Neal e Peter se encaravam
constrangedoramente. Eram amigos, tinham muito o que conversar, mas guardavam segredos
e tinham a lei entre eles. Além disso, a cabeça de cada um deles estava em suas
mulheres que podiam chegar a qualquer momento. E nenhum deles havia contado ao
outro que em poucos meses teria um bebê. Após colocar uma cerveja a frente de
Peter e pegar uma taça de vinho branco, Neal ficou esperando o antigo parceiro
começar a falar.
- Eu não vim obrigá-lo a voltar a
NY, Neal.
- Ótimo. Porque eu não pretendo
fazer isso. – Suas vontades particulares nesse momento não importavam. Manter
sua família em segurança sim. – Mas sei que não veio apenas para tomar uma
cerveja.
- É, não mesmo. Eu não vim pra te
obrigar, mas pretendo te convencer a voltar.
- Não vai conseguir, Peter. Eu sou
feliz aqui. Rachel, George e Mozz também.
- Vocês amam New York também. Lá é
a sua casa.
Peter estava certo. Ele podia sim
encontrar a felicidade em NY e eles recentemente vinham pensando muito nos EUA.
Lá estavam as informações que precisavam para acertar as contas com o passado.
Sua mãe, as informações da família de Rachel e o diamante estavam lá. Tudo
isso, porém, não valia o risco.
- Não é mais, Peter. Minha casa
agora é aqui. E se você me denunciar, eu fugirei para outro lugar.
- Já te dei minha palavra. – A
desconfiança incomodou Peter. - Os que sabem a razão de eu estar aqui, além de
poucos, nos são fieis. Não precisar temer. Só que você não precisa viver
escondido para o resto de sua vida. Você não fez mais nada de errado...apenas
ajudou Rachel a fugir quando ela cometeu mais um assas....
- Ei, ei! Não foi assim. – Peter
creditava à Rachel a morte de Harabo. E não era verdade.
- Foi sim. Eu sei a verdade, Neal.
Shepherd
assumiu a culpa para protegê-la, mas eu sei que ele não matou aquele maníaco. E
eu compreendo Rachel. Não apoio, mas compreendo. Ela sofreu muito com a morte
da filha. O desejo de vingança falou mais alto. Não pretendo reabrir esse caso
e mexer nisso. A MI5 deixou barato em respeito ao trabalho de Shepherd e também
por desejarem a morte de Joseph Harabo. A morte dele agradou a muita gente. É o
fim dessa história.
- Isso não significa que a gente possa voltar para
NY tranquilamente. – Ele optou por não esclarecer a verdade. Melhor deixar o
assunto morrer.
- Há alternativas. Para você, principalmente!
- E é essa sua sugestão? Abandonar minha família e
ir ser consultor do FBI novamente? É isso o que você faria no meu lugar, Peter?
Você abandonaria Ell e Sofia à própria sorte?
- Não! Mas...mas podemos pensar em um plano que
torne possível a volta de todos vocês.
Era tentador e Peter sabia que ele desejava isso.
Somente a hipótese fez seus olhos brilharem. O chefe da Colarinho Branco
percebeu a possibilidade de convencê-lo se avivar.
- Eu passei muito tempo pensando em uma hipótese
aceitável, Peter. Eu quis voltar. Rachel também. Mas não há nenhum meio possível.
- Sim, há. É só bolarmos o plano certo e termos
paciência.
- Se você tem esse plano, diga. Eu estou ansioso
para ouvir. – Havia um pouco de esperança na voz de Neal.
- A primeira parte é fácil. Você e Rachel retornam
a NY sozinhos, da mesma forma como saíram. Você procura o FBI espontaneamente e
propõem um acordo no...
- No qual eu entrego a localização de Rachel para
vocês. Eu já imaginava essa parte. – O restante era mais difícil. – Sou preso,
mas acabo saindo por entregá-la.
- Exato. Eu solicito esse acordo mediante você
voltar a ser meu consultor. Eles sabem o quanto você pode ser útil ao FBI.
- Perfeito. – Neal elogiou. – E Rachel?
- Com ela um acordo é muito mais difícil, Neal.
Envolve a MI5 e uma série de crimes muito mais graves do que os seus. Além
disso, Rachel quebrou o acordo ao fugir. Mesmo assim eu sei que posso
convencê-los. Rachel teve bons resultados como consultora. Eu usarei isso como
argumento. Quando surgir um caso no qual o FBI precise dela, sei que vão
liberá-la. Ela tem chance de sair da cadeia.
- Ela tem chance? – Era pouco. Por mais que tivesse
vontade de concordar, não podia colocá-la naquela situação. – Ela tem chance de
sair após um mês? Dois? Um ano? Quanto tempo você acha? Não, Peter! Não tem
nenhuma chance de eu voltar nesses termos.
De forma alguma pediria à Rachel para aceitar ir
para a cadeia grávida. Ela já tinha se arriscado fugindo assim uma vez. Helen
viria ao mundo tranquila, quando desejasse, ali na França onde estavam seguros.
E se isso lhes custasse nunca mais voltar aos EUA, que fosse o preço a pagar.
Repousando enquanto George brincava construindo
castelos na areia, Rachel pensava no que fariam naquela noite. Os planos
poderiam ir de uma noite romântica e a dois no quarto do casal, até uma ida ao
centro da cidade para dançar. O certo é que seria só os dois e com Neal o mais
juntinho possível. George tinha o sono tão pesado e tranquilo que a casa era só
deles a noite.
O plano começou a mudar quando uma voz fina alertou
Rachel e o filho de que não estavam sozinhos. A menina loira que correu até
eles estava um pouco maior do que se lembra, mas agitada e saltitante como
sempre. Sofia puxava Ell pela mão e tentava correr, tarefa praticamente impossível.
Elizabeth caminhava devagar por carregar uma barriga tão pesada quanto a de
Rachel. As duas se encararam forte e serenamente antes de falar.
- Seja bem vinda ao meu lar, Elizabeth. Vocês nos
encontraram...que bom. Eu sabia que esse dia chegaria. – Rachel a saudou. –
Vejo que minha Helen terá um amiguinho da mesma idade.
- Amiguinha. Se chamará Valentina. Eu senti sua
falta Rachel. Me dá um abraço?
Não foi tarefa fácil. As barrigas fartas
atrapalhavam, mas não as impediram de demonstrar o carinho fortalecido com a
convivência em New York.
- Também senti sua falta, Ell. E o Peter, onde
está?
- Na sua casa...conversando com Neal.
Uma pergunta precisava
ser feita.
- Nós fomos
denunciados? Peter trouxe o FBI?
- Não! Estamos de
férias! Eu sempre quis conhecer esse lugar. É maravilho!
- É mesmo. Eu fui muito
feliz aqui...talvez tanto quanto fomos juntos em NY. – As grávidas estavam emocionadas
com o reencontro. – Mas venha conhecer minha casa. Quero lhe mostra o enxoval
da Helen. Vamos crianças! George? Vamos levar a Sofia pra ver seus brinquedos,
vamos?
Logo o menininho erguia
seus brinquedos de areia e, sem nenhuma inibição, puxava Sofia. E já falava de
seus brinquedos favoritos.
- Oi George. – Ell
chamou-o. – Você lembra de mim? Lembra da tia Ell?
- Não. – Respondeu o
garotinho sincero. Era muito novinho ao deixar os EUA.
- Eu peguei você no
colo quando bebê.
- Tem bebê na sua barriga. Igual na barriga da
minha mamãe.
- Tem sim, meu querido. São amiguinhas pra você e
Sofia.
Os quatro saíram caminhando pela areia branca,
vendo a casa ainda a grande distância. Levariam alguns minutos até lá. Enquanto
isso, Peter e Neal conversavam calmamente e seguiam discutindo o futuro.
No fundo ambos sabiam que por mais que discutissem,
as decisões jamais seriam feitas sem estarem com as esposas. Mesmo assim Peter
seguia argumentando com o amigo.
- E algumas semanas ou talvez um mês presa é muito
perto de uma vida como fugitiva? Neal! Pense no que isso representa! É a
possibilidade de George ser livre também. Ir a qualquer país porque os pais
quitaram suas dívidas com a lei. Hoje ele é tão penalizado quanto vocês.
- Eu não posso pedir pra ela ir pra cadeia agora
Peter. Ela não suportaria.
