da rua, mas já não
adiantava muito. Perceberam isso quando três pessoas surgiram na sala. Três homens
mascarados e fortes surgiram, separando-os e calando-os.
- Socorrooooooo – Ariella gritou e foi calada com
uma bofetada que a levou ao chão.
- Solte-a! – Diego tentou soltar-se para ir até
Ariella, mas foi segurado por dois dos homens enquanto o terceiro a erguia e
segurava pelo braço. – Não a machuquem. O que querem?
A resposta veio em forma de um golpe que acertou o
maxilar de Diego, mas não foi capaz de derrubá-lo. Com a mente fervendo, Diego
tentava antecipar o que acontecia. Aqueles homens não queriam simplesmente
assaltar ou sequestrar Ariella. Não agora, ao menos. Provavelmente já sabiam
quem ele era, o que ele era e, principalmente, o quanto de dinheiro possuía. Desejava
estar certo. Nesse caso, o alvo teria saído de sobre Ariella e assim sua segurança
estaria mais garantida.
- Tranquem ela no banheiro. Agora. – Um homem gritou
e enquanto apontava uma arma para a sua cabeça outro levou Ariella, que já não
gritava, mas tremia olhando a cena.
Diego ficou observando sem entender o que eles
faziam. Prender Ariella a um banheiro lhes garantiria, apenas, que ela nada
faria, mas não os ajudaria a conseguir quantia alguma. Deveriam, no mínimo, não
precisar dela para encontrar um cofre nem abri-lo.
- O que desejam? – Ele questionou.
- Que você cale a boca. – O mesmo homem respondeu. –
Amarrem e amordacem ele. Não quero ouvir a voz do gringo.
Ariella estava em desespero. Não se lembrava mais
da dor na perna, nem ligava para o sangue que escorria de um dos cantos da
boca, quando a bofetada lhe cortou o lábio. Estava em pânico. E em silêncio
rezava por Diego. Se levassem tudo o que tinha dentro da casa, mas deixassem
Diego vivo não se importaria. Seu medo era que matassem aquele homem que veio
ao Brasil para defendê-la, para protegê-la.
Lembrava-se muito bem de quando fora sequestrada,
ainda muito jovem. E um ensinamento daquela época, agora lhe dava esperança. Os
homens mantinham mascaras sobre os rostos e isso significava que planejavam
fugir logo, sem dar-lhes chance de ir à polícia e indicar o rosto dos
suspeitos. Significava que planejavam deixá-los vivos.
- Não o matem, por favor, não o matem. – Ela repetia
a si mesma.
Tentava pensar em algo, fazer alguma coisa para
ajudar. Infelizmente, seu celular havia sido tirado dela antes de lhe trancarem
ali. A janela do banheiro era alta e pequena. Seria praticamente impossível
para ela sair por ali. Não tinha o que fazer, além de rezar e tentar ficar
esperançosa. Tentava convencer a si mesma que, com Diego amarrado, eles
revistariam a casa e levariam o que desejavam. Mas a visão dos seguranças
mortos lhe dizia outra coisa. E o som de um disparo garantiu seu desespero. Tiros.
Tiros contra Diego. Que amordaçado não pode gritar. Ariella, porém, não
precisou ouvir sua voz para saber que ele fora atingido. Sentiu no próprio
corpo o sofrimento dele.
- Nãooooooooooo!
Ariella gritou esmurrando a porta e lutando contra
o medo de um destino cruel. Agora que eles enfim haviam dado uma chance à vida,
ela lhe ameaçava a maior rasteira de todas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário