Cap 13: Casa nova
POV
Edward
Droga! Eu tinha que estar atrasado? Justo
hoje que Bella estava esperando para vir embora do hospital e quando ela
começava a confiar em mim. A semana foi rápida por ter muito o que comprar e o
que organizar sem poder perder tempo. Passava as noites com Bella no hospital e
depois dava alguma desculpa e saía para ver como tudo estava. O plano era
simples: Deixar o lugar seguro e habitável para Bella e sua filha, mesmo que
ele não morasse ali. Mas não queria só isso, tinha também que ficar do jeito
que minha esposa gosta, com o bom gosto dela. No fim, acabei transformando o
lugar numa miniatura do apartamento de Londres.
Tinha
comprado até alguns tapetes bem parecidos.
A parte mais difícil? As diferenças
que lugar deveria ter. Sim, porque se fosse deixar igual era fácil, mas em
Londres sua casa não abrigava um bebê. Do quarto infantil ele, depois de olhar
alguns ambientes em lojas, desistiu. Deixou isso para quando Bella pudesse
escolher e apenas pintou as paredes com um tom suave de rosa. Mas sua filha não
ficará trancada naquele cômodo! Foi o que Esme disse. Então ele começou a
pensar em cada mudança necessária e resultado foi bom. Alice também deu muitos
pitacos, mas a decisão final de tudo foi dele. Não foi fácil pedir para elas
não virem ao encontro de Bella depois que souberam da queda.
- Não tem como aceitar isso Edward.
Claro que eu vou. – Esme reclamou.
- Por favor mãe. Ela está melhor e
eu vou cuidar de tudo.
- Você a deixa mais nervosa ainda.
Eu cuidaria dela melhor. E poderia ajudar a montar o quarto de minha neta. –
Ela suspirou derrotada. – Sua irmã adoraria ajudar nisso.
- Nem pensar. Bella precisa de
repouso. Na primeira semana nem poderá sair de casa. E mãe, ela prefere agir
como se tudo estivesse perfeito, sem comentar o risco da gravidez.
- E porque isso?
- Não sei, mas evite comentar.
- Ok. Ligue se precisar de dicas com
a decoração.
- É claro que vou precisar. Não faço
ideia do que comprar para criança. E Bella não pode perceber isso. Quero que
ela pense que já estou completamente adaptado ao papel de pai.
- Isso é um pouco difícil e eu
acredito que Bella não espere essa perfeição de você. Espere para comprar as
coisas do bebê e a leve para escolher. Acho até que ela não iria gostar de não
participar disso.
- Mas eu tenho de mostrar que aceitei
o bebê.
- E aceitou?
- Eu amo minha mulher, mãe. E ela
ama a filha desesperadamente então eu...estou tentando...
- Hora, deixe de bobagem. Será que é
tão difícil saber que será pai? Ainda mais no seu caso que tem toda a condição
financeira para criar e...
- Sabe que tenho minhas razões.
- Chega de se esconder atrás de
problemas passados. Me conte uma coisa... o que sentiu quando soube que ambas
não estavam bem.
- É claro que fique desesperado.
- Só por Bella?
- Não, claro que não.
- Então?
- Eu, só não sei como agir.
- Siga seu coração. Normalmente ele
nos leva a atitude certa. E, ouça bem Edward Collen, não permita que Bella
desconfie dessas suas inseguranças. Ela precisa ter em quem confiar para trazer
a filha ao mundo de forma saudável.
- Ela confiará em mim.
- Ótimo. Já escolheram o nome?
- Não. – Ele respondeu sem pensar. –
Eu não. Só não sei se Bella já pensou nisso.
- Tratem de pensar.
Agora eu já estava no corredor do
hospital, pronto para trazer Bella para a casa nova. Encontrei-a arrumada
simplesmente, sem nenhuma maquiagem e vestindo um típico macacão de grávida.
Estava ansiosa e balançava os pés na poltrona, mas não reclamou pelo atraso.