- Por quê?
O barulho na porta de entrada os fez interromper a
conversa. A cena que se passava explicava tudo sem nenhuma palavra precisar ser
dita. Sofia entrou na casa correndo, puxada por George. O menino certamente não
se lembrava da jovem menina loirinha. Mas já estavam brincando como bons
amigos.
- Oi Príncipe! Eu posso ir brincar com o George?
- Pode, claro Sofia!
Alguns passos atrás, caminhando bem mais
lentamente, duas mulheres acariciavam suas barrigas. Elas estavam redondamente
grávidas e pareciam ter adorado a coincidência. Neal e Peter ficaram surpresos.
O destino não poderia agir de forma mais estranha com eles. Parecia provocá-los
- A Ell está grávida? – Neal perguntou como se
houvesse alguma dúvida.
- A Rachel também? – O amigo não sabia o que dizer.
Seu plano não incluía mais uma criança. Agora entendia Neal não concordar com a
ideia. – Vocês não perdem tempo mesmo.
Se a apreensão tomava conta dos homens, Elizabeth e
Rachel estavam muito tranquilas e animadas. Suas filhas nasceriam na mesma
época.
- Eles também terão uma menina, querido. Não é
perfeito? – Ell disse.
- Valentina e Helen poderão ser amigas! – Rachel
concordou.
- Um nome italiano? – Neal comentou. – Apropriado.
É um prazer revê-la, Ell. Fico feliz que tenha convencido Peter a ter um bebê.
Vocês mereciam passar por essa experiência maravilhosa.
- Não foi bem convencer ...foi mais obrigar. Mas
agora ele está bem feliz. E você e Rachel não poderiam estar mais felizes não?
George está tão lindo e crescido. Foi mostrar seus brinquedos para Sofia.
A conversa foi interrompida por Mozz. Ele espiava
pela janela e decidia se deveria entrar ou sair correndo. As duas opções
pareciam bem arriscadas. Até que Ell virou-se para ele e não resistiu a abraçar
a amiga. Ainda mais vendo que ela agora carregava um bebê.
- Senhora Engravatada! Terá um
‘pequeno-engravatado’!
- PequenA Mozz! É uma menina!
- Que maravilha. Uma ‘babyEll’ para completar a
família. Parabéns Elizabeth...e para você também Peter.
- É bom saber que minha colaboração ainda é
lembrada. Também é bom rever você, Mozz.
Apesar da alegria pelos bebês, havia um ar pesado
no ambiente. Rachel sentia isso. Estava feliz em rever os amigos, mas percebia
que isso podia mudar seu futuro. Ficou apreensiva e Neal não demorou a
perceber.
- Você precisa de repouso, amor. Helen também. –
Disse lhe acariciando a barriga e beijando-lhe o rosto. – Fique tranquila. Nada
de ruim vai acontecer.
- Ele tem razão. Precisamos descansar. – Ell
concordou. – Vamos Peter. Eu também quero me deitar. O voo foi cansativo.
- Fiquem aqui! A casa é gigante. Não tem porque
irem a um hotel e você precisa descansar, Ell. Sei bem como é carregar essa
barriga.
Enquanto as damas foram repousar, Peter e Neal
voltaram para a sacada. Precisavam, agora com todas as informações, continuar a
conversa. Mozz avisou que logo viria ficar com eles. Mas antes iria ver George
e Sofia.
- Eu não sou um monstro, Neal. Podia ter me dito
que Rachel espera um bebê. Posso entender porque não a quer presa nesse
momento. Podia ter me falado. – Peter disse assim que ficaram sozinhos
novamente.
- Você também podia ter falado que será pai. – Neal
revidou.
- Vocês perderam uma filha. Eu não sabia como
haviam superado isso. Agora vejo que é um passado superado.
- Lis será sempre um ponto triste na nossa
história. Mas a gente achou que era hora de aumentar a família. Helen foi
planejada e esperada com ansiedade. De forma alguma vou sequer pedir que Rachel
se sujeite a possibilidade de terminar a gravidez numa prisão federal. Seja
aonde for. Não está em cogitação, Peter. Daqui a alguns meses, talvez, possamos
conversar. Talvez quando você tiver algum caso que torne possível um acordo.
