Antes mesmo de deixar o cais, no
entanto, Rachel teve de se explicar não apenas a Peter, mas também Stone. Numa
rara saída dos escritórios do FBI, o chefão deixou claro que a conduta dela
estava longe da esperava e sugeria uma instabilidade emocional grave, talvez
séria o bastante para devolvê-la à prisão. Rachel foi rápida em responder para
ele.
-
Dane-se!
-
O que disse?!?!
-
Isso que você ouviu, Stone! Eu respeito quando Peter me repreende porque ele
conhece o trabalho de campo. Sabe como é! Para você é muito fácil, do alto da
sua torre, dar ordens e esperar o resultado sem nunca sujar as mãos. Vou
encontrar meu marido! E, se meus métodos lhe incomodam, sinto muito. Eles são
eficientes. Não é o que sempre lhe interessou?
-
É, talvez seus bons resultados valham os métodos questionáveis. Mas eu espero
que você tenha uma boa explicação a dar quando esse homem acordar no hospital e
acusá-la de abuso de autoridade. – Ele lhe deu as costas e saiu. Antes de
passar pela porta, porém, lhe deu mais um recado. – Ocupar meu cargo é
resultado de promoções. Eu vim do campo, Rachel. Como você e Peter.
Nohan
deixou-os. Rachel esperava ter de enxotá-lo para não seguir ao bar, mas ele
avisou de que voltaria à embaixada e depois iria ao hospital. Queria ele mesmo
ter uma conversa com Zack, impedindo-o de fazer uma reclamação contra Rachel, ligou
para Melissa para que ela o encontrasse no hospital, queria ajuda para
argumentar com Zack a não prestar queixa contra a agente. Stone estava certo.
Aquele grão de arreia no imenso deserto de problemas na ficha dela poderia
prejudicá-la no FBI. E Nohan não permitiria.
-
Cuidado com o que faz e o que fala, Rachel. Entendo seu nervosismo. Mas tente
se manter na lei. – Aconselhou-a.
Enquanto
isso, Neal trabalhava calado e ferozmente em suas esculturas. O trabalho manual
ao menos conseguia relaxá-la enquanto a mente pensava sem parar um instante. Gostava
de esculpir. Mas nem essa atividade conseguia distraí-lo do fato de estar numa
cela, sob a mira do revólver de um bandido perigoso e sem nenhum medo de matar.
Thomas Carter havia lhe dito estar se aposentando. As peças por ele construídas
seriam vendidas como originais e lhe garantiriam muito dinheiro.
O
homem podia não ter dito com todas as palavras, mas obviamente, o plano não
incluía uma testemunha viva de tudo aquilo. Ele não sairia vivo dali. Quando
terminasse de esculpir, aquela arma seria disparada. Quase sem perceber, Neal
diminuiu o ritmo de trabalho. Precisa dar mais tempo à Rachel. Ela viria,estava
à caminho, certamente.
-
Está fazendo corpo mole, Neal? – Thomas gritou.
-
Pensei que desejasse algo bem feito não uma modelagem de pré-escola feita em
massinha de modelar! Sou um profissional, tenho meu tempo.
-
Aprece-se, Neal. – Repetia ele de tempos em tempo apontando a arma para sua
cabeça. Mas Neal sabia que sua vida estava garantida enquanto ele precisasse de
seu trabalho.
Enquanto
esculpia, Neal mantinha a atenção em Thomas e algo o surpreendeu. Carter
combinava outro negócio. Aquele papo de aposentadoria não passava de uma
mentira.
-
Yuri, não seja covarde, meu amigo. Um diamante é sempre um diamante. – Ele ria
falsamente. Estava ludibriando o homem do outro lado da linha. - Se vier
rodeado de rubis e esmeraldas, ainda melhor.
Neal
percebeu que Carter tentava convencer o outro a cometer um crime. Dizia ser
fácil, impossível da polícia descobrir. Nesse momento Neal realmente entendeu
aquele homem. Carter era um criminoso psicológico. Ele convencia os outros a agirem
ao seu comando. Tinha James nas mãos e agora envolvia Yuri, seja quem fosse ou
estivesse. Thomas Carter não gostava de sujar as mãos.
-
Aprece-se, Neal. – Disse Carter mais uma vez ao desligar o telefone.
Quando
a noite caiu, Rachel estava no bar. Tinham a ficha completa de James. Por isso
foi fácil reconhecê-lo assim que entrou. Era um homem alto, típico inglês de
barba arruivada e olhos azuis acinzentados. Tratava-se de um belo homem. E,
considerando a forma atenta com que entrou e logo ocupou uma mesa estratégica
com vista para todo o salão, não seria fácil como com Zack. Ali estava um
soltado leal e eficiente de Thomas Carter. Ele trazia uma mochila nas costas.
Provavelmente, dinheiro para pagar Zacker pela participação no sequestro. Nada
mais o faria encontrar-se com o comparsa.
-
James chegou sozinho, de moto, Rachel. – Henrique disse pelo rádio.
-
Rastreie a placa. – Ela respondeu enquanto trocava um olhar com Peter, sentado
em outra mesa, mais próximo de James. – Espero sua permissão para me aproximar,
Peter.
Peter
chegou a surpreender-se com isso. Rachel esperando sua permissão? É, ao que
parece, ela ainda mantinha algum pensamento lógico, mesmo completamente
descontrolada.
-
Mas se não der sinal verde logo, chefe, irei mesmo assim. – Ela complementou.
Não perderei o alvo.
-
O alvo está na minha linda de visão, Rachel. Sossegue. Não quero tiros aqui.
Esse lugar está lotado e teríamos vítimas. Aguarde o meu comando.
Não
era uma atitude fácil para Rachel. Em especial quando seu marido estava
desaparecido. Mas ela a cumpriu as ordens de Pitter e observou James fazer
várias ligações no celular. Ele deveria está tentando falar com comparsa e não
conseguia porque o aparelho foi apreendido por Peter. Quando ele se levantou,
Rachel imitou o gesto. Iria segui-lo.
-
Parada! – Peter ordenou. – Henrique está lá fora e vai segui-lo. James nos
levará até Neal e nós prenderemos Thomas também.
Rachel
estava de acordo com aquele plano. Mas não com a parte de ficar sentada. Seguiu
para a porta e pulou na garupa de Henrique. Quando James arrancou com sua moto
e acessou a rua cheia de carros, eles estavam com apenas três carros
separando-os. Peter e Diana vinham logo atrás.
-
Não ouse perdê-lo, Henrique. Você sempre foi bom piloto.
-
Pode deixar.
Eles
rodaram praticamente 50 minutos em alta velocidade com um fluxo razoável de
carros. Isso lhes dava alguma facilidade de disfarçar a perseguição. O problema
começou quando James acessou uma rua paralela, com poucos veículos. Logo James
iria reconhecê-los.
-
Diana, não temos muito mais tempo. Pesquise onde essa rua vai dar. Quais
possíveis esconderijos temos daqui?
A
agente ia como carona no carro e tentava analisar mapas pelo notebook. Era
difícil dizer. Tinham duas opções de destino. À esquerda ficava um pequeno
bairro residencial, com casas grandes e habitadas por pessoas da alta classe
social. Thomas seria louco de fazer daquele lugar um esconderijo? Ela
responderia que sim. Mas se virassem à direita iriam se deparam com uma região
comercial, fabril e pouco habitada naquele horário. Seria o destino mais provável.
-
Ligue para a central e mande uma equipe varrer a região residencial, nós vamos à
direita. – Peter ordenou. - Rachel, você e Henrique continuam seguindo James
para o caso de não encontrarmos Thomas e Neal. Não faça nada de que vá se
arrepender depois, Rachel. Preciso dele vivo. Então ande na linha, entendeu? Eu
falo sério, Rachel!
-
Entregarei ele vivo para você, Peter.
Ela
falava sério. Não pretendia matar James. Lutou muito por seu posto no FBI e não
seria aquele bandidinho a lhe tirar a liberdade novamente. Mas ‘vivo’ não
significava ‘intacto’. Ele ia se arrepender de sequestrar seu homem. Isso ia.
-
Acelere, Henrique. Quero que se aproxime de James. Quero que emparelhe a moto
com a dele. Vamos tirá-lo da estrada.
-
Só pode estar de brincadeira!
-Não
mesmo. – Ela já tinha a arma na mão e com o outro braço segurava firme na
cintura do amigo. Estavam em alta velocidade e seus cabelos voando
atrapalhavam. – Vou atirar no pneu traseiro dele.
-
Ele vai frear e será jogado longe!
-
Uma pena, não? – Rachel sabia que o tombo não iria matá-lo. – Vamos Henrique! Aproxime-se
para eu conseguir mirar nessa escuridão! Não desejo acertar nele...ainda.
Henrique
viu o ponteiro do velocímetro alcançar 120km/h e Rachel segurar-se a ele mais
firmemente. A mão dela tremia. Aquela calma era só aparência. Ela estava
nervosa por Neal e, também, por ter de acertar um tiro a noite e com o alvo em movimento. Ela
demorou a efetuar o disparo. Tanto que James chegou a percebê-los. Antes, porém,
dele conseguir pensar em escapar, Rachel apertou o gatilho. A bala fez o pneu
estourar, a moto diminuir a velocidade rapidamente saindo da estrada e ele ser
catapultado em direção as árvores que cercavam o lugar. Henrique também
diminuiu a velocidade e Rachel saltou logo depois.
James
abriu os olhos sentindo o corpo moído. Tinha ouvido o tiro, percebido a moto
perder a estabilidade instantes depois de olhar para trás e ver uma moto
persegui-lo. Nela havia um homem vestindo preto e capacete prata. Na garupa uma
mulher de cabelos avermelhados. Lembrava-se de Carter falando de uma ruiva
perigosa, a quem deviam ficar atentos. Era ela. Não teve tempo de reagir e
depois de rodar no ar algumas vezes, sentiu seu corpo se chocar com o chão. Ao
abrir os olhos ela estava lá, à sua frente, com a arma em punho.
-
Sejamos breves, James. Você fala e vai preso. Fica calado e vai preso do mesmo
jeito...mas com alguns hematomas a mais pelo corpo e alguns litros de sangue a
menos. Fui clara?
-
Pode me torturar ruivinha...daqui não sai nada. Me mate e nunca saberá do homem
que procura.
Aquilo
não era verdade. Peter e Diana estavam procurando o esconderijo e iriam encontrar.
Não eram tantas alternativas assim. Ela tinha cortado a comunicação para Peter
não ouvir sua ‘conversa’ com James. Ele não aprovaria o método. Isso,
infelizmente, significava não saber como está a busca. Mesmo assim, tinha uma
longa distância entre torturar e matar.
-
Pois bem, James. Foi você quem escolheu o modo mais difícil. Vamos brincar de
tiro ao alvo. Eu vou contar até três e se você não falar algo bem interessante,
o primeiro tiro acertará seu pé esquerdo, logo acima dos dedos.
-
Ela é boa de mira, só avisando. – Henrique já conhecia aquele jogo.
-
UM... DOIS...
-
Você não pode! Policiais não podem atirar quando o acusado não está armado.
-
Para o seu azar, eu não sou mais uma policial. TRÊS! – Ela apertou o gatilho e
a bala atravessou a cartilagem do pé de James exatamente onde ela avisou. Ele
urrou de dor.
-
Sua vadia! AAAAA que dor! Demônia! Dói!!! – Ele se contorcia.
-
É parece que usará muleta por algum tempo, James. Cuidado como fala comigo,
mantenha a classe, por favor. A segunda rodada está prestes a começar. Agora
será o pé direito, mesmo local. Você deve pensar se quer usar cadeira de rodas
ou abrir o bico logo. UM...
-
Não, por favor não..
-
DOIS...
-
Eu imploro.
-
TRÊS! – Ela acertou em cheio o segundo tiro e James agora gritava e sangrava
nos dois pés.
Em
completo desespero o homem pensava se valia a pena ser leal a Thomas Carter. Já
tinha lucrado muito com seus golpes. Poderia abandoná-lo. A ruiva já tinha lhe
provado não estar para brincadeira. Mas a quem tentava enganar? Simplesmente não
podia trair Carter. Ele o encontraria no inferno e o faria pagar. Achou ter
descoberto sua salvação quando o celular vibrou em seu bolso. Tinha de ser
Carter.
-
Socorro!!! É Ela! – Mas não conseguiu falar mais porque outro tiro foi
disparado e esse não apenas arrancou e destruiu o celular como acerou a palma
de sua mão esquerda.
-
Achava mesmo que ia deixá-lo pedir socorro, James? – Rachel provocava-o com um
sorriso.
-
Você não entende. Ele fará da minha vida um inferno se eu o entregar. E irá me
matar.
-
Acho que não entendeu, James. Serei ainda mais clara: Seu inferno sou eu. Sou
eu quem irá matá-lo se continuar cansando minha paciência. Eu tenho essa arma,
muita munição nessa mochila e nem uma gota de piedade por você. Mexeu com a
mulher errada, James. Sequestrou o meu marido. E isso eu não esquecerei fácil.
-
Eu não lhe fiz nenhum mal. Não o machuquei.
-
Ótimo. Agora fale onde ele está ou eu vou continuar a brincar de tiro ao alvo. Posso
acertar dezenas de tiros em você, James, sem nenhum atingir órgãos vitais. Você
implorará por uma bala fatal tamanha a dor que estará sentindo e eu não
apiedarei de você. Seu sangue se esvairá nesse chão e só então você morrerá. O
próximo será no joelho direito. Fale! UM...
-
Piedade! Por Deus...Piedade...
-
DOIS...
-
Eu falo, está bem, eu falo. É uma fábrica de móveis. Escolhemos porque tinha
muito granito. É no número 124, na primeira entrada após a avenida principal. Agora
dê-me atendimento médico, por favor.
-
Que acha, Henrique? Devo ser boazinha, com ele?
-
É, ele merece um médico.
-
Ok. Dê o alerta. Para o FBI e para Nohan. Vou retomar a comunicação com Peter e
encontrá-los. Sabe qual a sua sorte, James? É ser inglês. O embaixador de seu
país aqui em New York
irá visitá-lo no hospital e lhe oferecerá um acordo. Se o seu depoimento sobre
essa noite for exatamente como nós desejamos, logo estará em seu país.
Depois
daquele susto, James estava disposta a qualquer acordo para sair dos EUA e
ficar longe de Carter. E daquela mulher. Ele a considerava louca.
Thomas
Carter estava nervoso. Quando a ligação com James foi cortada, conseguiu ouvir
apenas ‘é ela’. Ele só podia estar se referindo a Rachel, mulher de Caffrey. Ela
tinha pego seu parceiro mais fiel e, muito provavelmente, ele já estava morto àquela
hora. Isso não era grave, a menos que ele tenha aberto a boca e dito o
endereço. E aquela interrogação o vinha desesperando. Verificou as câmeras de
segurança da rua. Viu homens do FBI olhando por janelas e entrando
sorrateiramente para revistar os lugares. Logo estariam ali e iriam pegá-lo.
-
Inferno! Sua mulher tem uma tendência a me irritar, Neal!
-
É, a mim também. – Ele sorria. – Ela está aí? Finalmente. Já estava espantado
com a demora.
-
Cale a boca! – Ele pegou a arma e fez um disparo contra Neal.
Para
se salvar, Neal protegeu-se atrás de sua única alternativa, a estátua de pedra.
E viu-a ser destruída pela bala. Ficou triste. Apesar de tudo, era um trabalho
seu ainda inacabado sendo depredado.
-
Mas melhor ela do que eu. – Ainda alegrava-se em estar vivo.
O
estrondo do tiro alertaria os policiais e logo estariam li, Carter sabia. Então
juntou algumas coisas em uma mochila e saiu pelos fundos. Sua aposentadoria
graças as peças de Neal Caffrey teria de esperar.
-
Você ainda saberá de mim, Neal.
Neal
ficou sozinho e começou a tentar abrir as grades. Queria tentar seguir Carter.
O FBI ia deixá-lo escapar! Não conseguia de modo algum. Com as ferramentas de
que dispunha, abrir a fechadura seria impossível. Serrar as grades ainda mais.
Tentava então soltar os parafusos que uniam as barras de ferro. Forçou
terrivelmente e nada conseguiu. Até que a porta foi arrombada por policiais e
logo Peter entrou com Diana.
-
Chegaram atrasados. Ele saiu pelos fundos. – Neal informou-os.
-
Equipe siga para a rua de trás. Suspeito em fuga ao norte! – Diana deu o
comando e seguiu nas buscas enquanto Peter ficou para tentar soltar Neal.
-
Onde está Rachel? – Ele estranhou ela não estar ali.
-
A caminho. Estava perseguindo, James. – Tinham lhe informado que ele estava
vivo, apesar de parecer um queijo suíço de tão furado. E Peter estava com raiva
por ela não obedecê-lo. – Está vendo algo com que possa abrir essa fechadura?
-
Pega aquela faca de ponta e me dá.
Neal
trabalhava há alguns minutos na fechadura da cela quando Rachel chegou
carregando um chaveiro. As chaves estavam com James e ela trouxe.
-
Nós dois sabemos o quando é capaz apenas com uma faca, querido. Mas se
quiser...
-
Como sempre, Senhora Caffrey, você facilita e deixa meus dias muito mais agradáveis.
Antes
mesmo de abrir a fechadura Rachel aproximou-se e exigiu um beijo. Foi assim
mesmo, um de cada lado das grades. E foi bom. Porque tinha gosto de alívio. De
vê-lo vivo. De saber que teria aqueles lábios e aquelas mãos em seu corpo para
sempre. De repente as barras de ferro a separá-los pareceram geladas demais em
contraste com suas peles incandescentes.
-
É bom saber que sentiu minha falta, amor. – Neal lhe disse.
-
Não pense que foi só por amá-lo.
-
A não? E quais os outros motivos?
-
Egoísmo. – Quando ele fez uma expressão estranha ela respondeu. – Descobri que é
impossível ser feliz longe de você. Então prepare-se porque querendo ou não vai
passar a vida comigo. Nem que eu tenha de te manter numa dessas celas.
-
Não vai precisar. Eu não vou a lugar algum. Acho que o seu egoísmo é um bom
motivo, também.
-
Além disso, nem pense que irá embora me deixando com dois filhos pra criar. Não
mesmo, Sr. Caffrey. Exijo sua presença conosco.
-
OK, Sra. Caffrey.
-
Que droga, Neal! Eu te amo tanto! E eu passei as últimas horas em desespero sem
saber se estava bem.
Eles
retornaram ao beijo. Dessa vez usando um pouco mais as mãos. Rachel ainda tinha
a desculpa de conferir se ele estava machucado. Neal não. Então quando suas
palmas encontraram o traseiro da esposa sem muita delicadeza, Peter achou que
bastava da cena de reencontro. Eles que procurassem um quarto.
-
Abra logo essa cela, Rachel!
Eu tenho medo dessa Rachel ela é doida kkkkkkk
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