Ela não aceitou ser carregada até o carro, então caminhamos lentamente e depois
eu a ajeitei no banco do carona. No condomínio ela desconfiou da forma como
falei com o porteiro e não gostou nada da troca na porta. Sinal de que eu teria
problemas.
- Por favor
Bella, encare com o coração aberto, sim?
Abri a porta um pouco desconfiado com a reação de Bella,
mas ao menos inicialmente sua reação não foi tão ruim.
- O que você fez Edward? Esses móveis, essa
decoração...tudo isso deve ter dado muito trabalho para uma semana.
- Eu
tive ajuda...éeee...gostou?
POV
Bella
- Edward, eu disse a você que quero
minha independência. Isso todo não é ser independente. – Mas eu não podia negar
que estava lindo. E isso que eu tinha visto apenas a sala. Estava elegante, com
móveis e paredes claras, lindos quadros nas paredes e um belo tapete. Não sabia
o que dizer.
- A intenção era apenas te dar mais
conforto. – Disse Edward. - Olhe tudo, depois conversamos.
Fui abrindo todas as portas. Vi que
ele evitou fazer obras, o que era óbvio pelo pouco tempo que teve. Todas as
paredes estavam no mesmo lugar, mas a ocupação do espaço estava muito melhor
aproveitada. Ver o banheiro me deu um choque. Havia sido instalada uma banheira
e tocadas as ferragens da pia e do box. Como conseguiram colocar uma banheira
aqui? Na bancada ele havia colocado diversos produtos de beleza, todos com
perfume de morango, meu favorito. Ele não esqueceu de nada!
O quarto havia se transformado em
cópia do de Londres. Só que em versão reduzida por ser muito menor. Mas a cama
era exatamente a mesma, tanto que chegou a pensar se ele tinha trazido para cá.
Mas não, essa era nova. As roupas de cama também tinham mudado, agora tudo era
muito fino e as antigas não combinariam.
Ao olhar os lençóis foi impossível
não lembrar das animadas noites que passaram juntos. Era o tipo de pensamento
que não precisava depois de seis meses sem sexo. E Martha foi categórica ao
proibir relações nas próximas semanas. Não que fosse ter alguma com Edward
agora, estavam separados!
Eu teria entrado no quarto do bebê,
mas Edward puxou minha mão para mostrar a cozinha. Disse que puxou tudo que eu
usava diariamente para os armários de baixo, assim não precisaria chegar perto
de escadas. Aqui a transformação foi grande, os móveis foram trocados
totalmente e o ambiente pareceu muito maior do que antes. Os utensílios eram
todos novos e reluziam na bancada. Mas não dei muita atenção, queria ver o que
ele fez para o bebê.
Mas ao entrar encontrei apenas
paredes pintadas e a mesma pilha de presentes sobre a mesa. Nada, nenhum móvel,
nenhuma cortina na janela, absolutamente nada. Ele deve ter notado meu desânimo
e tratou de se explicar:
- Não pense nada antes de ouvir o
que tenho a dizer.
- Estou ouvindo.
- Eu não achei justo escolher tudo
para ela. Então acho melhor comprarmos juntos.
- Mas e o repouso? – Comentei
triste.
- Martha pediu que ficasse só uma
semana em casa, depois podemos passear. Eu não vou deixar você exagerar,
compramos um pouco a cada dia.
- Tudo bem, mas você pintou.
- Sim e sumi com a escada. – Eu tive
que rir. – Gostou do rosa?
- Sim, é perfeito.
- Então chega de emoções por hoje.
Você tem que descansar.
- Tenho de conversar com Jack. Não
sei como ficará minha licença.
- Você não pode voltar Bella. –
Disse Edward exasperado.
- Eu sei. – Eu não iria brigar, mas
não podia deixar ele resolver tudo. – Mas quero conversar com ele.
- Tudo bem. – Eu via que estava
contrariado. – Mas agora descanse.
- Vou tomar um banho.
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