- Não importa quando, Neal. Rachel ficará ao menos
algumas semanas presa. Juiz algum a liberará fácil.
- A resposta é não, Peter! Se fosse a Ell, você
permitiria?
Peter ignorou a pergunta.
- E se ela quiser? Rachel tem o direito a escolher.
Fale com ela, Neal. Talvez Rachel pense que alguns dias no presídio seja pouco
se comparado a uma vida sem se esconder. Talvez ela prefira que Helen nasça em NY,
perto da avó e dos amigos. Talvez ela queira rever Henry. Talvez ela esteja
disposta a enfrentar o que fez para ser feliz no futuro.
- Eu vou conversar com ela. Mas não conte com isso,
Peter. Rachel valoriza muito o fato de termos aqui a chance de uma gravidez
normal, sem esconder nada de ninguém. Ela está curtindo a chegada de Helen.
- Fingindo chamar-se de Helena. Isso é esconder
muito de todos, Neal. É viver uma farsa. Estou te dando a chance de Helen
nascer realmente livre. – Mas ele também entendia o amigo e queria falar de
outros assuntos. – A Rachel está te enlouquecendo com desejos malucos e mimos a
todo momento? A Ell nunca foi assim, mas agora está completamente exigente.
- Sim. Rachel também. Ela quer tudo ao mesmo tempo.
Mas eu adoro mimá-la. Todas as noites fazer massagem e sentir Helen se mexendo
dentro dela é algo incomparável. Mas sim, elas ficam manhosas.
- A Ell se diz cansada quando quer mimos, mas não
larga aqueles saltos altíssimos e só a ideia de diminuir a carga de trabalho
lhe ofende. Sem falar nas horas de compras. A Valentina já tem mais sapatinhos
e roupas do que eu tive a vida toda.
- Helen também! Rachel já comprou um enxoval
suficiente para meia dúzia de crianças com folga. Até biquíni! Vai usar daqui
mais de um ano. Mas Rachel já comprou.
- Elas vão transformar essas meninas em duas
consumistas. – Peter ria. – E nós vamos achar tudo lindo.
No quarto de hóspedes, Rachel e Elizabeth discutiam
justamente os enxovais e a dificuldade dos homens em compreender as
necessidades de uma criança.
- Eles não entendem disso e definitivamente não
precisam concordar com o que vamos comprar. – Ell disse.
- Claro! Pense Ell, nós moramos em uma praia! E
Neal achou estranho eu comprar biquínis para Helen! Claro que ela vai precisar.
Eu apenas me adiantei um pouquinho e já comprei alguns. Veja esse de oncinha!
Eu achei uma graça! E vem até o chapeuzinho.
- Que graça! Eu não tinha pensado nisso. valentina
também vai precisar para quando eu levá-la ao clube.
- No centro tem uma loja que você vai amar! Tem
vários modelos e corres. Podemos ir amanhã. Também quero fazer mais umas
comprinhas.
Os Burke bem que tentaram, mas Neal e Rachel não
permitiram que ficassem em um hotel. O que não os impedia de reconhecer a
necessidade dos casais de conversarem em privacidade. Então Rachel instalou Ell
e Peter no quarto de hóspedes e só então foi descansar. Neal foi para a sacada
para ficar sozinho e pensar. Neal não sabia nem como começar a falar com a
esposa. Sua reação seria uma completa surpresa. Antes, resolveu conversar com
Mozz.
- Não está nem mesmo
cogitando aceitar a proposta de Peter?
- Não sei Mozz. Aqui é
o paraíso. Voltar para New York é tentador. Mas também pode ser a maior burrice
das nossas vidas.
- Mas você quer! Está
escrito na sua testa, Neal.
- É fácil para mim
querer. Não sou eu quem ficará preso. Agora, de forma alguma posso pedir isso
pra Rachel. Ela fugiu da cadeia porque não aceitava dar a luz George estando
presa. Como eu poderia aceitar a proposta de Peter.
- Por você ela é capaz
de fazer. – Foi o veredito de Mozz.
- Por mim? Eu não quero
que ela faça isso!
Nada garantia que Peter
conseguiria um acordo rápido. Ela podia passar semanas, talvez meses presa.
