A expressão do marido era triste, mas logo a
raiva tomou conta de seus olhos.
-Devo deduzir que minha secretária é
incompetente ou que você é mal educada? Por acaso alguém convidou você a entrar
em minha sala?
-Não fui convidada, mas vim tentar
abrir seus olhos Edward. – Pelo bem de sua família, estava pronta para apelar. -
Você deixou nossa casa muito nervoso e falando coisas que sabe não ter sentido.
Nós estamos juntos há sete anos, seis de casamento, não pode colocar fim assim.
Por um capricho...
-Você mente descaradamente e diz que
eu sou o culpado pelo fim do casamento? Não Bella! Você decidiu tudo sozinha,
assuma a responsabilidade. – Ele começou a se alterar e a gritar. – Crie essa
criança como bem entender, mas bem longe de mim.
- Edward...não pode agir assim...não
pode acabar com tudo o que construímos...
-Posso! – Agora ele já estava
gritando. – Não quero te ver mais, não quero notícias dessa criança, não quero
saber o que vai fazer com ela.
Essas palavras doeram fundo. Bella Decidiu
que não iria chorar, mesmo tendo todos os motivos para isso. Iria recomeçar a
vida bem longe de Edward. Quando estava para sair ele voltou a falar.
-Já contatei meu advogado e pedi que
desse entrada no divórcio. Em breve ele entrará em contato com você para
assinarmos tudo. É claro que isso não sairá barato. – Ele apontou para barriga
de Bella. – Ainda mais agora. Mas não me importarei em lhe pagar tudo que for
de direito, só não abro mão de que deixe o apartamento ainda hoje. Eu já morava
ali antes de você entrar na minha vida e tudo voltará ao que era antes. Na
divisão dos bens você poderá escolher outro imóvel.
Bens? Imóveis? Sair barato? Isabella
não conseguia reconhecer seu marido no homem à sua frente.
-Cale a boca Edward! – O grito ecoou
pelo ambiente. - Sabe muito bem que não foi dinheiro que nos levou ao casamento
e muito menos ao divórcio. Não dependo de você, tenho minha profissão e sempre
pude ter meu sustento dela. Não lhe pedi nem aceitarei nada seu.
-Quero ver em qual companhia de dança
irá trabalhar quando a barriga crescer. – Agora ele estava debochado. Talvez a
garrafa vazia sobre a mesa fosse uma boa explicação.
-Isso não será problema seu! Aconteça
o que acontecer, eu não vou pedir nenhum centavo seu. – Esbravejou.
Antes
que tivessem tempo de continuar com a discussão a porta foi aberta e uma Esme
indignada entrou feito furacão.
-Mas que algazarra é essa na minha
empresa? – Esme não tinha meias palavras e não se intimidada com as grosserias
do filho.
-Não se meta em minha vida mãe. – O
tom de voz dele foi mais baixo, porém continuava alterado.
-Em primeiro lugar fale direito
comigo já que sou sua mãe. – Ela esperou para ver se ele se atreveria a
retrucar, o que não aconteceu. – Ótimo. Agora qual dos dois terá a gentileza de
explicar o que houve aqui?
-Nada que seja da sua conta. – Disse
Bella.
-Então façam o favor de ir brigar na
casa de vocês! Aqui jamais.
-Mãe, por favor, eu não estou em um bom
dia, deixe que eu resolva meus problemas com Isabella.
-Não. E pelo simples fato que você,
meu filho, fez questão de mostrar seu mau humor a todos nessa empresa. Faltou
com a educação com seus funcionários, bebeu aqui em sua sala e agora, quando a
causa do mau humor chegou, armou um escândalo. Eu exijo uma explicação.
-Não se canse Edward. – Bella
interveio. - Eu respondo a sua mãe. Pode comemorar dona Esme. Seu filho decidiu
se divorciar, afinal eu cometi o crime de engravidar sem sua devida
autorização. ADEUS aos dois! - Dizendo isso Bella jogou o crachá sobre a mesa e
deixou a empresa.
Esme esperou seu filho se recompor
para saber exatamente o que se passava. Ficou em sua sala por algum tempo,
totalmente calada.
-Não vai embora, não é?
-Sem respostas, não. – Esme foi direta
como sempre.
-Pois bem. – Edward respirou
profundamente. – Ontem à noite Bella disse que está grávida. Ela planejou tudo
sem que eu soubesse e achou que eu iria receber a criança de braços abertos.
-E o filho é seu? – Esme falou para
receber um olhar furioso de Edward.
-Eu não tenho motivos para duvidar
disso.
-Então qual o problema?
-Como qual o problema? Eu fui
enganado, não foi um descuido, foi planejado! Eu deixei claro que ela não podia
engravidar e ela me enganou. Talvez eu até pudesse aceitar se fosse um
descuido, mas não foi.
-Edward, você está com 30 anos, Bella
com 29. Com sete anos de relacionamento sério, o que você esperava? Acho até
que essa moça foi paciente.
-O que há com você? Está sempre na
maré contrária. Quando eu estava de bem com Bella, vivia criticando ela e
agora, quando brigamos, você resolve defendê-la?
-Ora meu filho, não vou negar que essa
moça ganhou alguns pontos comigo por ir atrás do que quer. Por enfrentar você.
E isso é um capricho seu.
-Capricho! – Edward esmurrou sua mesa.
– Eu sou obrigado a ter um filho que não desejo?
-E Bella é obrigada a abdicar da
maternidade por sua causa? Pense nisso. – Ela conhecia o filho e sabia que
insistir naquilo não adiantaria. Ele precisava de tempo para pensar. – Talvez
essa seja mesmo a melhor solução. Ela fica com o filho e você sozinho.
Aconselho a ir para casa descansar. Vou deixar seu tio no comando de tudo.
Também vou sair.
-Onde vai?
-Comprar presentes para meu neto, é
claro.
Edward
preferiu nem responder.
Amei.
ResponderExcluirAnsiosa pelo próximo capítulo.
Beijos.
Bye.