Mesmo que esperassem Helen nascer, seria ficar separada da bebê. Era uma
decisão muito séria. E ele não desejava que Rachel a tomasse pensando em
ninguém que não fosse si mesma. Porque seria ela a ficar presa.
Sabendo do que trataria
a conversa de Mozz e Neal, Rachel, da janela localizada no segundo andar da
casa, via e ouvia a conversa dos amigos. Neal era muito cuidadoso ao lhe dizer
seus desejos quando o assunto era voltar a NY. Ela precisava saber o que ele
realmente desejava.
- Covardia não está
entre os defeitos da sua mulher, Neal. Acho que ela vai pesar o bem que fará a
você e as crianças e vai topar a proposta. O engravatado conseguirá
convencê-la. Sem falar que...ela quer aquele diamante. Ela foi a NY para isso
há anos atrás e agora teria uma nova chance. Peter pode não saber, mas pode
estar nos dando a oportunidade que esperávamos.
A ideia de Mozz tinha lógica, mas, ao menos
inicialmente, não era o primeiro pensamento de Rachel. Seu primeiro instinto
era o de dizer não a Peter. Ouvir Neal a estava fazendo pensar um pouco mais. O
desejo dele importava mais que o diamante.
- Eu quero Mozz. Mas
não vou lhe pedir isso. NY ou notícias da minha mãe não são essenciais. Minha
família é. Não posso pedir para ela aceitar ser presa. Não farei isso.
Quando Neal aproximou-se para
conversar ela já sabia do assunto. E mostrou-se arisca à ideia. A indecisão era
grande. Já era noite e estavam sozinhos na sala de estar da casa enquanto Mozzie
e George estavam na cozinha e Peter levou a família para um passeio noturno a
orla.
- Eu
não sei Neal...agora seria arriscado dar a luz presa. Depois seria não poder curtir
minha bebê. E dizer não à proposta de Peter será dar adeus aos nossos planos.
Eu não sei.
- Não
precisa se preocupar. Peter me garantiu que não irá nos denunciar. E ele cumpre
a palavra dada. Você pode pensar com calma e a sua decisão será respeitada.
- A
nossa decisão. Você voltaria a NY com uma tornozeleira. Também é da sua
liberdade que falamos, Neal.
- Não
é tão ruim assim usar uma tornozeleira em morar em NY. – Nas entrelinhas a
vontade dele aparecia. - Eu não vou interferir nessa decisão, amor. Quero que
pense com calma e nos dê sua decisão. Seja qual for, eu e Mozzie estaremos ao
seu lado.
- Eu
já disse hoje que te amo?
- Acho
que não. – Ela beijou-o e ele aceitou o carinho docemente.
- Amo
muito. Eu e a Helen te amamos.
- E eu amo muito vocês.
Rachel...nada vai mudar. Aqui ou em NY, nós continuaremos sendo a nossa
família.
- Se
voltarmos para NY e eu ficar presa um tempo...você não vai ficar perto da ‘saco
de ossos’, né? Nem daquelas modelos que você conhece? Olha Neal...eu posso ir
pra cade..
- Para
agora! Eu não acredito que no meio disso tudo é com a Sara que você está
preocupada!
- Isso
também! Ell me disse que ela e Henrique estão firmes no namoro, mas ela sempre
se atirou pra cima de você. Já te aviso Neal, se ela se aproveitar de eu não
estar por perto e tentar roubar meu homem, eu quebro ela em pedacinhos tão
pequenininhos que médico nenhum vai
poder consertar! – O sorriso dele só a deixou mais nervosa. – Não ria de mim!
- Como
não vou rir?!?! Rachel olhe em volta! Eu casei com você. Eu quis mais um filho.
Eu sou o primeiro a votar contra a ideia de que você se entregue para a
polícia. E Sara nem me passou pela cabeça. Você toma conta de todos os meus
pensamentos.
- Não
sente nem um pouquinho a falta dela?
- Nada
mesmo. E, se você resolver aceitar a proposta de Peter, passarei meus dias
pensando em como te tirar da cadeia e cuidando de George. Está bem assim?
-
Está. Eu vou pensar essa noite. Amanhã lhes darei minha decisão.
Amandooooo e continuandoooo
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